Capítulo XVII - Treinamento

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Saio irritada com David, quem ele pensa que é para me dá ordens. Passo pelo corredor que contém 3 salas nele, uma delas é a sala da turma que leciono. Meu coração fica agitado só de pensar na saudade que estou deles e que finalmente vou poder voltar para dar aula. Minha emoção é tamanha que não me seguro e vou até a sala só para lhes dar um "oi", pois ainda estou em fisioterapia, então não poderei dar aula. Chego perto da porta e a abro bem devagar, eles rapidamente notam a minha presença.

- Tia Evaa! - Eles gritam.

- Oi meus amores. - Eles vem correndo até mim. - Que saudade que estava de vocês, de todos vocês. - Esse é um momento sublime, eu me sinto muito feliz ao lado dos meus anjinhos. Conversamos um pouco, cumprimentei a professora que estava me substituindo, a qual já conhecia. Perguntei como eles estavam, como estavam as coisas no orfanato, eles não reclamaram e estão animados, pois as coisas melhoraram, sem falar que alguns cursos foram implantados, como de espanhol e música. Ver a felicidade deles me faz feliz.

- Tia, você está triste? - Pergunta um menino.

- Não meu anjo, estou chorando de felicidade. Estou emocionada por todos estarem bem. Agradeço à Deus por suas vidas. - E lhe abraço.

Continuo conversando mais um pouco e prometo que logo volto para visitá-los, mas mau sabia eu que ficaria muito tempo se retornar para este local. Me despeço de minhas amigas, me encontro com o motorista e peço para que ele me leve à igreja, eu gostaria de falar com o pastor.

Quando chego à igreja noto que ela está sendo reformada, então tem pedreiros para todos os lados, ela também está sendo pintada de verde.

- Eva. - Alguém me chama por trás.

- Pastor, tudo bem? - O cumprimento com um aperto de mão.

- Tudo sim, minha jovem. - Ele me convida para caminhar até o seu gabinete. Passamos pelo gramado verdinho e os trabalhadores apressados indo de um lado para o outro com carrinhos de mão, latas de tinta e montando andaimes. O dia está com um lindo sol, um pouco quente, mas com uma brisa suave. Passamos por dentro da igreja e os bancos estão afastados, pois também há obra dentro. A igreja é toda rústica, paredes com madeira, contendo cinco lustres cristalinos, um púlpito também de madeira com o simbolo da igreja entalhado e cinco cadeiras de madeira atrás de púlpito. Adentramos ao seu escritório pastoral,  também rústico, com um grande janelão atrás da mesa.

- Por favor, sente-se. - Ele se senta atrás na mesa e eu me sento á sua frente. - O que tem se passado? Como você está? Como está Anton? Tem um tempo que vocês não aparecem por aqui.

- Estamos bem, obrigada. Bem, quer dizer... temos passado por alguns... problemas. - Falo devagar, medindo as palavras.

- Quer falar sobre isso? - O pastor cruza as mãos sobre a mesa.

- Bem... eu sinto que estou me afastando de Deus por algumas escolhas que tenho feito. E... - Tento falar sem acusar à Anton e a mim mesma. - Sabe... o Anton... - Quando sou interrompida por alguém que abre a porta.

- Pastor! - Fala um jovem, que logo depois parece notar que cometeu um erro. - Ah me desculpe, não sabia que estava ocupado.

- Aconteceu algo, José?

- Nada importante é que queríamos tirar uma dúvida aqui da obra. Mas depois tiramos, licença.

- Eu já vou lá! - Fala o pastor antes do jovem fechar a porta.

- Tudo bem, desculpa. - Ele fala e rapidamente fecha a porta.

- O que me dizia? - Pergunta o pastor, mas eu já não sinto que devo contar nada.

Confia em Mim: DestruídaWhere stories live. Discover now