Capítulo 15: Há Esperança

1 0 0
                                    

- Eba! Finalmente a tempestade acabou! - O menino de aparentemente 7 anos com cabelos cor de mel, Benjamin Ryce, exclama pela manhã, quando olha pela janela.
- EBA! - Seus irmãos comemoram, enquanto tomam seu chocolate quente. Demetri Ryce, começa a tossir engasgado. Iris da batidinhas em suas costas.
- Tudo bem, querido? - Ela questiona preocupada e levanta a voz para Benjamin - Sinceramente, Benjamin, você não podia esperar um pouco? Ou vocês tomam seu café da manhã, ou vocês comemoram! Não se pode fazer os dois.
- Ah, mãe - Diz Benjamin saindo da janela - É que a tempestade durou semanas - ele ressalta a palavra semanas
- Podemos brincar na neve? - Implora a menina de pele morena, e cabelos castanhos, caindo pelas costas, Phiorella.
Iris suspira.
- Esta bem - Ela sente que eles estão prestes a gritar de alegria de novo, quando os corta - Mas só depois. Primeiro terminem seu café, sem fazer uma bagunça.
Benjamin volta para a mesa, enquanto todas as crianças suspiram um muxoxo. Demetri se desengasgou e já voltou a comer.
Crianças, Iris suspira.
Quando elas terminam, e correm para seus quartos em busca de agasalhos, botas e brinquedos para neve, Iris mordisca um pãozinho. Alexander não estava em casa. Ele saia quase sempre, fazendo uma ronda constante pela cidade, tudo para garantir sua segurança, ele afirmara, garantir que os Lideres ainda não sabem sobre sua localização ou estão os seguindo. Tecnicamente, a Itália e o país de origem e de maior concentração de Especiais, seres de aparência mortal que possuem habilidades com o sobrenatural. Deveria haver muitos especiais, por aqui então Alexander deveria ser cuidadoso, inclusive ao sair de dia, já que sendo um Vampiro ele tinha um histórico ruim com o sol. Atraves das nuvens grossas e negras, a luz do sol nao transpassava, e ele sairia em segurança.
 Poderia parecer uma má idéia, se refugiar assim tão perto da base de uma espécie das sombras, e justamente, de Valentina, que foi quem jurou a ela e a sua família de morte, mas o inimigo nunca espera que a presa esteja tão próxima assim deles, por isso, permanecer aqui pode ser o lugar mais inteligente para que eles se escondam. Hoje, Alexander também irá procurar algo ou... alguém para caçar, Iris se força  a imaginar, ele matando um mortal, suas presas cravadas em inúmeros pescoços, saboreando o sangue. Ela interrompe o pensamento. Alexander só vai demorar um pouco para voltar.
Uma vez prontos, as crianças irrompem pela porta, animadas com a neve.
Clarke e Lavinia correm para um balanço de pneu, na frente da casa enquanto, Phiorella e Atena fazem fila atrás deles, e Benjamin e Demetri começam a fazer uma guerra de bolas de neve.
Uma acerta o rosto de Benjamim.
- Ei, cuidado, vocês dois - Iris adverte, mas Benjamin sorri.
- Você vai se arrepender disso, Dimmy! - ele exclama e começa a fazer montar uma fortaleza para abrigar se da pontaria de Demetri. O irmão começa a fazer o mesmo quando exclama.
- Vamos ver quem vai se arrepender. E não me chame de Dimmy! - ele protesta
Iris observa seus filhos brincando. Quem dera se toda guerra, fosse de bolas de neve.
Divertindo se, eles são como qualquer criança, mortal seria. Eles correm e fazem barulho, brigam mas fazem as pazes segundos depois. Empurram uns aos outros no balanço.
Monstros. Anomalias, as palavras ecoam na mente de Iris, e seus olhos ficam imediatamente marejados. Como os Lideres podem sequer pensar que essas crianças podem ser más? Eles são apenas crianças. Não se sabe sobre o que eles podem se tornar, se eles tem asas, então ainda não possuem controle sobre elas. Mas o máximo que Iris pode fazer, na sua posição de mãe, é educa los, e guia los a um caminho correto.
Eles passam o dia inteiro assim, parando para comer, e voltando para a neve uma hora depois.
O sol ja sumiu no horizonte, quando Benjamin e Demetri se jogam no chão, fazendo anjos de neve. Clarke, Phiorella, Atena, e Lavinia os imitam e logo o chão está coberto de anjos de neve, que já começa a derreter.
Atrás de Iris uma voz a surpreende.
- Eles são maravilhosos não são?
Quando ela se vira, Alexander está Sorrindo. Ele parece cansado, mas está menos palido, não há marcas sob sua pele perfeita. Até mesmo seus cabelos dourados parecem mais brilhantes.
As crianças correm para um abraço e depois correm para dentro quando Iris indica que é hora do jantar. Alexander envolve a cintura de Iris, quando sussurra em seu ouvido:
- Preciso falar com você, mais tarde. E a propósito, bonito colar.
Iris assente com um leve sorriso, quando esta congelando por dentro. Ele sabe. Ele sabe o que eu fiz.
Após o jantar, as crianças vão para seus quartos, fazer qualquer atividade antes de dormir.
Quando ficam sozinhos, na sala de estar, Alexander chama Iris para o seu lado no sofá. Seus olhos estão concentrados nela quando ele começa:
- Eu tinha acabado de caçar, quando comecei a circular pela cidade, a procura de alguém suspeito quando encontrei. Sujeito baixo, mas envolto em roupa preta e com uns símbolos estranhos adornados na roupa. Quem visse aquilo, acharia moda, mas eu resolvi segui lo até um lugar que eu descobri ser um bar, frequentado em sua maioria, por Especiais.
Iris contém uma exclamação, mas apenas assente.
- Me diga que você não entrou no bar deles.
- Hum... eu não entrei no bar deles - ele diz
- Oh, que bom - Ela suspira
- Na verdade não - Ele admite - Eu só disse isso por que era o que você queria ouvir...
Argh, Iris suspira derrotada, mas Alexander continua falando sobre como entrou no bar e ouviu a conversa de dois homens que pareciam ser soldados de elite de Valentina.
- Eles falavam algo sobre os Artificios. Sobre Valentina mudar a localização dele outra vez.
Iris esperou que ele concluísse.
- Acontece que... eu me dei conta do quanto eles valorizam os Artificios, todos os Lideres e não é para menos, já que toda a existência dos seres das sombras está centralizada neles... exceto nossos filhos.
Iris está tentando seguir sua linha de raciocínio. Agora, Alexander parece quase eufórico, tomando suas mãos nas dela.
- Nossos filhos foram criados a partir de algo totalmente novo. Eles não possuem Artificio. Mesmo que todos eles sejam eliminados e nos morrermos...
- Os Anjos de Sangue serão os Herdeiros da Terra - Iris concluiu, estupefata - Esta sugerindo uma extermínio em massa?
- Não, não foi o que eu quis dizer - Alexander se corrige, calmamente - O que eu quis dizer é que os Artificios são a chave para tudo. Se de alguma forma, conseguirmos a posse de todos os Artificios...
- O mundo vai estar aos nossos pés.
- Os Lideres farão o que quisermos - Completa Alexander e pela primeira vez uma faísca de esperança se ascende no peito de Iris em muito tempo. Essa sensação tão familiar de que as coisas ainda podem acabar bem para eles.
Sua mente mal registra as palavras de Alexander, é já está trabalhando em um plano.
- Não acho que precisaremos ser tão diretos - Iris sussurra, distante - Eu sei o vamos fazer, se conseguirmos os Artificios. Vamos provar o valor dos nossos filhos.
Alexander assente, tentando esconder o triunfo em seu rosto.
Pela primeira vez, há esperança.

Anjos de Sangue: Fim dos DiasWhere stories live. Discover now