Trabalho de História

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    O dia passou num flash, eu tinha que falar com Daniel, mais eu estava envergonhada, e brava ainda. Já até pensei em fazer só a minha parte e deixar a dele pra lá, mais aí seria meio ponto, talvez eu possa fazer de nós dois... Mais a professora deixou avisado que queria ver as duas letras no trabalho. Posso copiar em rascunho e dar para ele copiar na sala, mais a aula dela seria a primeira amanhã não teria como ele copiar à tempo. Tenho que falar com ele... Não... Melhor ainda... Peguei um pedaço de papel e escrevi, " Trabalho de história! Na minha casa depois da aula. u.u" fiz uma carinha de que, "estou pouco me lixando para você."

   Coloquei o bilhete em sua carteira, mas sem olhar pra ele, ouvi um barulho de papel sendo desdobrado e em seguida, escrevendo algo. Senti uma cutucada de caneta bem no meio da minha costas, me virei, vi seu braço esticado em minha direção e o papel estendidobpara mim, eu o olhei, estava de cabeça baixa fazendo sua tarefa. Peguei o papel de sua mão e abri, fiquei chocada com o que ele escreveu "EU NÃO VOU", encarei bem o papel,  o que eu fiz para merecer em ter Daniel para fazer o trabalho. Escrevi no papel, "vamos ficar sem nota, parou pra pensar?", entreguei à ele bufando de raiva. Mais uma vez me cutucou para entregar o bilhete bem na hora que o sinal tocou. Abri o bilhete, "Pouco me importa >.>"  escreveu colocando uma carinha me encarando.

    Vi ele saindo porta fora da sala de aula com pressa, como se fosse algo importante. Me apressei para arruma o meu material, não vou desistir, não posso fazer tudo sozinha e não vou. Corri atrás dele pelo corredor, eu o vi bem mais à frente já saindo do colégio... Merda! Me apressei, parei no estacionamento, olhei em toda parte, nenhum sinal dele por aqui. Uma decepção caiu sobre mim, estou com tanta raiva de Daniel, que se eu o encontrasse agora, enxeria ele de tapas... Raiva.
- Oi...- senti alguém segurar meu ombro, olhei para trás e vi o cara do boliche, aquele tarado que ensinou eu e a Ana a jogar.
- Ah... Oi!- disse meio chocada ao vê-lo aqui, juraria não encontra-lo mais.
- Então, você estudo aqui também?- me perguntou com um sorriso malicioso. Eu pensei em mentir, mas... Ele estuda aqui também, não tem nem como.
- É... Hãn... Eu preciso...- apontei para o estacionamento.
- Você não quer... dar uma passada lá em casa... Sabe.- sua insinuação não era das boas.
- Achei que iríamos fazer trabalho de história.- ouvi a voz de Daniel vindo atrás de mim, me virei para ele de imediato.
- Achei que...
- Você não achou nada... - Pegou em meu braços e me tirou dali.
- Não intendo sua subita mudança...
- Ele não é de confiança.- me interrompeu.
- se eu bem me recordo,- me soltei de sua mão.- achei que estava querendo ficar distante de mim.- andei brava até meu carro, que desta vez estava todo coberto pelo teto.
 
   Abri a porta do meu carro, mas Daniel me tomou em seus braços me encostando no carro e fechando a porta com força. Estamos tão próximo que dessa vez senti até a sua respiração em meus lábios, mas se afastou mais uma vez...

Daniel

   Sim, eu não gostei nada de vê-lá conversando com aquele safado, principalmente do modo que falou comigo. Como uma garota pode mexer tanto com o cérebro de um homem, ela me irrita. Eu não esqueci o que ela falou para mim no banheiro, aquilo não me magoou, só me deu várias facadas cada palavra que saiu de sua boca. Se eu não tivesse abrido a boca para zombar dela, não teria ouvido o que ouvi, aliás, não sei porque eu falei aquilo.
- Eu seriamente... Não te entendo!- me olhou com as bochechas coradas com esse geitinho de menina sensível e delicada, vê-lá assim me deixava ainda mais louco.
- Eu não consigo me controlar.- sussurrei, mas era verdade, ela me faz perder o eixo.
- Não sou essas garotas que você fica nas esquinas.- me olhou, daquele mesmo geito no banheiro, decidida, forte, uma mulher madura, mas o principal, sem sentimento algum, sim essa era sua alto defesa, fingir ser fria.- vai ou não fazer o trabalho?- disse seria.
- Vou!- falei, olhando-a fixamente, ela fez o mesmo, mais quebrou assim que entrou no carro, corri para pegar minha moto, uma kawasaki monstro como aquelas de filmes, esporte, preta com o aro dourado.

