Capítulo XXIV - Sequelas 1

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Hospital Metropolitano do Rio de Janeiro - 08:00h

 Ando de um lado para o outro, estou muito preocupado com o estado de saúde de Eva. Acabo de chegar para saber se poderei hoje visitá-la, sei que não deveria estar assim, dessa forma e estragar todo o disfarce, mas eu não quero que ela piore. Juro para mim que se algo acontecer com ela, eu mato aquele homem!

[Flash Back On]

- Eu preciso falar com o senhor.

- Sim, David. - O pastor põe o braço sobre meu ombro e me encaminha até o seu escritório. Entramos e ele fecha a porta. - Qual é o problema? - Ele pergunta de forma paternal, ao se sentar em sua poltrona atrás da mesa e fazer sinal para eu me sente a uma em frente à ele.

- Eu tentei, pastor! Juro que tentei. Mas não consigo tirar Eva da minha mente e do meu coração. Desde que a vi. Eu não consigo. Eu tentei ficar longe dela, tentei de verdade. Ela também não tem comparecido mais à escola eu não sei o por quê. - Falo tão rápido que tenho medo do pastor não entender.

- Tenha calma, meu jovem. Mas você sabe que não foi por essa intenção que ficou perto dela esses dias, correto? - O pastor fala com serenidade. 

- Sim, eu sei. É por causa do meu trabalho, mas minha atração por ela e amor foram inevitáveis. E eu sei que ela está sofrendo nas mãos daquele homem, mas ainda não tenho provas concretas para incriminá-lo.

- David, está fazendo isso pelas razões certas e não por Eva, você entende isso?

- Eu entendo, mas se ele for preso ou algo assim, sei que a terei somente pra mim. Posso estar pecando diante de Deus, mas é isso que sinto em meu coração e agora estou falando para o senhor. - Meu tom é desesperador. Quero e preciso proteger essa mulher, mas não sei como, não tenho meios para isso.

- Sim, tudo bem... então o que pensa em fazer? - O pastor me olha preocupado pelo meu estado agitado. Nunca fui assim.

- Já sei... vou agora mesmo à casa de Eva! Obrigado, pastor. - Pego minha bolsa e saio rapidamente pela porta.

- David... - O pastor tenta me chamar, em vão.

[Flash Back Off]  

- David? - Uma voz me tira de minhas lembranças.

- Rebeca, Nena, como estão? - As mulheres que trabalham com Eva na escola estão aqui, e seu semblante é confuso.

- Nós estamos bem. O que está fazendo aqui? É Eva? - Nena expôs seus questionamentos.

- Sim. Eu fui visitá-la e soube do ocorrido. - Olho para as duas que se assustaram com meu rosto abatido.

- Entendo. - Diz Rebeca. - Mas como ela está? Qual sua situação?

- Eu ainda não sei, ontem os médicos não me deixaram vê-la. Mas seu estado estava um pouco complicado.

- Espera aí... Esteve aqui ontem? - Pergunta Nena, a mais curiosa.

- Sim, é que...

- Senhores, bom dia. São da família da senhora Alberoni? - Um homem vestido de branco e com uma prancheta na mão pergunta.

- Somos amigos, o mais próximo de uma família que ela tem. - Rebeca fala, ansiosa por saber o que o médico tem a dizer.

- Bem... a saúde de sua amiga está estável, ela está com algumas fraturas, mas é algo recuperável. Só tem uma única questão com a qual ela terá que se acostumar.

Quando o médico nos disse, ficamos em choque. Não queríamos isso para nossa amiga, e mais ainda para Eva.


Perdoem-me pelos atrasos, estou com alguns problemas. Já vou postar um outro... ainda hoje.

Confia em Mim: DestruídaTempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang