Capítulo 48

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Força Lucy, empurre. —O médico pede com as mãos postas ao lado das partes íntimas da minha mãe.

Eu... AH... Eu não aguento mais! —Ela exclama cansada.

Falta pouco meu amor. —Meu pai diz enquanto enxuga o suor de sua testa.

A porta da sala onde estou se abre, e viro-me assustada.

—Eu estava em uma cirurgia de última hora, e eu... Desculpa-me por ter me atrasado. —Zack beija meus lábios rapidamente.

—Estou preocupada, ela já em trabalho de parto há duas horas. —Levo minha mão a minha boca para roer o pouco de unha que me resta.

—Ela está indo bem. —Ele foca sua atenção na enorme tela.

Concentre-se na contração. Enquanto ela não vier, respire fundo. Quando começar a doer novamente, tome fôlego e empurre. —O médico faz um sinal para a enfermeira ficar de olho na minha mãe.

Estou... Com medo. —Ela olha para o meu pai com os olhos lacrimejados.

Estou aqui com você. —Ele aperta sua mão.

—Que fofo. —Zack sussurra no meu ouvido, fazendo-me rir.

—Não me faça rir em um momento tão delicado. Estou ansiosa. —Finjo uma falsa irritação.

—Me desculpe. —Ele sussurra novamente.

Vejo o exato momento em que minha mãe faz uma força descomunal, tirando um sorriso vitorioso do médico.

Está nascendo! Apenas mais um pouco. —Ele passa os dedos na cabeça do primeiro bebê, que ainda não está totalmente para fora.

—O primeiro está nascendo. —Grudo minha mão suada na mão de Zack.

—Meu primeiro cunhado. Terei cunhados recém-nascidos, isso é um pouco estranho.

—Shh. —Sinto meu estômago se revirar em meu interior.

Mamãe continua a fazer força, mas sem sucesso. Vejo a troca de olhares preocupados entre o médico e a enfermeira.

—Zack, eles estão preocupados.—Passo a mão no peito, sentindo a tensão correr em cada canto do meu corpo.

—Sim, ela está exausta, e provavelmente os bebês também. Acho que precisarão ajuda-la.

A ajudante do médico faz uma pequena "massagem" na barriga exposta da minha mãe, para localizar os bebês.

Senhor Romanov, teremos que ajuda-la. —Meu pai encara a médica sem entender.—Lucy, quando sentir a contração, tome fôlego, prenda a respiração e empurre.

Minha mãe olha para meu pai, apreensiva. Ela fecha os olhos e faz conforme o pedido da médica.

Senhor Romanov, estenda seu braço esquerdo, e grude sua mão em meu antebraço.

Depois de fazer conforme seu pedido, a médica posiciona o braço de ambos, na barriga da minha mãe, para ajuda-la a empurrar.

Empurraremos a barriga dela com força.

Não quero machuca-la. —Meu pai diz temeroso.

Você estará ajudando ela e seus filhos.

Minha mãe começa a empurrar novamente, e meu pai junto com a médica, empurra sua barriga para facilitar a saída do bebê.

NÃO... FAZ... ISSO. —Ela pede gritando de dor.

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