Capítulo XXI - Anormalidade

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Mudança nas Capas dos livros, espero que tenham gostado ;)

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Casa de Isabela - Los Angeles - 20:50 horas.

- Mãe, eu não acredito que vá sair com esse homem! - Emmy está exaltada. Eu posso entender, pois não sabemos do que aquele homem é capaz, mas enquanto estivermos aos olhos de outras pessoas, ele não vai tentar nada.

- Eu preciso fazer isso, minha filha, eu preciso saber que tipo de homem está cuidando da minha irmã, não posso abandoná-la mais uma vez. Deus não me perdoaria, eu não me perdoaria.

- Mãe, Deus não é mau. Ele vai entender e cuidar da tia Eva. - Seu olhar é apreensivo.

- Claro, Emmy, mas Deus me deu essa tarefa agora, finalmente. Pensei que minha irmã está viva, não posso deixar que isso passe despercebido. Se não fosse eu no caso de Eva você não faria o mesmo?

- Er... Claro mãe, sem dúvidas! - Ela prontamente responde.

- Então você pode entender os meus motivos. - Ao terminarmos nossa conversa ouvimos a porta da sala sendo aberta por Judie e cumprimentando alguém. - Está na hora! - Emmy me abraça forte e eu lhe dou um beijo no rosto.

- Tenha cuidado, por favor. - Pisco para ela e saímos do quarto. Judie já estava vindo ao nosso encontro, mas já entendemos o recado e descemos as três juntas.

- Oh, boa noite, senhoritas. - Ele nos cumprimenta, e também olha para minha filha.

- Boa noite, Anton. - Sorrio para ele. - Por favor, conheça minha filha, Emmy. - Lhe apresento e Emmy cortesmente lhe estende a mão. 

- Linda como a mãe. - Ele beija sua mão.

- Prazer em conhecê-lo, senhor Alberoni. Minha mãe tem estado bastante empolgada com os projetos que estarão à realizar. - Ela sorri juntamente com ele.

- Sim, com certeza estamos tentando fazer o melhor projeto possível, que seja aplicável em qualquer parte não só do Brasil, mas de diversos lugares do mundo.

- Fascinante. - Ela completa.

- Bem, minha filha, já estamos indo para não ficar muito tarde. - Ele concorda. Cumprimentamos a Eva e Judie e nos retiramos para nossa "grande noite" pela cidade.

A cidade está iluminada, diversas pessoas andando pela rua. O levei à alguns lugares sendo alguns deles o museu Autry Museum of the American West, Píer of Santa Mônica e fomos à um restaurante requintado perto de Muscle Beach. O restaurante tinha cadeiras de madeira, cristal nos lustres, bonsais na decoração, o local era claro e arejado, podíamos sentir a maresia. Procuramos um lugar e nos sentamos para conversar um pouco mais. Até então não havia nada de estranho com Anton, passava ser uma boa pessoa, será que eu estivera enganada esse tempo todo? Eu não sei, vou usar esse tempo que tenho para conversar um pouco mais com ele.

- Isabela, estou adorando a noite. Realmente agradável. - Ele beberica um pouco do seu vinho.

- Que bom que esteja gostando. E então... - limpo a garganta e me ajeito melhor na cadeira. - e Eva, como está? Há quanto tempo são casados? - Bebo meu suco.

- Ela está bem, se recuperando da contusão no braço. Estamos casados há 4 anos. E você? Não é casada? - Ele sorri para mim.

- Não, na verdade eu fui, mas meu marido faleceu há alguns anos. - Dou um sorriso triste ao lembrar de Alberto e tudo o que ele significou para mim.

- Entendo. Só não consigo compreender algo. - Ele fala sério e com um tom um pouco diferente, parece outra pessoa.

- O que?! - Pergunto curiosa. Ele, audaciosamente, pega sua cadeira e puxa para sentar ao meu lado. Acredito que nesse momento minha feição foi de serena para assustada.

- Como alguém tão bonita como você pode estar ainda sozinha. - Ele fala perto do meu ouvido, posso sentir seu hálito quente com odor de vinho.

- Bem... - Tento arrastar a cadeira para um pouco mais distante dele, mas ele parece estar segurando. - Senhor Alberoni, está muito perto. Peço que se distancie imediatamente. 

- Como assim, Isabela? Senhor Alberoni? Assim você me machuca, já passamos dessa fase. - Ele tem em seus lábios um sorriso malicioso.

- Anton, por favor. Se comporte. - Meu rosto está ardendo em chamas. Mas graças a Deus o garçom chega com a nossa comida. Anton se recolhe e volta com sua cadeira ao seu lugar.

- Oh, maravilhoso, eu já estava com fome. - Ele diz todo animado.

Começo a ficar sem graça a cada segundo em sua presença. Ele passa o jantar inteiro olhando fixamente para mim, seu olhar é profundo e devorador. Ao mesmo tempo que ele faz insinuações com a comida. Estou realmente assustada. Não sei o que aconteceu com o Anton de poucos minutos. Este Anton que está na minha frente é totalmente depravado.

Termino o meu jantar o mais rápido possível, pois não aguento mais estar na presença dele. Ele também termina.

- E então, Isabela, - Ele termina de limpar a boca. - você vai querer sobremesa. Ou simplesmente vamos para casa? - Ele pisca.

- Eu não sei do que está falando e não gosto da forma como está falando. - Falo seriamente com ele.

- Ah, Isabela, que isso... tanto eu quanto você queremos isso. Nossos olhares dizem tudo. - Seu olhar se petrifica no meu.

- Eu não quero nada, só quero ir embora! - Faço um sinal com a mão para que o garçom traga a conta. Então o garçom vem. Anton tenta falar algo sobre querer pagar a conta, mas sou mais rápida e coloco o cartão na máquina. Não quero nada que venha deste homem.

- Tudo bem, você nem me deu chance. Podemos ir. - Ele pega seu casaco e eu o meu. Já vou saindo do restaurante com o celular na mão, eu vou pegar um táxi. Ele repara. - Ei, o que está fazendo? Ei...! - Ele tira o celular da minha mão. - Não precisa fazer isso, Isabela, eu te levo. Também não precisa exagerar. - Seus movimentos parecem mais sereno, ele parece mais "equilibrado", então decido ir com ele.

O caminho é feito em silêncio, eu já tirei todas as dúvidas que eu queria e comprovei minha teoria, infelizmente.

- Esse é o fim! - Ele estaciona em frente a minha casa.

- Sim. Obrigada. - Já vou saindo, mas ouço o barulho das trancas do carro, olho para a fechadura, para minha casa e depois para ele, que novamente está com aquele olhar cheio de más intenções. A rua está coberta de nevasca, ninguém está passando, o carro é escuro, Judie deve estar dormindo, Emmy já voltou para casa. Estou em apuros.


 Coitada da nossa Isabela. O que será que vai acontecer com ela? Anton parece ter perdido o controle. Continuem acompanhando para saber mais :D

Mudando de assunto, estou com um pequeno livro de one-shot's (história de um capítulo). Por enquanto tenho duas no meu perfil. Os capítulos são bem curtinhos mesmo. Se alguém quiser acompanhar, será bem vindo ;-)

No seu coração.

P.


Confia em Mim: DestruídaWhere stories live. Discover now