Decisão...

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Daniel.

Desci as escadas para atender a porta que um ser não parava de bater, minha vontade era de pegar essa pessoa e esganar até a morte. Ao abrir, mudei de idéia na hora, era Camilly e seus pais. Camilly estava um pouco elétrica, agitada... Me deu um celinho e entrou dentro de casa, comprimentei seus pais que entraram em seguida. Fechei a porta e chamei meus pais, que desceram as escadas rapidinho.
- Oi querida!- disse minha mae comprimentando a mae de Camilly com um abraço e em seguida seu pai.
- gente a cara da Camilly...- disse meu pai ao ver Camilly do lado de sua mãe... Meu pai tinha razão, são bem parecidas.

Todos riram com a surpresa e espanto de meu pai. Eles os convidou a sentarem no sofá para conversarem melhor. Chamei Camilly para dar uma volta no bairro...
- Feliz aniversário!- disse Camilly parando em minha frente para me entregar uma caixinha branca com laço vermelho.
- Não é um anel de compromisso não né?- brinquei.
- Não bobo...- riu- apenas abra.- pediu.

Peguei a mini caixinha de sua mão e a abri, era uma corrente prata com um medalhão porta retrato. Abri, já tinha uma foto nossa, eu com um sorriso no rosto, tirada no quarto dela, e ela com fazendo beicinho. Eu à olhei, vi uma expressão de incerteza em seu rosto sobre o presente.
- Eu amei!- falei depois que coloquei a corrente em meu pescoço, surgiu um sorriso em seu rosto com seus dentes branquinhos.- você é o meu maior presente!- me aproximei dela, apoiando minha mão em sua bochecha.

Camilly apenas fechou seus olhos, sem dizer nada, só sentindo o toque da minha mão em seu rosto, macio como pele de bebê. Sem me dar conta, já estava ao beijos com ela, mas sem malicia, apenas amor, carinho e respeito, fazia um bom tempo que eu não à abeijava assim, apenas por sentimentos. Há quase quase duas semanas atrás passei a beija-lá com desejo, e não era bom, nem pra mim, principalmente para ela.

Voltamos para casa, os pais de Camilly e os meus ainda estavam conversando, então subimos para o meu quarto e lá ficamos, agarradinhos na cama, sem dizer nenhuma palavra, apenas curtindo o momento de tranquilidade que ela me passava. Logo Camilly adormeceu, os pais dela vinharam chama-lá para ir embora, como ela estava dormindo e eu não queria acorda-lá prometi que eu à levaria de volta.

Sentei na cadeira do meu computador depois de um banho tomado, entrei no meu Facebook, nada de bom, o que tinha estava deitada em minha cama... Camilly havia deixado seu computador ligado e com Facebook aberto, está aprendendo comigo, segurei um riso. Mas então... O que vou fazer...? Pensei comigo mesmo. Talvez fazer minhas malas agora, para poupar tempo! Ah não! Vou deitar com a minha neguinha...

Só foi eu pensar em deitar com ela, acordou com o rosto todo amassado, linda, fofa como sempre. Apoiei meus braços no cotovelo e fiquei olhando cada centímetros seu rosto, o quão perfeita ela é, e, o quão sortudo eu sou por te-lá do meu lado.
- Apaguei por quanto tempo?- perguntou sentando na cama.
- Uma hora só...
- deveria ter me acordado.- disse calçando os chinelos...
- Seus pais já foram!- me levantei peguei as chave da minha moto e a carteira de habilitação.- eu te levo!
- eles não vão estar lá...- disse ela segurando a manga da minha camisa xadrez preta e branca.

Eu olhei pra ela, achei que ela quisesse ir embora...

Dia do Natal.

Nosso primeiro natal juntos! Estamos em um restaurante com nossas famílias, o dia perfeito para nos reunir. Os pais de Camilly pareciam casal de jovens, dava para ver o brilho entre os dois, apaixao, o amor um pelo o outro... Meus pais não ficavam atrás, um cochichava para o outro fazendo ambos rirem, talvez deve ser o espírito natalino. Eu e Camilly, já não se desgrudava, hoje então, viramos grude, não soltei do pé dela, em nenhum minuto desde que cheguei em sua casa, isso era a base de, 10:00 da manhã, tinha até levado minhas roupas, escova de dente para a casa dela e, me trocar lá para virmos pro restaurante. Camilly até no banheiro comigo queria entrar, se ela fizesse isso, provavelmente não responderia por mim.

