Desencontros

Beginne am Anfang
                                    

Chegando na primeira aula que era de matemática fui uma das primeiras a entrar e qualquer pessoa que me conhecesse e notasse meu rosto saberia que eu não estava bem, as noites mau dormidas estampavam as minhas olheiras que tentei inutilmente disfarçar com maquiagem.

Se tivessem dois alunos na sala era muito, passei e sorri fraco para o Jensen, eu tinha mudado completamente a minha opinião sobre ele... Nunca achei que ele fosse uma pessoa ruim, mais antes eu só via aquela beleza que cegava qualquer pessoa, agora, depois da nossa conversa e de tudo que eu sabia sobre ele eu via um amigo, atencioso, querido, educado, inteligente e todos os outros adjetivos imagináveis... Se eu queria ele? Se eu desejava ele?

Não... Descobri que não queria mais ninguém além do Stiles. Aquilo só me deixava mais em cacos, antes não tivesse pensado na possibilidade de estarmos juntos, pois agora ele estava lá feliz com ela e eu destruída por dentro.

Perdida em meus pensamentos na segunda carteira da fila do canto ouvi vozes que chamaram minha atenção.

Era a dele! Olhei bem em seu rosto e percebi por uma fração de segundos que ele me olhou mais quando viu que eu o encarava virou rapidamente, como se eu fosse algo muito ruim de se olha, foi tão constrangedor, ninguém poderia ter notado aquilo pois foi muito rápido.

Me enganei assim que olhei para frente e peguei Jensen olhando para Stiles por segundos e depois voltando o olhar pra mim, repetiu essa ação umas duas vezes e então o sinal tocou dando inicio a aula.

Tentei me dedicar o máximo que pude notando minha total distração naquilo tudo, Jensen observava de longe mais não olhei para ele, já tinha que tentar explicar muitas coisas, não queria mais essa para a lista. Assim que o sinal tocou todos foram saindo e eu juntei minhas coisas com calma e quando percebi só estava eu e meu professor na sala.

_ É ele não é? – Apontou Jensen para a carteira que o Stiles estava sentado. _ Agora eu entendo porque ele me odeia. – disse ele num tom conclusivo e relaxado dando de ombros.

_É complicado ok? Não preciso de ninguém me julgando falando que ele tem namorada e bla bla bla. – lá estava eu com minha armadura novamente e me comportando infantilmente.

_Lydia quando você vai entender que eu não estou aqui para isso? – ele me olhava meio chateado e depois sorriu. _Além do mais não seria do seu feitio se não fosse complicado não é? – ele sorriu e eu também, estava ficando fácil conversar com ele.

_Vou indo! – disse me virando quando ele me chamou pelo nome e virei para ele.

_Ele gosta de você também caso esteja se perguntando isso... – sorri para ele com o rosto corado e sai da sala, saindo um "obrigada" sem som dos meus lábios.

Como ele sabia que eu me questionava exatamente disso? Inacreditável... Acho que o que me fazia querer conversar mais ainda com ele era o fato de só ele saber de tudo aquilo que eu estava passando, que ele tinha uma namorada e como antes para mim isso era uma diversão e agora é um pesadelo.

Chegando no estacionamento senti pingos de chuva bem fracos mais o céu já se encontrava cinza quando olhei para ele, parecia que já estava anoitecendo, percebi que o carro de Stiles não estava mais ali e mais uma vez não teria chance de falar com ele, corri para o meu carro para não ficar ensopada e fui direto para casa, essa sexta também não iria ser nada boa.

Depois de uma refeição deliciosa e de um banho quente me deitei para ver filmes e só escolhi filmes românticos, eu sempre gostei de ação ou terror... era meio "moleque" confesso, isso estava realmente afetando minha cabeça! Chorei alguns litros do meu corpo que com certeza iriam me fazer falta e gastei pelo menos duas caixas de lenço. Estava esgotada mentalmente, não aguentaria mais aquilo por muito tempo.

Olhei para o relógio na minha cabeceira e notei que já eram 2:15 da manhã e logo ao lado do relógio estava o meu cisne, não pude evitar de sorrir e acho que em uma fração de segundos me passou tudo que eu havia tido com o Stiles nesses mais de 3 meses, as memórias me pegaram em cheio nossos encontros, nossos beijos, nossas conversas e lembrei de sua frase sussurrada em meu ouvido em quanto nos entregávamos um ao outro, "...Poderia fazer isso com você o resto da vida". Aquilo foi como um empurrão, o empurrão que eu precisava, como eu poderia ter tantas atitudes para ter tudo que eu queria até uma semana atrás e agora me encontrava ali acuada e impotente? Me levantei rapidamente e olhei pela janela na qual vi uma tempestade que já caia por horas e nem aquilo iria me impedir, peguei a primeira roupa que vi pela frente e peguei as chaves do carro.

_Você queria uma resposta e eu vou te dar uma de qualquer jeito e vai ser agora.

m]jy

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