Bônus-Linc

5K 395 86
                                    

Detentos do pavilhão um, compareçam na fila do banho.

Tiro os braços de baixo da minha cabeça, e levanto-me do beliche, pegando um sabonete e minha toalha.

—Sugre, fique aqui vigiando, vou tomar uma ducha rápida e já volto. —Ele assente enquanto sorri vendo uma revista da playboy.

Saio da cela atento a qualquer passo, a qualquer pessoa. Vejo a fila do banho relativamente curta e solto um suspiro, pois sei que a água quente já era. Entro no banheiro e o que separa os presos um do outro, é apenas uma parede média.

Dispo-me do uniforme, jogando-o em um grande cesto, junto com uniformes de outros detentos. Amarro minha toalha envolta da minha cintura, e espero alguém acabar o banho.

 Amarro minha toalha envolta da minha cintura, e espero alguém acabar o banho

Ops! Esta imagem não segue as nossas directrizes de conteúdo. Para continuares a publicar, por favor, remova-a ou carrega uma imagem diferente.

Dois chuveiros são liberados, e entro em um. A água gelada escorre em minha cabeça, descendo lentamente para o meu corpo, fazendo-o enrijecer. Olho para o lado, e vejo o cara mais temido da prisão acabando seu banho. Um sorriso involuntário aparece no meu rosto, e vejo o meu cupom dourado para fugir daqui.

Acabo meu banho e enxugo-me às pressas. Coloco minha toalha em volta da cintura, e saio do chuveiro sentindo pingos de água do banho recém-tomado, pingando no chão. Vejo-o dando alguns passos em direção à saída e entro em sua frente, impedindo sua passagem.

—Vaza daí. —Ele fecha os punhos.

—Calma aí Killer, tenho uma proposta pra você. —Digo friamente.

—Vá pra puta que pariu com sua proposta, sai da minha frente senão vai se arrepender.

—Você tem certeza de que não quer me ouvir? Que pena, você iria ganhar muito com isso. —Digo virando as costas.

—Como assim ganhar muito?—Sorrio vitorioso e me viro novamente na sua direção.

—Digamos que você terá de fazer uma pequena bagunça nesse lugar, por algumas notas.

—De quanto estamos falando?

***

—Visita para o detento Linc Klanfild.

—Porra cara, visita na hora da comida? Essa papa até que está comestível, se tu sair vai ficar sem almoço. —Sugre fala em meio as colheradas.

—Relaxa cara, em breve vamos comer hambúrguer. —Digo me levantando.

O guarda me espera impaciente na entrada do refeitório. Ele me arrasta até uma sala, onde tenho meus pés e mãos acorrentados.

Chego à sala de visitas e me sento na cadeira, pegando o telefone com dificuldade, por conta da corrente.

—Você veio como eu mandei.—Digo sorridente.

—Direto ao ponto. —Vejo seu rosto se contorcer de ódio e dou uma gargalhada.

Apesar de VocêOnde as histórias ganham vida. Descobre agora