A despedida

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Desde que acordei, o dia passou voando, Leslie fez questão de ficar comigo o dia inteiro para poder ver o Jeff, é...já ouvi falar que ficar segurando vela é um saco mas agora realmente vi o quanto é chato.
- O que uma garotinha está fazendo sozinha em uma praça uma hora da manhã?
- Em primeiro lugar: Não sou uma garotinha.
Em segundo lugar: Você sabe mesmo como me encontrar não é?
- Claro que sei. Só acho que deveria estar dormindo, amanhã partiremos cedo esqueceu?
- Ai caramba.- Me levantei.- Boa noite, eu preciso ir!
Ele agarrou meu braço.
- Espera Kim...eu quero falar com você.
- Diga.
- Só queria saber se você está bem mesmo. Parece estar mais calada esses dias aqui no subterrâneo.
- Estou sim, eu sempre estou.
Ele parecia nervoso.
- Tem mais alguma coisa que queira me falar?- Perguntei franzindo as sobrancelhas.
- Não.
- Pat, eu te conheço. Tudo bem, pode me contar se algo estiver afligindo você.
- Não é nada para você se preocupar garotinha, ok? Estamos saudáveis e é o que importa.- Ele sorriu sarcasticamente e me deu um beijo na testa.
- Boa noite Kim.
- Boa noite Pat.
Acenei e fui correndo para o meu quarto, cheguei no quarto e sem pensar em mais nada, deitei na cama e dormi...
- Kim? Kimberly? Acorda.
Abri os meus olhos e vi Olivia.
- Bom dia Liv.
- Bom dia Kim.
Eu bocejei.
- Que horas são?
- São seis horas da manhã.
- Tá me zoando?
- Não, Callyssa me pediu para vir aqui te acordar, a maioria do pessoal já está na fila.
- Que droga!
Me levantei e me tranquei no armário, troquei de roupa, coloquei meu revólver e comida em uma mochila que Rebecca deu a cada um de nós para quando fossemos partir e saí correndo.
- Kim! Me espera!
Olhei para trás e Olivia me deu algumas amoras.
- Toma, precisa de café da manhã.
- Obrigada Liv.
- De nada!
Corremos até o pessoal que já estava formando a fila do lado de fora, ou melhor, acima de nós, Liv havia deixado Logan com Grece e do jeito que ela é cuidadosa e esperta tenho certeza de que ele está em boas mãos.
Chegamos até eles o os habitantes do subterrâneo inteiro estavam na terra.
Rebecca e Mark estavam conversando com Cally.
Fiquei atrás de Grece e Patrick, e na frente de Leslie na fila.
- Mark e Rebecca Brown, muito obrigada pela hospitalidade enquanto estivemos aqui.
- De nada, e sabe que pode voltar sempre que quiser se estiver saudável!
- Ok Rebecca.
- Gostei muito da gentileza e do carisma de seus amigos Callyssa, admiro isso em algumas pessoas.
- Obrigada Mark, fico feliz que tenha gostado de nós, porque também gostamos muito de vocês.
- De nada Callyssa.
- Bom, acho que está na hora de nos despedirmos.
- Tudo bem.
- Adeus gente, e muito obrigada, por tudo e espero que o casamento dos dois seja muito feliz.
Mark sorriu ao ouvir aquilo.
- Adeus Callyssa! Seja feliz enquanto andar por este mundo completamente caótico e devastado, por mais horrível que pareça apenas tente ser feliz.- Rebecca sorria.
- Adeus Callyssa, tenho certeza de que irá vencer esses maníacos e talvez ajudar a salvar nossa espécie.
Cally sorriu gentilmente e foi para o começo da fila.
- Espera aí!!!
Olhamos para ver de onde vinha o barulho, logo vimos Jeffrey saindo da multidão.
- Eu quero ir com vocês!
- Jeff o que você está fazendo? Precisa ficar aqui!- Leslie disse.
- Eu não vou ficar aqui Leslie.
Ele se dirigiu até Mark e Rebecca.
- Não importa a opinião de vocês dois, eu vou com eles.
- Por mim tudo bem, e por você Mark?
Ele respirou fundo.
- Se é isso que você quer, vai lá garoto.
- Obrigado.
Ele estava indo para o final da fila.
- Jeffrey!
Jason apareceu do nada.
- Você não vai...
- Já tomei minha...
- Me deixa terminar...você não vai sem mim.
Ele sorriu e Jeffrey abraçou ele.
- Valeu mano.
Os dois foram para o final da fila, começamos a andar lentamente.
- Eu também vou!
- Ah pelo amor de Deus!- Mark disse ficando nervoso.
Uma garota de cabelos negros e olhos castanhos apareceu.
- Quem é você?- Callyssa perguntou.
- Meu nome é Lucinda Hopkins.
Olhei para Leslie, ela parecia estar assustada, pelo que ela disse a garota era muito caladona e tímida.
- Eu estou neste lugar desde os meus quatorze anos, eu quero ver o mundo Mark.
- Lucy, o que sua mãe diria?
- Eu não ligo mais, ela morreu.
Mark franziu as sobrancelhas.
- Callyssa King Johnson, certo?
- Exato.
- Eu posso sair deste lugar e ir com vocês?
- Se é o que deseja.
Ela foi para o final da fila.
- Viu tio Mark? Eu tomei uma decisão.
- Você é imprudente e irresponsável! Sabe que acabou de tomar a decisão errada!
- Eu não sou mais criança, tá?! E que se dane a prudência e a responsabilidade! Eu vou viver a droga da minha vida!
- Está agindo como sua mãe antes de morrer.
- Temos o mesmo DNA, mas não significa que eu vou morrer.
- Você está cometendo uma loucura.
- Que talvez seja a melhor loucura da minha vida! Sair dessa jaula e fugir das suas regras idiotas pra me manter segura! Aliás, se minha mãe não tivesse um irmão tão estúpido como você eu duvido que eu teria essa imagem que tenho hoje!
- Lucinda...
- Mark deixe ela em paz, ela é livre para fazer escolhas e você sabe disso.
- Becca ela vai morrer lá fora.
- E se não morrer vai viver os melhores momentos da vida dela...deixe-a ir Mark.
Ele olhou para Lucinda e depois para Rebecca.
- Vá, mas você não poderá voltar.
- Eu não estou nem aí!
- Desculpe mas podemos ir?- Cally disse em tom impaciente.
- Podem sim, e me desculpe pela interrupção.
- Não tem problema.
Ela acenou para os dois e a fila começou a andar para frente.
É...mais uma vez não sabemos para onde estamos indo nem aonde pararemos...

Diário de uma sobrevivente_Livro 1Where stories live. Discover now