Inseguros

Abusada

*Terceira Pessoa*

_Pronto! Esta satisfeita? Cuspia o sangue no chão olhando para a loira que encarava seu rosto machucado mas que em momento nenhum cuidou de seus ferimentos.

_Calma Theo... Isso ai não é nada! Daqui a pouco você esta melhor... Na enfermaria eles podem limpar para você!

_Eu só preciso de um abraço... Só preciso de você agora! Depois disso tudo a parte boa é que poderemos ficar juntos!

_Sim amor, mas agora não posso! Eu te ligo para saber como você esta ok? – disse a loira dando as costas para o garoto que sentia uma culpa do tamanho do mundo em suas costas.

Só de ver o que aconteceu na quadra ele já sabia que não tinha mais volta, havia estragado tudo e não poderia mais voltar atrás.

A frieza de sua namorada só o fez se sentir pior e ainda mais culpado.

P.O.V. Stiles

Vinte minutos já haviam se passado e eu estava no mesmo lugar, em pé em frente à casa de Lydia.

Pensei em ir embora diversas vezes mas eu sentia uma conexão tão forte com aquela garota que cada músculo do meu corpo estava travado ali, queria finalmente ouvir a sua voz mas estava com tanto medo do que eu ouviria, a ansiedade faziam as minhas mãos tremerem e cheguei a conclusão de que ali, nada se resolveria.

Ia tocar a campainha quando decidi ligar para seu celular, não queria atrapalhar nada se ela estivesse ocupada, se Theo estivesse ali eu me sentiria ainda mais destruído se é que era possível.

Dois toques foram o suficientes para ela atender o celular, e quando atendeu só consegui sentir sua respiração...

Pelo visto ela não iria falar nada, deveria ter em mente que como eu liguei seria eu quem teria de dizer algo e foi o que eu fiz.

_Oi... – minha voz travou, e a leve perda de ar me deixou gelado. Demorei segundos para recuperar a coragem e continuar a falar e nesse tempo só conseguia ouvir sua respiração pesada, sentia que ela estava chorando só por aquele som. _ Lydia eu preciso falar com você, estou em frente sua casa... Você pode falar comigo?

O silencio se fez presente na ligação e meu coração doeu... Será que ela não podia? Será que ele estava ao seu lado se preparando para rir da minha cara? Os pensamentos já me levavam a crer que era um erro estar ali, tinha sido traído e ainda estava indo atrás dela para me machucar mais.

_Entra.

Ela disse numa voz mansa e chorosa, engoli a seco ao ouvir aquela voz que me tirou rapidamente daquela linha de raciocínio de segundos atrás. Passei pela porta e foi como se fosse um deja vu da noite passada quando passei por aquele cômodo e tudo voltou a minha mente. Levei as mãos a cabeça e ali eu já sentia vontade de chorar, me segurei o Maximo que pude, estava ali para saber de uma vez por todas tudo que havia acontecido.

Quando passei pela porta de seu quarto achei a minha... Lydia, deitada encolhida em sua cama, o cômodo estava escuro e a única coisa que entrava era a claridade pela janela que notei rapidamente que já estava concertada, tentei imaginar qual desculpa Lydia teria dado para sua mãe.

Ela estava imóvel deitada de lado e com um travesseiro que estava entre suas pernas e que também tinha como apoio de seu braço de costas para mim, eu sei que ela sentiu a minha presença e mesmo assim pigarreei para ela ter a confirmação.

Seu corpo pequeno se virou lentamente e só consegui seguir seus movimentos em silêncio, ela se sentou na ponta da cama e olhou direto nos meus olhos.