Capítulo XII - Atenção

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Estávamos no Budweiser Mansion eu tenho que dar crédito à Eva. Realmente eu nunca não deveria ter entrado na política.

- Cuidado, vamos por trás. Ali tem paparazzi. - Juan aponta para alguns homens com câmeras.

- Olha, Juan, eu não sei se é uma boa ideia estarmos aqui.

- Relaxa, Anton. Você precisa e Eva, aquela mulher, não esqueça, ela é descartável.

- Não é o que eu ouço. - Estávamos caminhando e de repente ele me para.

- De certa forma ela é importante, mas em breve não será mais e você não vai precisar mais depender dela para nada. Estará livre, isso não é bom? - Sua felicidade é assombrosa.

- O que você quer dizer? - Seguro seu braço.

- Ei ei... - Ele solta meu braço. - Assim você vai acabar amassando a minha roupa. Vamos falar sobre isso outra hora. - Chegamos até a nossa entrada. - Agora vamos nos divertir. - O segurança abre as portas e o som que está dentro se intensifica. - Vamos! - Juan me puxa.

O lugar era ótimo, muito movimentado, diversas pessoas dançando, bebidas por todo canto, mulheres, jogos de luzes por todo o salão e uma música tão alta que faz todas as minhas células vibrarem ao som das batidas. Subimos para a sala principal, que seria uma das salas vip que estavam separadas para nós. A frente da porta tem um outro segurança que está com uma prancheta controlando quem pode e quem não pode entrar, com uma pequena fila ao lado, ao entrarmos na nossa sala, eu noto que está repleto de mulheres, muitas mulheres, de vários tipos. Juan me olha com aquele olhar sarcástico. Eu definitivamente não deveria estar aqui.

- Vamos, fique à vontade. - Ele me empurra.

Eu não quero bebida, eu não quero nada. Parece que o tratamento do doutor Marcos não deu tão certo assim, quer dizer, mais ou menos, eu no final das contas machuquei à Eva e até hoje ela está em recuperação, sem falar que ela não confiar mais em mim e tenho medo que ela nunca mais confie. Não posso culpá-la.

- Oi? Senhor, prefeito? - Ouço uma voz me chamando. - Oi?

- Oi! - Respondo à moça que está ao meu lado.

- Como está? Parece aéreo. - Ela fala sendo simpática.

- Eu estou bem. E você é... ?

- Catarine, prazer. - Ela me estende o braço.

- Oi, prazer. - A cumprimento. 

- Então, está gostando da festa?

- Sim, na verdade meu amigo me arrastou.

- Entendo... Quer ir para um lugar mais confortável para podermos conversar?

- Ah, me desculpe. Mas só tenho a intenção de sair daqui se for para voltar pra casa. - Parece que Juan me encontra com seus olhos e percebe a situação.

- Oi? - Ele chega até nós. - Posso roubá-lo um momento? - Sua voz emana simpatia.

- Sim. - A mulher, Catarine, sorri.

- O que está havendo contigo, Anton?

- Não sei, cara, mas não estou afim de estar aqui. Você não imagina como está a Eva e...

- Ah, lá vamos nós, - Ele revira os olhos - parece que Marcos não fez seu trabalho muito bem. - Ele começa a ficar irritado. - Tudo bem, - ele se vira e pega um drink no balcão. - beba isso aqui, vai se sentir melhor.

- O que é isso? - Olho o conteúdo líquido de cor verde dentro do copo.

- Uma bebida, só para você... se soltar um pouco e se sentir menos culpado. Anda, bebe.

Confia em Mim: DestruídaWhere stories live. Discover now