   Liguei a moto e segui Camilly à caminho de sua casa, não demorou muito até pararmos em uma casa Branca de dois andares, com telhado, as bordas das janelas e porta cinza forte, quase puxado para o preto, bonita. Estacionei minha moto atrás do carro da Camilly, que em vez de colocar dentro da garagem, deixou para fora, como se fosse sair denovo. Tirei meu capacete, desliguei a moto e sai de cima dela. Camilly fez o mesmo, saindo de seu carro indo direto para a porta da frente e abrindo-a.

   Entrei na casa a procura dos pais dela, para minha sorte, ou azar, eles não estavam. Enfiei meu capacete no meu braço para facilitar. Camilly foi direto para a cosinha...
- Água?- pergunto gritando da cosinha.
- Não!- falei.

    A casa por dentro bem organizada, nada fora do lugar, além da mochila da Camilly jogada no chão, pelo geito, a organizada da casa, concertesa não era ela. Tentei segurar o riso mordendo meu lábio inferior... Logo apareceu na sala.
- Hãn... O computador...-mordeu os lábios.- fica no meu quarto...
- Relaxa... Não quero nada com você.- disse sem pensar, não fiz nada, fiquei do mesmo geito, mas me arrependi assim que vi sua cara de brava.

   Inclinou-se para pegar sua bolsa no chão perto dos meus pés, peganho na alça da bolsa jogando o peso contra mim acertando bem no meu braço. Ela fez de propósito...
-Aí, desculpa... Doeu?- fez beicinho, que bonitinha, pensei, mais ficou seria, quase me assustei.- anda logo, não tenho o dia todo.- falou subindo as escadas com sua bolsa nas costa, fiz o mesmo, ficando bem atrás dela.

   Meus olhos sem querer caíram em sua bunda em sua calça colada deixando-a bem empinada. Chacoalhei a cabeça de uma lado para o outro afastando meus pensamentos impuros. Ela não sabe a luta que tenho tentado me conter para não pega-lá de geito. Camilly abriu a porta de seu quarto, revelando o tanto de feminilidade espalhado por ele. Cor da parede, rosa bebê, lençóis branco com flores rosas, guarda-roupa branco, mesinha de computador rosa. Fui até o computado, era os novos de tela fina que saiu há um mês atrás... Talvez seja ela a orgazida da casa, conclui.
- Vou me trocar...- disse apontando para a porta atrás dela e do lado do guarda-roupa.
- Ok!- engoli em seco.
- Sem espionar!- franziu a testa para mim e lá se foi.

    Aproveitei para começar o trabalho, liguei seu computador, na tela inicial, tinha uma foto dela e da Ana como papel de parede, as duas estavam na praia abraçadas, com suas bochechas coladas uma na outra sorrindo, não consegui parar de olhar o sorriso da Camilly, eu queria vê-lá assim, sempre sorrindo...
- É feio ficar olhando as coisas dos outros sabia?- me assustei com a voz dela bem no pé do meu ouvido.
- Desculpe.- Olhei para ela, me decepcionei com sua roupa, era um pijama desses de frio, preto.

   Camilly é tão inocente, tão menina, pura, não tinha malícia nem nada. Ela não é daquela que leva uma cara pra estudar em casa e coloca shortinho curto para provocar. Eu não aguentei, estava explodindo, perdir meu controle... Arrastei a cadeira para perto dela, que estava sentada na beirada de sua cama, me sentei na beirada da cadeira me aproximando de seus labios, roçando os meus nos delas... Macia, pensei.

De Repende VocêOnde as histórias ganham vida. Descobre agora