─ Ta, agora explica na minha língua.

─ Tira essa tinta de coloral do seu cérebro, quem sabe não melhora.

─ Babaca, Sasuke deveria ter arrancado sua língua, desgraça.

─ Porra, já chego? Ta doendo - choramingou novamente.

─ Ja estamos chegando. Ali atrás tem uma blusa minha, acho que vai dar pra segura por um tempo.

Suigetsu virou-se e encontrou uma blusa branca, com certeza era de marca. Sabia que Karin poderia ser meio boba as vezes, mas ela era uma boa pessoa, tinha suas qualidades e seus defeitos. Conhecia a ruiva muito bem e a admirava por ser tão forte.

─ Valeu tomatinho.

Karin dirigiu o mais rápido que pode, Suigetsu sangrava tanto que a deixou assustado, imagina se o sangue mancha o estofado do seu carro? Não, isso já seria demais! Sua blusa até vai, mas seu carro novo comprado com seu dinheiro suado. Na-na-ni-na-não.

Ao chegar em frente ao hospital Karin desceu o mais rápido possível trazendo Suigetsu consigo. Ela sabia lá no fundo que sua preocupação não era apenas com o carro, no entanto preferia morrer a admitir algo assim.

Invadiu o hospital como uma louca, gritou a plenos pulmões que seu amigo estava mal sangrando compulsivamente e que se ninguém aparecesse era capaz dele se afogar no próprio sangue. Não demorou muito para que enfermeiros levassem o rapaz para uma das salas. A ruiva decidiu por acompanha-lo, porém teve sua atenção tomada pelo barulho ensurdecer de diversas buzinas, nesse instante lembrou-se que largará o carro aberto e sozinho no meio da rua.

Assim que saiu do hospital ouviu diversos insultos, pensou em revidar ao ouvir um cara por sua mãe no meio da historia, mas acabou por decidir ignorar. Seu amigo precisava de si e naquele momento isso era tudo que importava. Após estacionar devidamente seu automóvel, correu o mais rápido possível em direção ao local para onde tinham levado Suigetsu.

Pensou em pedir informação, contudo não foi necessário já que pode ouvir os gritos de um certo rapaz vindo da sala mais próxima. Desesperada, abriu a porta de uma vez só e não pode conter sua surpresa ao ver tal cena. Suigetsu encontrava-se escondido atrás de uma mesa enquanto a enfermeira tentava a todo custo converse-lo a tomar a injeção

─ Sui-getsu? - mal conseguiu pronunciar o nome do amigo, tentou a todo custo segurar o riso mais foi em vão.

─ Não ria ketchup! - bufou

─ Mas o que é isso? - limpou a lágrima que escorria pelo canto de seus olhos.

─ Isso é uma enfermeira doida tentando me dar uma injeção - apontou para a moça indignado.

─ Não babaca, eu perguntei de você. Deixa pra lá - aproximou-se do amigo - Sui, não me diga que você tem medo de injeção?

─ Medo? Claro que não - fez bico - Sou homem tá pensando o que?

─ Então qual o problema?

─ O problema é que eu não sei se está mulher está qualificada para me dar injeção, vai que ela trocou os remédios e está tentando me matar?

─ Entendo - sorriu - O que você acha se eu checar? Assim posso saber se ela não é nenhuma louca assassina e ficar ao seu lado para garantir que você sairá vivo?

─ Acho satisfatório - tentou conter o alívio que sentiu mas foi em vão..

─ Pois muito bem.

Akai ItoWhere stories live. Discover now