Inseguros

Macabro

Arregalei os olhos e balancei a cabeça em negação para que ele calasse a boca ali mesmo e seus olhos azuis me olharam em confusão para depois entender o que se passava.

_Do que você esta falando Isaac? – a ruiva olhava meio perdida para ele que por sorte minha conseguiu sair daquela sinuca.

_Do Theo! Aquele idiota! – disse ele olhando bem nos olhos dela.

Isaac cuidava da Lydia com tanta proteção que eu sabia que se um dia eu faltasse com ela ele a protegeria de todo mal, era nosso elo mais forte e foi ali que eu percebi. Faríamos de tudo por ela mesmo sendo por sentimentos distintos.

_Não quero mais falar sobre isso podemos ir para sala? – disse ela já puxando minhas mãos e Isaac disse que iria para outra aula.

Andávamos pelo corredor quando o toque de sua mão na minha já não era o suficiente, parei seu corpo sem lhe assustar e encaixei nossos lábios com precisão e todo o carinho que eu pudesse.

Senti seu corpo travar mesmo que por segundos, como se fosse o seu novo instinto após aquilo tudo e depois ela suavizou me retribuindo o beijo da melhor maneira que ela conseguiria.

Ela me ama, eu tenho certeza que ela me ama... Mesmo com tudo ainda estávamos ali! Nos beijando e nos completando. Nossas línguas dançavam em harmonia e não queria interromper aquele beijo por nada nesse mundo, e ele durou até o meu corpo manifestar-se involuntariamente no meio do corredor, estar sem toca-la e sem ter o alivio que eu tanto queria junto a ela estava me deixando tenso e excitado por qualquer coisa vinda dela. Um simples toque, vê-la sorrir ou até mesmo dormindo naquela pequena camisola ao meu lado... Tudo que ela fazia estava me deixando louco.

Minha ereção começava a se fazer realmente presente, a cueca já era apertada demais para mante-lo ali, ele queria alivio, queria Lydia e foi quando encostou nela fazendo meu corpo todo implorar por mais daquela mulher que me fazia perder o chão, se fosse a 3 semanas atrás nós sairíamos dali e iríamos para cada um dos nossos lugares favoritos na escola, embaixo da arquibancada, quartinho da limpeza e até mesmo o vestiário.

Mas não, ela era uma Lydia diferente, pelo menos por agora, e ela se afastou.

_Am... o sinal já tocou, vamos? – disse puxando minha mão enquanto meu coração se quebrava em mil partes.

Lydia rejeitar meu toque era como se eu ficasse sem ar até sufocar.

Fingi meu melhor sorriso para que ela não percebesse como aquilo havia me magoado e andamos para sala de aula.

_Droga!

_O que foi?

­_Fomos até meu armário para eu trocar o livro e acabei não trocando!

_É verdade!

_Vai indo amor, se não seremos dois para levar uma bronca!

_Jensen não briga com a gente esqueceu? Ele só finge e depois apaga a anotação quando ninguém vê! – disse soltando uma leve e gostosa gargalhada, amava ver ela sorrir.

_Não demoro ok? – disse e ela balançou a cabeça depois virando para ir em direção à sala.

Apertei o passo para não atrasar mais do que já estava, abri o armário pra trocar de livro e quando fechei achei uma loira estava ali a minha espera atrás da porta do armário, nem percebi seus movimentos até chegar ali, olhar para ela me deu ânsia de vomito, evitava pensar nela, mas era inevitável, se tinha uma coisa que eu me arrependia mais do que de não ter acreditado na minha namorada era o fato de ter tido seja la o nome que formos dar para aquela "coisa" que aconteceu entre nós.