Saímos do restaurante cedo porque amanhã iremos para seattle bem cedinho. Me despedi de Camilly com um beijo, já de saudades, nossos pais tentaram nos separar, foi difícil, mas conseguiram.

Entrei no carro dos meus pais e Camilly no dela, essa foi a última vez que a vi no dia, até parece que não vou mais vê-lá, meu coração sempre dói quando nos separamos. Os homens podem ser casca dura por fora, mas é apenas uma armadura, uma forma de não demonstrar os sofrimentos. Mas Camilly já sabia o quão torturoso é ficar longe um do do outro.

No dia seguinte, acordei bem cedo para me arrumar, de tanta ansiedade, mal consegui dormir está noite, e, porque estava falando com Camilly até tarde... Fiz uma checagem em meu corpo. Com sono ainda: confere. Corpo pedindo cama: confere. Vontade de voltar. Pra cama e desistir da viagem: de geito nenhum, nunca pensei. Não deixaria minha viagem perfeita ser estragar por causa de um sono.
- Vamos querido!- gritou minha mãe lá da sala.
- Já estou descendo.- gritei de volta, faltava apenas pegar minha mala e meu celular.

Minha mala era de mão, mas nela tinha uma alça grande, se quizer usar, prefiro mais a alça do que carregar na mão. Desci correndo as escadas com a alça da mala já em meu ombro. Camilly pediu para avisar quando estivermos saindo... Disquei seu número.

- Alô!
- Já estamos saindo.- avisei.
- Ok, estamos indo.- mandou beijo após falar, e pra completar a bobice, mandei outro de volta.
- Te amo!
- Eu te amo, até lá no aeroporto vida.- disse ela.
- Até!- desliguei

Não demorou muito para chegar na garagem do aeroporto, deixando-o ali para quando voltarmos. Em seguida, os pais de Camilly chegaram também, mal estacionaram o carro, e um ser pequeno, veio correndo para mim, com os cabelos voando ao vento, não contive o sorriso em meu rosto. Coloquei minha mala no chão do meu lado, dei um passo para frente e nossos corpos Chocaram-se um com outro, envolvi ela em um abraço apertado levantando-a. Um gemido de alívio por ela estar aqui, saiu por minha garganta...
- Eu estava com saudades, minha pequena!- disse colocando-a no chão.
- Somos dois.- falou apoiando suas mãos dos dois lado do meu rosto e me beijando em seguida.
- Chega de Melo melo...- disse meu pai passando no meio da gente nos separando com brutalidade.
- Sem graça como sempre!- adverti ele, que saiu todo todo em direção a porta do aeroporto.

Dentro do aeroporto, na fila para entrar no avião, eu estava atrás de Camilly, e, nossos pais em nossa frente. Éramos quases os últimos da fila...
- Pode me informar qual o vôo para seattle?- perguntou um homem para Camilly.

Ele parece ter quase seus 30 anos, de cavanhaque bem feita olhos azuis, cabelo preto penteado para trás, alto, pele bronzeada, músculoso... Tudo o que uma garota quer em um homem, ele tinha de monte.

Olhei para Camilly, não vi interesse nele, pelo menos nisso estou aliviado, se fosse qualquer ou garota, estaria caidinha por essa saco de perfeição.
- É este Senhor! Apontou para frente indicando nossa fila.

Passei minhas mãos em sua cintura quando vi o olhar do rapaz para cima da minha garota, me encarou, fiz o mesmo. Em seguida, o rapaz foi para o último lugar da fila.
- Pode parar de encara-lo!- disse Camilly, percebendo minha fúria.

Não demorou muito e já estávamos dentro do avião, em nossos acentos. Camilly implorou para ficar na janela, como sempre, nunca digo um não ao beicinho que ela faz, muita covardia não? Mas eu à amo acima de tudo. Fazendo pirraça ou não. Sendo chata ou não... Sempre vou ama-lá, para sempre, por toda a minha vida.

Quem diria um dia amar uma garota como ela? Atenciosa, meiga , bobona, linda, sexy... Nunca pensei, nem se quer passará por minha cabeça. Se eu tivesse uma chance de voltar no tempo para reparar meus erros e tropeços... Não alteraria nada, deixaria como está, por que foi eles que cheguei até, essa garota espetacular.

De Repende VocêWhere stories live. Discover now