Os opositores

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- Você está tão crescido Patrick.
Ele me empurrou e me jogou no chão. - E tem uma namoradinha muito bonita!
- Ela não é minha namorada.
Hunter me ajudou a levantar.
- Que pena.
- Como você...
Ele olhou seriamente para Hunter.
-... Você está vivo?!
- Obviamente sim.
- Me disseram que você estava morto!
- Eu fugi Patrick, não concordava e ainda não concordo com as regras impostas pela Cidadela, e nem eles.
E então do nada, pelo menos umas trinta e poucas pessoas apareceram atrás daquele homem.
- Sou o novo líder de uma espécie de oposição à Cidadela, a favor das regras do antigo mundo.
Hunter lagrimava muito.
- Como você pôde?
- Eu apenas o fiz não foi tão ruim.
- Não foi tão ruim?
- Claro que não.
- Tem idéia de como a mamãe ficou depois disso?
Ele riu irônicamente.
- Sua mãe é uma vadia estúpida.
- Cala a boca!!!
Ele tentou avançar no homem, mas segurei o braço dele.
- Hunter para!
- Me solta!
- Não bateria no seu próprio pai, bateria Patrick?
- Seu babaca de m...
- Chega Hunter, calma! Por favor!
- Blade não se meta nisso! Ela morreu por sua causa seu idiota!
- O problema não é meu!
Hunter tentou avançar nele mais uma vez.
- Hunter olha para mim!
Coloquei as duas mãos no rosto dele.
- Tem certeza que ela não é sua namorada?
Hunter olhou para ele novamente e eu puxei seu rosto para que olhasse para mim.
- Tá tudo bem.
Ele respirou fundo.
- Você tem o dom para acalmar meu filho, parabéns.
Peguei a arma e apontei para ele.
- Pro chão, agora!
Duas mulheres atrás dele apontaram armas para mim.
- Bela tentativa garota, agora coloca a arma no chão e se afaste.
- Blade não faz isso.
- Eu não tenho escolha Hunter.
Coloquei a arma no chão e levantei as duas mãos.
- Muito bem, além de bonita é obediente, uma garota perfeita para o Patrick.
- Não é Patrick, é Hunter, pra você!
- Ok "Hunter".
- Bom "pai" se me permite, eu vou sair daqui.
- Ah não vai mesmo.
Ele agarrou meu braço.
- Me larga!
- Quieta garota!
- Pai, solta ela!
- Acha que deixarei você ir e contar à Cidadela inteira sobre nossa existência? Não.
- Pai para, por favor.
- Você tem duas opções, você vai e a garota fica, ou, você fica e a garota vai.
Hunter olhou para mim e pensou um pouco.
- Eu ficarei, deixe ela ir.
- Hunter, não!
Ele não me deu ouvidos, apenas foi andando para o lado do pai.
- E lembre-se garota, se contar alguma coisa do que viu à Cidadela, não hesitarei em matar meu próprio filho. - Você é um monstro.
- Não sou apenas um ser humano, não um robô como vocês costumam ser.
Ele foi levando Hunter para longe, assim que saíram da minha visão eu corri o mais rápido que pude até a Cidadela, lá dentro a primeira pessoa que vi foi Archer.
- Blade aonde você estava?!
- Não dá tempo pra explicar! Eu preciso falar com o Líder agora!
- Blade, você tá pálida.
- Só me leva até o Líder por favor!
Ela me olhou, seu olhar era de preocupação e medo.
- Tudo bem.
Ela me levou até a torre.
- Líder.
Ele me olhou seriamente.
- O que foi minha filha?
Eu estava tentando arranjar forças para conseguir dizer.
- Blade, cadê seu amigo, minha filha?
- Existe um grupo, opositor à Cidadela, formado por pessoas que fugiram daqui.
- Impossível terem fugido daqui.
- Não, forjaram a própria morte.
- Prossiga filha.
- O líder deles é o pai do Hunter.
- Bomb...
Ele arregalou os olhos.
- Prossiga.
- Eles nos encontraram enquanto estávamos caçando, e o pai do Hunter o levou.
Archer estava boquiaberta.
- Ele disse que se eu contasse qualquer coisa à vocês ele não hesitaria em matar o Hunter.
- Quantas pessoas mais ou menos?
- De trinta à quarenta.
- Não somos treinados para violência, mas eles passaram dos limites.
Ele pensou um pouco.
- Vou mandar os que tem habilidades de combate como você e Archer para regatarem ele. Tentem matar a menor quantidade de pessoas possível.
- Sim senhor.
Pegamos nossas armas enquanto Líder fez uma convocação, os convocados foram: Eu, Archer, Bull, Punch, Gun e Sniper.
"Apenas nós seis contra quase quarenta?" Pensei.
- Lembre-se, é uma operação de resgate não uma chacina.- Líder disse.
- Sabemos.
- Muito bom.
Bull, é um cara bem forte e musculoso, acho que tá na cara o porquê desse apelido.
Punch, É especialista em socar e bater em pessoas, ela é gentil mas um pouco impaciente.
Gun e Sniper, são gêmeos, ambos especialistas em armas, a diferença é que um sabe usar armas de fogo de grande porte e o outro sabe usar as de pequeno porte.
É...acho que somos uma boa equipe, eu acho... Estávamos no portão da Cidadela.
- Archer, Blade!
Olhamos para trás imediatamente, eram Snake e Kindness.
Snake abraçou Archer.
- Toma cuidado por favor.
- Eu tomarei, não se preocupe comigo tá?
- Tá.
Ele veio em minha direção e me abraçou também.
- Se cuida e por favor, não deixa a Archer morrer.
- Ela não vai.
- E por favor não morra.
- Nós não vamos morrer, ok?
- Ok.
Abriram os portões e nós saímos.

Diário de uma sobrevivente_Livro 1Where stories live. Discover now