Capítulo 22

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Me digam se estão gostando da história, é importante para mim saber o que vocês acham em relação a tudo! A história tá com pouco mais de um mês e já tem 5.3K de leituras, isso derrete meu coração! Amo vocês, thanks. 

Acordo e escuto Harry conversando com seu pai do lado de fora do quarto. Já é fim de tarde e a noite começa a cair, o pôr-do-sol visto pela janela é bonito e eu sorrio instintivamente. Não sei bem se estou sorrindo pelo pôr-do-sol ou por lembrar do que aconteceu entre Harry e eu horas atrás. A sensação de euforia me preenche por inteiro. Me levanto da cama e pego minhas peças de roupas espalhadas pelo chão. Visto-as novamente e procuro pelo meu celular. Há duas chamadas da minha mãe e ela provavelmente está louca por eu não ter atendido. 

"Por que não atendeu o telefone, Bonie?" ela pergunta assim que retorno e reviro os olhos, ajeitando a barra da calça do moletom.

"Estava ocupada, aconteceu alguma coisa?" ouço-a resmungar baixo e por fim ela suspira.

"Não, eu só liguei para te avisar que os escritos do seu pai estão aqui separados, quer que eu os envie para Londres?" seu tom é petulante e se eu não quisesse tanto guardar as coisas do meu pai, mandaria ela colocar os escritos onde quisesse.

"Não, pode deixá-los aí em meu antigo quarto. Quando for te visitar no Natal, trago-os." 

"Tudo bem, atenda o telefone na próxima vez e nã-"

"Tchau, mãe" desligo antes que ela possa voltar a reclamar e Harry abre a porta do quarto em silêncio, provavelmente achando que eu ainda estava dormindo.

Ele fecha a porta e leva a mão até a boca como costuma fazer, seus olhos em mim, a blusa de frio na minha mão. Estou de sutiã e calça na sua frente, mas me sinto mais confortável do que sempre me senti ao lado dele. 

-Devia andar mais assim - seu tom brincalhão alivia o ansiedade que estava em meu peito e rio, vestindo a blusa - Não assim, do outro jeito.

-Soa bom para mim - dou de ombros e cruzo os braços, ele cerra os olhos e vem até mim, suas mãos logo parando em minha cintura. 

-Acho que não preciso me preocupar com meu pai gostar ou não de você, ele não para de falar dos seus olhos ou de como você é bonita - ele leva o polegar até meu queixo e eu sorrio - eu não o culpo. 

-Eu queria poder dizer o mesmo - rio tentando suavizar a frase e ele ri, deixando um beijo rápido nos meus lábios - Meu pai provavelmente seria uma boa companhia para você.

-Por que? - ele se senta na beirada da cama e franze o cenho.

-Vocês gostam das mesmas coisas, música antiga, carros clássicos... acho que você é filho que meu pai sonhava em ter - dou de ombros e procuro a blusa e a calça que Harry trouxe para mim mais cedo - Seu pai me lembra um pouco o meu. 

-Isso te incomoda? - seu tom é preocupado, como se imaginasse que ficar aqui me fizesse mal. Queria que ele imaginasse o quanto estou gostando de passar um tempo em Bibury com seu pai e todas as suas histórias. 

-Com certeza não - sorrio e vou até ele, deixando a roupa separada para tomar um banho - A falta do meu pai não me faz mal, fico feliz em saber que homens bons me remetem a ele. Gosto do seu pai e é isso que me lembra do meu pai. Ambos são pais incríveis. 

Things I Can't | H.S.Where stories live. Discover now