C r o s s r o a d - Dylan P.O.V's

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     Levantei-me rapidamente da mesa da biblioteca, sentindo a necessidade imensa de me aprofundar naquilo. Peguei minha mochila em seguida. Margareth me parou antes que eu atravessasse a saída, advertindo sobre o livro.

— Aonde pensa que vai com esse livro, senhor O'Brien? — estendeu a palma enrugada de uma das mãos.

— Eu preciso dele para a pesquisa da faculdade. — tentei justificar.

— Ele não pode sair daqui. É um documento.

      Suspirei, tombei a cabeça para o lado, e assenti.

— Tudo bem, tudo bem. — entreguei o livro sem pensar muito, achando que não havia outra alternativa.

     Minha mente não podia esperar. Eu tinha que arrumar um jeito de pegar aquele livro, e se não fosse da forma honesta, seria da forma desonesta mesmo.

— Am... Senhora Margareth?

— Sim.

— Eu posso dar mais uma olhadinha?

— Você não ia ir embora? Pode voltar amanhã se quiser. — disse com um ar de desconfiança

— É que amanhã não vou poder voltar, então, é só uma última olhadinha mesmo. — gesticulei.

— Okay... mas não saia daqui. — advertiu.

     Peguei o livro com os olhares desconfiados de Margareth me seguindo em cada mínimo movimento. Quando o silêncio nos contornou, e sua atenção já não estava tão focada em mim quanto antes, me afastei da presença da velha bibliotecária, e comecei a correr. Correr como nunca antes, ouvindo os berros dela atrás de mim. É, aquilo foi bem errado, e eu fui extremamente inconsequente. Mas eu tinha que encontrar minha irmã, e eu não desistiria disso.

Dias atuais
Chicago, Illinois

— Nós não podemos deixar o corpo dele ser levado. — Katherine quase sussurrou enquanto se afastava de Castiel. Podia-se ouvir o som de uma sirene de longe, talvez outra ambulância, a que me levaria. — Ele merece um funeral pelo menos.

— Eu cuido disso.

     Durante alguns milésimos de segundos, senti o ar ficar pesado, meu espectro falhava, e desaparecia eventutalmente. Logo, notei que fui teletransportado junto ao meu corpo direto para a casa do Bobby. Havia alguma coisa que me ligava ao corpo. Onde ele estivesse, eu estaria.

Kat?! — Sam notou a presença deles no cômodo, e logo correu para abraçá-la, beijando sua testa visivelmente machucada. Oh meu Deus, — se afastou — você está ferida.

— Está tudo bem, não é nada. — sua voz se misturava com os sussurros do seu choro.

— Me desculpe, nem havia notado.

      Castiel direcionou dois dedos na testa dela, o que milagrosamente fez todo o sangue naquela roupa azul, desaparecer.

— O que houve com o... — Sam se aproximou do meu corpo, mordeu o lábio inferior e parou de falar assim que notou que eu estava morto. — Droga! — esfregou os dedos na testa e apertou os olhos em sinal de abalo.

— Existem formas de trazê-lo de volta, certo? — Kat tentava amenizar sua dor com esperança, e confesso que no fundo, eu também queria que houvessem formas de voltar — Certo? — enfatizou, notando que os olhares de Cass e Sam se cruzaram, não havendo resposta alguma.

— Kat... — Sam recuou — é muito perigoso.

— Sam, nem tente me convencer de que estou em perigo. Eu sei que estou em perigo. — seu sofrimento foi apagado assim que se acendeu uma fagulha de esperança.

If I Had Wings (Hiato)Where stories live. Discover now