Capítulo 12

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Point of View - Dinah Jane

— Vai sair hoje, DJ? – Seth me perguntou com a voz fraca. Eu disse que sim enquanto acariciava seus cabelos bem levemente. Ele estava melhor graças a alguns cuidados que Normani havia nos passado, para não precisar correr para o hospital. — Com a Normani?

— Sim, eu vou na casa dela. – falei.

— Vocês são namoradas? Igual a tia Vero e a Lucy? – ri e neguei com a cabeça. — Eu gosto dela.

— Eu também. Você acharia legal se nós fôssemos namoradas? – era estranho estar contando com a aprovação do meu irmão pequeno, com menos da metade da minha idade e altura.

— Ela ia vir aqui sempre?

— Acho que sim. – ele sorriu.

— Então eu quero que você namore ela. Porque ela é muito legal, e bonita e ela saibe cuidar de todos os dodóis do mundo. – meu coração se desmanchou quando ele gesticulou com as mãos e falou dodóis. Eu parecia uma babona. — Mas você ainda vai ficar comigo?

— Claro que sim. Eu te amo, Seth. – eu beijei sua bochecha. — Nada de fazer bagunça aqui ou mexer nas minhas coisas, okay?

— Eu não vou mexer. – ele falou como se estivesse entediado. Ri e conferi se ele estava coberto antes de sair do meu quarto.

— Já vai, Dinah?

— Não mãe, preciso fazer uma coisa antes.

Beijei a bochecha dela e sai feliz indo onde mais do que queria, precisava.

Quando cheguei em casa arrumei algumas coisas que havia comprado no mercado dentro de uma bolsa e tomei um banho demorado.

Meu estômago parecia estar brincando na roda gigante de tantas voltas que dava, e eu não via a hora de poder entrar naquela casa, e abraçar a dona dela durante a noite inteira.

Esse sentimento me deixava louca, era louca a sensação de gostar tanto de alguém em pouquíssimo tempo. Era tão, mas tão louco saber que eu poderia estar apaixonada por ela... Apaixonada, certamente essa palavra soa muito bem. Por um lado eu estava completamente em êxtase de saber que eu finalmente poderia dizer isso em voz alta, já que eu mesma não sabia o que eram essas confusões de sentimentos horas atrás, por outro lado, eu tinha medo da reação dela. Quer dizer, é óbvio que temos algo, isso é praticamente palpável, agora... Será que é o mesmo? Eu sentia que poderia estar terrivelmente enganada em relação a Normani, mas eu precisava descobrir no ato. Fiquei refletindo sobre isso o caminho todo enquanto olhava pela janela do táxi.

Paguei aquele roubo que ele chamava de justo e caminhei até a porta da casa, toquei a campainha e fiquei esperando alguns minutos, quase que cai de costas quando Mani apareceu com a barriga a mostra num top preto e um casaco xadrez azul claro.

— Olha só quem gosta de xadrez. – ela falou e pegou a bolsa da minha mão passando o braço em minha cintura e beijando meus lábios. — Você fica muito bem com casacos assim.

— Você está linda, Mani. Não imaginava que ia ser assim. – ela riu, eu senti falta daquela risada mesmo que tivéssemos ficado tão pouco tempo longe.

— Você é que está, DJ. Agora vamos lá, qual é a surpresa? – ela perguntou, peguei a bolsa da mão dela e fui até a cozinha andando lentamente.

— Eu, senhorita Hamilton, vou cozinhar pra você. – ela piscou algumas vezes e então sorriu da maneira mais linda que eu poderia imaginar.

— Isso é sério? – assenti e ela correu até mim e me rodou em seus braços. — Você é a melhor.

State of Grace - NorminahOnde as histórias ganham vida. Descobre agora