Prólogo

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ATENÇÃO! Estou cansada de ler comentários do tipo "parece after", "ai after isso", porque é simplesmente impossível escrever um romance que não remeta vocês à After já que Anna Todd usou todos os clichês românticos possíveis de uma vez só. Por favor, peço de coração que não comente coisas do tipo pois é completamente desagradável. 
Grata.

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"Foi curto. Tal como o amor das mulheres."

(Shakespeare, William. Hamlet. 1603)

Eu me sentia como se estivesse presa em um daqueles caminhos sem saídas que encontramos em nossos sonhos mais estranhos. Assim que seu olhar encontrou o meu, quis acariciá-lo e dizer que sentia muito, que o entendia. Mas seria tão em vão quanto procurar um caminho em um daqueles sonhos. Minhas mãos suavam, geladas de toda aquela conversa e ele se apoiou devagar na cadeira de balanço. O vento gélido bateu em meu rosto e me encolhi levemente.

Naquele momento eu sabia, estava ali para salvar algo infinitamente mais precioso do que imaginei. A sanidade mental do garoto alto em minha frente. 

Eu podia simplesmente ignorar tudo isso, como fizeram com ele e esquecer de tudo, continuar minha vida exatamente como era antes. Mas meu peito não deixava de se apertar em meu corpo, trazendo a maior sensação de agonia que já pude sentir até hoje.

Não sei se posso ajudá-lo de forma suficiente. 

Ele me olhou com a mesma intensidade que sempre costumava fazer e fez um coque rápido em seu cabelo. Seu rosto ficou marcado e eu tentei entender como ele guardou isso por tanto tempo. 

O vento bateu em meu corpo de novo e vi o garoto caminhar até mim, a mão estendida para que eu a tomasse. 

-Venha - ele disse baixo, grudando seus olhos nos meus. 

Comentem e votem.

Things I Can't | H.S.Where stories live. Discover now