Uma caminhada pela Floresta.

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      Camilly.

   Minhas férias com Daniel está sendo tudo de bom, ainda mais agora que posso aproveitar ele de verdade. Eu já o amava, mas agora... Eu o amo muito mais, muito mais mesmo, é como se eu necessitasse ele todo o momento. Depois de ter feito nosso amor ontem de noite, Daniel me pediu em casamento. Sério, meu mundo parou, não soube o que dizer.
- Não é por agora boba!- riu, me deu um beijo e saiu de dentro de mim após nos satisfazer.

    Eu passei a noite toda pensando na sua proposta, ele disse para mim pensar com cuidado, e que não queria me pressionar. Olhei no relógio, era 7:00 da manhã, voltei para Daniel que estava deitado de costas para cima e os braços como travesseiro. Vi cicatriz uma cicatriz em seu ombro... Meu coração apertou só de saber que este cara que me faz feliz, já sofrerá bastante nas mãos de sua mãe drogada. Qual seria a mãe que maltrataria um filho deste geito? Ele era apenas uma criança... Lágrimas brotaram em meus olhos, quero fazer alguma coisa para amenizar isso... Me apoiei no cotovelo ficando de lado. Inclinei minha cabeça para frente, levando meus lábios até seu ombro onde eu vi a cicatriz, então eu à beijei de leve, suave. Ele se mexeu mas não acordou, fui para a próxima cicatriz... Beijei, seu corpo todo ficou tenso, duro feito pedra...
- Não, não, não, nao...- gritou Daniel, ainda de olhos fechado, será que eu o machuquei, me assustei, fiquei desesperada com isso.- por favor...- choramingou- não faz isso mãe!- lágrimas caíram de seus olhos, isso foi culpa minha.
- Dany...- balancei ele para acordar-lo, abrir os olhos, ele estava me assustando.- me desculpa!- beijei seus labios, logo abriu os olhos para me encarar.

     Me separei de seus labios, Daniel me encarou por vários minutos longos, seu olhar fixos nos meus, me intimidaram bastante, me arrependi de ter feito àquilo. O que eu poderia fazer agora era pedir desculpas, mas ao abrir minha boca, ele colocoi o dedo indicador nos meus lábios pedindo silêncio. Então fiquei. Daniel se levantou da cama indo direto para o banheiro enxugando as lágrimas do rosto, que eu provoquei.

   Me levantei da cama vestida apenas calcinha e sutiã, fui até minha mala pegar um shorte de ficar em casa, uma blusa branca da alça fina e meu chinelo preto com flores de variáveis cores. Peguei minha escova, entrei no banheiro indo direto para a pia. Daniel estava no chuveiro tomando banho, mas denta vez com a cortina fechada. Apressei para escovar os dentes, sei que Daniel estava bravo comigo, então era melhor evitar irrita-lo.

    Assim que terminei de escovar os dentes, saiu do banheiro deixando minha escova de dente no potinho transparente que estava encima da pia. No quarto, arrumei a cama, tirei nossas roupas do chão, junto com o pacotinho de camisinha e, os coloquei entro do sexto de roupas do lado do guarda-roupa. As roupas da minha mala, eu as tirei, já dobrada, e coloquei dentro de uma parte do guarda-roupa, as calcinhas, separei uma gaveta. Assim fiz com as roupas de Daniel. Sai do quarto fechando a porta atrás de mim, indo direto para a sala, ninguém havia acordado ainda, nem com os gritos de Daniel, aposto que foram dormir tarde! Pensei. Não tinha nada para fazer, a casa estava um brinco, tediante. Desci para o porão, onde ficava a mesa de bilhar, eu queria aprender a jogar, mas ao mesmo tempo, acho esse jogo sem pé e sem cabeça.

   Havia um livro encima do sofá, achei estranho. Olhei o nome do livro "A culpa é das estrelas", Ana já me falará sobre este livro... Mas afinal, quem estava lendo ele? Dei de ombro, deitei no sofá e comecei a ler, já que não tinha nada para fazer mesmo. Passei um bom tempo lendo, sem perceber estava na metade da história, a parte que os dois viajaram a procura do autor preferido de Grace...
- Tá boa a história?- perguntou uma voz feminina, sem olhar, soubem quer era, mãe do Daniel.

   Me sentei no sofá e à olhei, ela estava toda descabelada, rosto amaçado, cara de sono...
- O livro é seu?- perguntei quando sentou do meu lado.
- Eu estava tentando ler...- olhou incrédula para o livro- mas o final é triste.- disse com um sorriso no rosto.- ele não deveria morrer... não gostei, vou processar o escritor.- ficou emburrada, eu ri de sua careta.
- Eu...- Olhei para o livro- não acho que...- limpei a garganta.-deveria...
- Por que não, o amor da vida dela morreu...- me olhou indignada.
- Talvez quisesse passar para os leitores que, nem tudo é perfeito, que um amor pode ser eterno mesmo não tendo a pessoa aqui do lado...- parei de falar ao ver minha sogra de boca aberta.- nem tudo é como agente quer.- continuei, em seguida sorri.
- Ok, não está mais aqui quem falou.- fingiu estar de coração partido.
- Quem falou o que?- perguntou Daniel surgindo na escadas, meu coração, como sempre bateu mais forte.
- Sua namorada me dando lição de moral.- saiu chorando subindo as escadas.

De Repende VocêWhere stories live. Discover now