- Vou pegar suas coisas lá fora - anunciou e com isso levantou-se e sumiu porta à fora. Sentei-me na cama, um minuto depois William voltou com minhas coisas e depositou a bolsa ao meu lado. Ele ficou parado por um longo tempo, parecia estar decidindo o que fazer, então suspirou. 

- Vou deixa-la para que se vista - e com isso saiu, fechando a porta com força atrás dele. Mordi o lábio e fiz o que ele disse, me vesti. Já era tarde quando resolvemos comer algo e então tínhamos que dormir.

- Dormirei no sofá - William anunciou - disse que lhe daria um tempo para decidir-se e farei. 

Eu não sabia o que dizer, então apenas assenti e me deitei sob as cobertas. Virei-me um bom tempo de um lado para o outro sem conseguir dormir. O que eu faria? O lugar estava escuro e silencioso, exceto pelo cri cri dos grilos, e eu ainda não havia conseguido pregar os olhos. Me sentei na cama e olhei rumo ao sofá, William estava deitado ali apenas de bermuda, parecia um anjo loiro enquanto dormia profundamente, sua respiração regular. 

Joguei minhas pernas para fora da cama e caminhei devagar até ele, me agachando para olha-lo de perto. Em que me tornei? Eu estava olhando furtivamente um homem desacordado, pelo amor de Deus. Desci o olhar até seu peito e tive que controlar meu desejo de passar os dedos em cada gomo de sua barriga perfeita, ou enroscar meus dedos em seu macio cabelo. Além, é claro, que eu estava desesperada em beijar-lhe os lábios; pareciam tão doces e a sensação de sua língua em minha boca invadiu minha mente, deixando-me ainda mais necessitada. E eu sabia o que eu queria. A ele. 

Eu nunca quis nada na minha vida como eu queria esse homem, mas eu tinha que tomar cuidado ou seria apenas mais uma apaixonada por ele. E como não, apesar de ser considerado um homem frio e calculista, era hiper sexy e sabia quando tinha que ser quente. " Ele não fica com virgens ", a voz de Stefan rodeou minha mente mais uma vez e eu engoli em seco. Eu poderia ser a exceção dele? Se fosse assim, eu poderia ter esperanças de que ele sentia algo por mim? Bem, eu estava disposta a arriscar. Eu sabia que nunca olharia para Michael Philips como estava fazendo agora com William, nem aguentaria suas mãos em mim. Argh, só o pensamento já me deixava com gastura. 

Então, ergui uma mão trêmula e passei levemente em seus fios sedosos e os escovei para trás. Ele nem se mexeu. Tentei novamente, agora inserindo mais em cheio os dedos. Nada. Alisei a pele do seu rosto com os nódulos dos meus dedos e desci até tocar seus lábios.

 - O que está fazendo? - ele sussurrou sem abrir os olhos, fazendo-me pular pelo susto. 

- Shh - foi a única coisa que consegui murmurar quando recobrei os sentidos e voltei a toca-lo no rosto. Ele abriu os olhos lentamente e na escuridão seus olhos pareciam da cor do céu noturno estrelado. 

- O que está fazendo? - insistiu.

- Não conseguia dormir.

- E resolveu me acordar para lhe fazer companhia? - perguntou, arqueando uma sobrancelha. 

- Sim, não queria ficar sozinha - me coloquei de pé - e... - parei, engolindo em seco. 

- E... - ele repetiu, sentando-se e fez com a mão para que eu continuasse. Vamos Luciana, você é uma garota ousada, já enfrentou um navio cheio de homens, pode enfrentar esse dai. 

- Lucy? - chamou e colocou-se de pé, com uma expressão preocupada - Está bem? 

Ele estava bem perto, com toda sua altura e imponência, que eu tive que erguer a cabeça para olha-lo nos olhos. Então, sem pensar mais, rodeei seu pescoço com os braços e o puxei para um beijo. Ele não correspondeu de imediato, talvez pelo choque ou surpresa, mas logo rodeou minha cintura com os braços e deslizou sua boca sobre a minha. Eu estava me sentindo viva e pegando fogo por dentro, eu necessitava dele desesperadamente. William me estreitou mais em seus braços e chupou minha língua, fazendo com que eu gemesse abafado. 

ღ Perigosa AtraçãoWhere stories live. Discover now