Capítulo XX - Armadilha

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Boa tarde, gostaria de lembrá-los que atentem para o comportamento de Anton. Ainda estou passando dias de cão, peço que continuem orando por mim. Boa leitura.

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- Estou terminando de arrumar as malas, Eva. Será que poderia cooperar um pouquinho? - Corro de um lado para o outro. Tenho o objetivo de chegar o mais rápido possível em L.A.

- Mas você mal ficou dois dias em casa e já está saindo de novo, Anton? - Ela faz uma carinha linda de mal-humorada.

- É só por um tempo, Eva. Eu prometo que volto o mais rápido possível. - Beijo sua testa carinhosamente.

- Ah mas... poxa... nem aproveitamos. Eu ainda estou com saudades de você, Anton, você está tão carinhoso ultimamente. - Ela me abraça toda manhosa. - Será que eu não poderia ir com você? - Ao ouvir essa pergunta me arrepio todo, a resposta é certa, "Não".

- Não! - Falo rapidamente e ela me olha sem entender. - Não, é que... sabe... são só negócios, Eva, você não iria gostar e sem falar que... hã... você tem as crianças para tomar conta. 

- Mas elas já estarão entrando de férias daqui há umas semanas. Um dia ou outro não lhes trará problema. E mais, eu posso ser substituída!

- Até pode, Eva. Mas você sabe como aquelas crianças te amam! - Olho para ela com um olhar decisivo.

- Ah, -Ela bufa e me solta. - tudo bem.

- Eu vou voltar logo, prometo. Vão ser só dois dias. - Pego minhas malas, me despeço dando lhe um beijo na testa e saio porta afora para pegar o carro que me espera. Já avisei Juan para que tome conta das coisas enquanto estou fora.

Eu sei que estou arriscando demais deixando meu posto por tantos dias assim, sei que isso é arriscado, mas foram e são coisas necessárias. Preciso tratar de problemas e resolver o meu lado psicológico de vez em quando, afinal, são pressões vinda de todos os lados. Ou são drogas ou tratamentos psicológicos.

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Chego no aeroporto, minhas malas são encaminhadas para o setor de embarque. Ouço a chamada e embarco para encontrar com Isabela, mal posso esperar para aplicar as minhas investidas. Acabo adormecendo durante o voo e acordo quando estou prestes a aterrissar. Isabela disse que mandaria um carro vir me buscar. E realmente, assim que vou para a ala de desembarque, vejo um homem segurando uma placa com o meu nome e vou ao seu encontro. O cumprimento, ele me ajuda com as malas e vamos para seu carro. Fico olhando pela janela o céu cinza, as pessoas indo de um lado para o outro sempre com pressa, com seus casacos negros, outros coloridos, com pastas, bem arrumadas, letreiros brilhando... realmente estou na América do Norte.

- Senhor, chegamos. - O motorista estaciona em frente ao grande prédio dos empreendimentos Garcia's. - Eu deixarei as malas do senhor no seu hotel, como ordenado pela senhora Garcia. 

- Nossa... Tudo bem, muito obrigada. - Não havia imaginado que eles iram pagar pela estadia. Excelente.

Saio do carro e vejo o prédio colossal a minha frente. O carro dá partida e eu ainda fico na calçada admirando o estabelecimento, mas logo entro para poder falar com Isabela o mais rápido possível. Ao entrar me deparo com uma sala de espera totalmente sofisticado, um balcão com café, água e aperitivos, um painel luminoso com o nome e emblema da empresa, quadros nas paredes mostrando paisagens, poltronas e sofás tão brancos que parecem que ninguém nunca sentou e luzes acopladas no teto. Após admirar o local eu encontro a recepcionista.

- Olá! Boa tarde! - Falo com a mulher.

- Boa tarde, senhor, posso ajudá-lo? - Ela é solicita.

Confia em Mim: DestruídaWhere stories live. Discover now