H a v e M e r c y

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"Fiz a curva errada, uma ou duas vezes. Cavei fundo até sair sangue e fogo. Más decisões, mas tudo bem. Seja bem-vindo à minha vida tola" - Fucking Perfect

[T e n h a M i s e r i c ó r d i a]

- Crowley, onde quer me encontrar?

- Vai mesmo se entregar? - escutar sua voz sarcástica me fez fechar os olhos e respirar fundo.

- Eu não tenho escolhas, tenho?

- Não. - riu baixo - Como vou saber que você não está com nenhum plano mirabolante contra mim?

- Você é o rei do inferno - bradei escutando o suspiro do outro lado da linha - e eu sou só uma garota. Se não tenho os Winchester, não tenho ninguém.

- Os Winchester finalmente de abandonaram? - liberou um gargalho expressando crueldade, o que me fez apertar os punhos e socar a capota do carro - Me encontre no Orfanato Católico St. Anthony, no Texas. Se fizer algo de errado, diga adeus ao pequeno Dylan.

***

Estacionei o Corvette em frente ao muro de tijolo à vista. Eu estava de volta ao primeiro lugar onde me lembro estar enquanto humana. Era o inferno disfarçado de paraíso.

Orfanato St. Anthony - 28 de Dezembro de 1995
(Narração em terceira pessoa)

- Madre superiora! Madre superiora! - falou Anne enxarcada pela chuva que caía do lado de fora com o coração acelerado de modo a acompanhar a frequencia de sua voz.

- Diga, Anne. - a Madre ignorou o tom de preocupação na voz da moça, e pronunciou-se com tranquilidade

- Olhe. - Anne stendeu os braços que seguravam um pequeno bolo de lençóis brancos

- Minha Nossa Sonhora! - exclamou a madre superiora equanto fazia o sinal da cruz

Um choro inocente, puro e genuíno saia de baixo do tecido fino que cobria o delicado rosto da garotinha.

- Como vamos chamá-la? - Anne perguntou, com um sorriso nervoso nos lábios

- Katherine. Nosso Deus está me dizendo que seu nome é Katherine.

21 de Julho de 2015
(Katherine Narrando)

Desci do carro, e caminhei ultrapassando as placas que diziam completamente o contrário. "Não ultrapasse", "propriede privada", "proibída a entrada de pessoas não autorizadas". Os corredores vazios faziam eco com o barulho dos meus saltos e da minha respiração. O cheiro era típico e óbvio; enxofre.

No fim do curto espaço no qual eu me movia, havia uma "freira-demônio", que entrou para dentro de uma sala de portas grandes feita com uma madeira pura, e esculpida com centenas de santos. Segui seus passos, era o que eu deveria fazer claramente. A iluminação por velas, todas aquelas freiras com olhos completamente pretos, e uma enorme cruz invertida na parede à minha frente conseguiram me assustar com muito sucesso. Espero que o plano dê certo.

- Chegou cedo. - Crowley se virou à mim com uma certa distância entre nós, apresentando um sorriso irônico

- Onde está o meu irmão? - perguntei quase que ordenando que ele me respondesse.

- Morto, provávelmente.

- Quê?! - dei um passo a frente a medida que mais dois demônios se aproximavam de mim

If I Had Wings (Hiato)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora