Dois meses antes do dia de seu casamento, Sirius foi acordado na calada da noite por batidas suaves, mas urgentes, em sua porta. Ele sentou-se e ouviu. As batidas pararam e recomeçaram, um pouco mais altas. Sirius se levantou, ainda enrolado em seu cobertor grosso, e se arrastou em direção à porta, estremecendo ao sentir o chão frio sob seus pés descalços. Ele fez uma pausa, colocou a mão na maçaneta, respirou fundo e abriu a porta.
“Regulus?” ele sibilou. "O que você está fazendo aqui?"
Regulus sorriu. “Estou aqui para resgatar você. Pegue suas coisas rapidamente e depois iremos.”
Sirius ficou boquiaberto para ele. "O que você quer dizer com me resgatar?"
“Quero dizer, estou tirando você daqui. E a mim também, claro.” Ele apontou para a mala a seus pés. “Tenho minhas coisas arrumadas, apresse-se e pegue as suas.”
Ainda perplexo, Sirius deu um passo para o lado para deixar Regulus entrar. Ele olhou para o corredor e, felizmente, não viu sinais de movimento. Ele fechou a porta com firmeza e depois se virou para Regulus, que havia largado a mala e estava sentado na cama. Sirius tinha cerca de cem perguntas, mas escolheu aquela que lhe daria a resposta mais rápida.
“O que devo levar?”
Regulus bufou. “Eu achei que isso seria óbvio.”
“Bem, não é.”
Regulus ficou surpreso com a raiva na voz do irmão, mas apenas disse: “Roupas, talvez. Qualquer coisa de valor, seja sentimental ou monetário.”
Sirius assentiu. “Quanto tempo eu tenho?”
"Não muito. Devemos estar longe pela manhã.”
Mais uma vez, Sirius assentiu. Ele abriu a boca para perguntar como diabos eles iriam sair de casa, mas pensou melhor. Regulus podia ser incrivelmente teimoso e, se não quisesse responder às perguntas de Sirius, não o faria.
Sirius se vestiu rapidamente e então procurou uma mala. Ele encontrou uma, pequena e velha, escondida no fundo do guarda-roupa. Teria que servir. Ele guardou as coisas com cuidado, tentando levar consigo o máximo possível. Se tudo corresse bem, ele não voltaria depois desta noite.
A última coisa que Sirius colocou em sua maleta foi o maço de cartas de Remus.
“Regulus? Estou pronto."
"Ótimo." Regulus levantou-se e pegou sua mala e sua bengala. "Vamos indo.”
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You Hold The Key To My Heart •Tradução•
RomanceSirius se jogou na cama, sem se importar em como devia estar amassando suas roupas. Na verdade, ele gostou da ideia. Pelo menos seus pais teriam um motivo para estarem zangados com ele hoje. Ele ficou lá, pensando em cachos macios e um rosto doce qu...