Férias com os Amores da minha Vida

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Camilly.

O cara que meio que me paquerou na frente de Daniel, estava sentado no acendo do lado oposto tô do nosso. Torci muito para que não houvesse um desentendimento entre eles aqui. O cara me olhava descaradamente, sem se importar com o meu namorado do meu lado. Nojento!

Adormeci no ombro de Daniel, que estava com seus braços envolvidos em minha volta, como se tivesse me protegendo de algo, que seria bem provável, do cara safado do nosso lado.

Daniel era como um anjo branco , brilhante, que pousou em minha vida, espantando qualquer tipo de escuridão que me isolava no mais profundo medo de me relacionar com garotos, de sofrer por eles, por um amor não correspondido.
- Vida...- ouvi a voz de Daniel bem lá no fundo, cantarolando meu nome com sua voz grossa.

Abri os olhos, dei de cara com o da minha mãe me chamando para descermos do avião que já havia parado. Nem percebi.
- Cadê Daniel...
- Estou aqui! - Sussurrou do meu lado.

Eu esquecerá que pegará o ombro dele emprestado para dormir, minha mãe deu risada de mim junto com Daniel.
- Dois bobos- levantei do meu acento indo para o corredor do avião.- vamos!
-Vamos!- disse minha mãe por fim respirando para controlar o riso.

Pegamos nossas malas, a de Jerryme, pai de Daniel, demorou um pouco para aparecer mas apareceu. Saímos do prédio, até que... Deram um puxão no meu braço fazendo minha mão soltar a de Daniel e voltar para trás dando de cara com cara safado que não parava de me olhar no avião. Ele inclinou a cabeça na minha direção, não deu nem tempo de protestar, de me afastar dele, então me beijou, era agressivo, cheios de desejos. Eu tentei me afastar, até sentir o cara se soltar de mim brutalmente e cair no chão. Daniel estava furioso, dava para ver em seus olhos, sua mão já estava fechada pronto para dar um soco no cara...
- Camilly- veio minha mãe correndo até mim me puxando para longe de Daniel.- você está bem?
- Estou!- sussurrei baixinho para ela, mas sem tirar os olhos de Daniel.

Seus pais chegaram perto dele e sussurraram algo em seu ouvido que o acalmou na hora, então me olhou, mas seus olhos ainda eram quentes, mostrava o tanto que estava se controlando. Ele veio até mim e lascou um de seus beijo deliciosos, suaves mas agrecivo, doce, mas amargo ao mesmo tempo... Então entendi o que estava fazendo, estava tirando o gosto do rapaz da minha boca...
- Vamos embora daqui!- disse Clarisse interrompendo nossos beijos.
- Uhum...- confirmou Daniel.

Mas ele chegou perto do rapaz que já tinha se levantado do chão, deu uma bela de uma olhada feia para ele e disse:
- Da próxima... Que eu sei que não vai haver, não deixarei barato.- sorriu pro rapaz, mais logo ficou sério.

Quando Daniel se virou para se juntar a mim, o rapaz disse:
- Só queria saber o gosto!- riu.

Daniel parou de dar passo, então os recuou, ao virar, meteu um murro no meio da fuça do cara, que grunhiu de dor. Corri até Daniel...
- Deixa ele- puxei-o para longe do cara, indo para dentro do táxi que nossos pais chamaram.- eu amo só você.- dei um beijo em sua bochecha.

O táxi disse para onde íamos, Clarisse, indicou a rua, Austin Pass Rd. Clarisse veio com agente no táxi da frente comigo e Daniel. Meus pais foram com o pai de Daniel, que fazia os dois rirem feitos loucos, já era de se esperar do Senhor Smith. Enterrei meu rosto entre o pescoço e o ombro de Daniel e lá fiquei, em silêncio, sentindo seu cheiro suave, fresco, esse é o meu favorito.

Daniel.

Olhando para fora da janela, com os pensamentos longe, voando por aí, quem sabe perdidos. Ver aquele cara beijar Camilly não foi fácil, não está sendo fácil, quero voltar lá e socar a cara dele até jorrar sangue. Ahh! Se eu estivesse atrás daquele volante, daria meia volta agora.
- Está machucando!- sussurrou Camilly no pé do meu ouvido.

Achei estranho ela ter dito isso, até olhei pra ela confuso, não sabia do que se tratava. Senti seu polegar acariciar a costa da minha mão...
- Perdão!- soltei-a depressa.

