Capitulo 6: Incandescente

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- Vênus?
O homem que segurava a outra espada sorriu, um sorriso branquissimo, e parecia jovem, mas não pode registrar o resto de seu rosto, com as sombras lançando escuridão sobre ele.
Mate-o, a voz ordenou em sua mente
Iris grunhiu e livrou sua espada facilmente, empurrando a lâmina na direção do homem mas ele já esperava por isso, e se desviou facilmente. Iris o atacou novamente com destreza, mas em todos os golpes que aplicou, sua lâmina somente cortou o ar.
O homem parecia ter desaparecido. Iris o procurava pelos lados, quando uma gargalhada ecoou mais alta e surpreendentemente mais suave, dentro da floresta, como se a chamasse.
Iris não hesitou, e adentrou novamente a floresta, brandindo sua espada brava mente ao lado do corpo, um desejo sanguinario dentro de si. O céu começava a clarear, indicando o início de outra manhã, coberto de tons de azul escuro até azul claro.
Agora era mais fácil para Iris procura - lo, mas toda vez que seus olhos se fixavam pelo que parecia ser o homem, seus ouvidos registravam o som de galhos se quebrando, e do ar assobiando, indicando seu rápido deslocamento, definitivamente inumano.
- Pare de correr, como um covarde! - Iris gritou impaciente - Mostre seu rosto para que eu possa ve-lo enquanto você sangra!
Ela recebeu uma gargalhada como resposta é uma voz ecoando atrás dela.
- Quem vai sangrar aqui? - É antes que tivesse tempo de se virar, Iris sentia algo se cravando em seu peito, no lugar onde seu coração deveria estar. Esperando sentir a dor que sentiu quando estava queimando ela não sentiu nada. Nem ao menos sentiu a lâmina entrando, apenas viu a ponta prateada atravessada no outro lado de seu corpo.
Então ela se virou. E o que encontrou foi um homem com uma expressão intrigada, o rosto franzido.
- Você não morreu... - ele parecia dizer isso mais para si mesmo - É uma lamina de prata batizada e voce nem ao menos sentiu...
Invista contra ele.
E sem uma palavra é isso o que Iris faz. Desconcentrado, o homem cai no chão e Iris cai por cima dele, a lâmina da espada esta em sua garganta, quando Iris se interrompe e seus olhos o observam instintivamente. Ela se arrepende de ter feito isso no mesmo instante.
Seu rosto é inigualável. Bonito, lindo ou maravilhoso seriam adjetivos muito pequenos para descrever a inigualável beleza daquele ser. O homem possui traços fortes, como se esculpidos em pedra, pele branca aparentemente tão macia, labios grossos e rosados, e intensos olhos azuis que brilham mesmo na penumbra do amanhecer, além pelos loiros cobrindo seu queixo, da mesma cor de seus cabelos, que emolduram seu rosto, aparentemente até o queixo.
Iris se demora tanto observando aquele rosto tão belo. Os olhos do homem parecem se demorar nela também, mas estes demonstram o mais puro pânico com o passar dos segundos, e não parece que se tratar do modo como Iris o está imobilizando com toda força ou a lâmina de sua espada ainda firme contra sua garganta. O homem parece temer a proximidade do amanhecer.
- Me mate - ele sussurra roucamente, conforme o céu muda para tons de laranja e quando a luz ameaça banhar seu rosto perfeito, ele fica ainda mais bonito, o que parece ser impossível em dadas as circunstâncias - Por favor me mate.
O pedido pega Iris desprevenida. O homem está mesmo implorando para que ela o mate? E se ela deveria Mata-lo por que está se demorando tanto? Seus olhos dançam indecisos sobre ele.
Então o mais breve raio de sol atravessa a clareira, iluminando seu rosto escultural...
E ele explode com um grito, se transformando em um homem em chamas.

Anjos de Sangue: Fim dos DiasUnde poveștirile trăiesc. Descoperă acum