Capítulo 1

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O mundo empresarial nunca é fácil. Não importa se você é a garota que serve café, a secretaria ou um CEO fodão. Se você não for determinado esse mundo vai mastigar e cuspir você fora. Quando se quer crescer no mundo das grandes empresas é preciso ser o melhor, mesmo que você acabe trabalhando pra um tirano ditador que nem eu.

O telefone da minha mesa toca me fazendo suspirar. Ele sempre liga nesse horário pra fazer algum pedido idiota ou me infernizar. Encaro o telefone tocar de forma escandalosa e penso em não atender, talvez entregar minha carta de demissão e apenas deixar que ele seja escroto com outra pessoa. Resmungo um palavrão antes de atender com uma voz açucarada de tão doce.

- No que posso ajudar, senhor Green?

-senhorita Hill, compareça na minha sala agora- disse meu chefe do outro lado do telefone.

Coloquei o fone de volta no lugar e me levantei pra ir ate sua sala. Oque aquele imbecil queria agora?! Me infernizar um pouco mais, só pode.

Benett Green, meu chefe, é o homem mais babaca do planeta. Não estou falando isso só por que ele é meu chefe, e sim por que estudei com ele na faculdade, fizemos estagio nessa empresa juntos e para minha infelicidade acabamos trabalhando juntos também. Só que como o destino realmente me detesta ele fez com que Benett se transforma-se em meu chefe. Já que ele  comprou ações assim que recebeu a droga do diploma. 

Enquanto eu atravessava seu amplo escritório pensei em como era injusto Benett Green ter se tornado tão poderoso e eu uma simples secretaria, sendo que estudamos juntos e eu sempre fui tão inteligente quanto ele. Mas o mundo não é um lugar justo.

-queria falar comigo, senhor Green?-perguntei parando em sua frente e tentando fazer com que minha voz  não soasse como um rosnado.

-sente por favor- disse pontando para uma cadeira confortável em frente a sua mesa de mármore escuro.

Sentei me sentindo pouco a vontade com o olhar de Benett. Era sempre assim que me sentia perto dele, desconfortável e contando os minutos pra sair de sua presença. Green podia ser um idiota, mas eu tenho que admitir que o homem exala poder e autoridade de uma forma intimidadora. Isso sem contar sua beleza. O maldito tinha o rosto de um anjo com um sorriso diabolicamente cafajeste. Parecia que ele era capaz de fazer sua calcinha derreter e suas roupas sumirem só de olhar pra você. Cruzei as penas afim de ajeitar minha postura. 

-Sefor sobre a reunião de segunda eu já...- começo a falar incomodada com o silencio.

-Não é sobre isso. É um assunto mais serio e desconfortável -me interrompeu ele.

Um arrepio me subiu pela espinha. Será que ele vai me demitir? Não, se fosse isso não estaria tão nervoso. Provavelmente estaria sorrindo e dançando pela sala, já que nunca fez questão de esconder que não vai com a minha cara.

-Você não vai me demitir, vai?- arquei as sobrancelhas desconfiada.

-claro que não -disse ele- você é eficiente demais pra ser demitida.

Jurei que quando ele disse isso seu olhar foi diretamente pra meu decote, um arrepio traidor percorreu meu corpo com sua analise. Uma parte de mim cantarolou por dentro com aquilo. quer dizer, eu detesto o cara, mas não sou hipocrita de dizer que não acho ele um idiota gostoso. mesmo assim chutei a bunda minha parte vagabunda. Apenas foquei na parte que eu não estava desempregada e isso era um alivio. Mas sua postura desconfortável me fazia ficar em estado de alerta. Benett não é o tipo de homem que fica inseguro com um conversa, eu já o vi em incontáveis reuniões de negócios e sua expressão é sempre de auto confiança e irritantemente segura.

-Na verdade não é nada nem relacionado a empresa.

Arquei as sobrancelhas diante da informação. O que Benett Green iria querer comigo que não fosse relacionado a contratos e reuniões de empresa? não éramos amigos, na verdade andávamos bem longe disso, já que vivíamos pra nos alfinetar.

O Acordo Perfeito (Em Revisão)Where stories live. Discover now