Camilly recolheu sua mão para perto de seu peito, abrindo e fechando para expulsar a dor. Mas ela não demonstrava sentir nada, ainda com seu rosto intereado em meu pescoço, corpo relaxado.
-Porque deixou?- perguntei.
- Eu precisava- ergueu a cabeça ficando cara a cara comigo.- você precisava descontar em...
- Não em você... Merda Camilly!- resmungei pegando sua mão e fazendo massagem.

Eu havia deixado marcas dos meus dedos em sua mão, porque ela sempre faz esses tipos de coisas? O pior é que eu nem perceberá isso. Beijei a costa de sua mão, em seguida de carinhos.
- Chegamos!- disse o motorista.

Saímos do carro, após pisar no chão, várias lembraças da minha infância vinheram átona. Eu tinha a mania de sair do carro e correr floresta dentro com meu boneco do Super Man em mãos suspensos nos ares como se ele tivesse voando. Imaginação de crianças.

Peguei minha mala e a de Camilly, não iria deixar ela pegar sua mala com a mão que quase quebrei sem querer. Seguimos uma trilha que dava direto para o chalé. Caminhamos um pouco e já avistamos o chalé de dois andares de madeira cor de mel, com as borda branca, telhado branco também.
- perfeita!- disse Camilly soltando minha mão e dando palmilhas em aprovação, não me contive, vê-lá assim, até minha raiva se alegra.
- Meus pais tem um bom gosto!- sorri.

Paramos na porta principal da casa, eu estava com a chave dela, por segurança, meus pais parecem adorar perder as coisa, nunca vi isso. Abri a porta que dava direto para a sala de estar, deixei Camilly entrar primeiro. Coloquei nossas malas encima do sofá que dividia a sala de jantar com a sala de star. Logo meus pais apareceram junto com os de Camilly.
- Perfeito!- a mae da Camilly teve a mesma reação que ela.

Eu e meu pai olhamos para ela com uma sobrancelha erguida. Em seguida, olhei para Camilly que me deu de ombro.
- Afs! Quero minha cama.- murmurou minha mãe indo direto para o seu quarto.

Aqui tem pelomenos três quarto, um para cada casal, mas provavelmente, os nossos pais não vão deixar agente no mesmo quarto, o que era uma pena. Estava tão empolgado de dormir com a minha princisa, só dormir seria bom demais.
- E... Então!- comecei a dizer coçando a minha nuca.- vou ficar no mesmo quarto que...
- Nem pensar!- disse o pai dela puxando-a para seus braços, bem longe de mim.
- Por que não?- perguntou sua mulher.
- É! Porque não?- foi a vez de Camilly protestar.- não confia em mim?
- Confio em você, não...- apontou para mim.- ele é homem querida!
- Claro que é, por isso estou com ele.- falou com sarcasmo, me segurei muito para não rir.
- Meu filho se controla mais do que gente grande- disse meu pai me defendendo, boa!- estão juntos há um mês, e sua filha ainda tem sua virtude intacta, vamos relaxar, não é mesmo!- piscou para mim.

Meu pai pode ser o palhaço que for, infantil, e manhoso, mas quando se é pra ser sério, é porque é sério mesmo.
- Um dia vai acontecer- disse minha mãe vindo do quarto com cara de sono.- mas cedo ou mais tarde, vai rolar. E eu confii segamente no meu menino.- me deu um beijo na testa e segui para a cozinha para pegar água.

Meu sogro me olhou, meio que me fuzilando, seu olhar dizia para que eu tomasse cuidado com o que eu estava em mentes. Pra dizer a verdade, não estava com nada em mente, nada de malica pro lado de Camilly.
- Por mim esta tudo bem querido- disse minha sogra adorável- se acontecer, vou estar feliz- pegou sua filha dos braços de seu marido e deu um beijo em sua testa.- por que vai ser com a pessoa que ela ama.

Todos estão me apoiando, menos o casca dura do meu sogro. É casca dura por fora, porque por dentro deve estar chorando por estar perdendo sua garotinha pra mim.
- Gente...- Camilly chamou nossa atenção.- é só dormir!- disse como se não fosse nada demais, por que não era mesmo.
- Tudo bem...- grunhiu seu pai.- se for de fazer, que seja quando não estivermos aqui!- explodiu, pegou a mala do chão e foram para o quarto que escolheram.

De Repende VocêWhere stories live. Discover now