~~~Imagines 3~~~

Uma noiva no gelo [Gilbert]

Caminhamos em direção a floresta que ficava ao redor do casarão onde ela morava. Nos afastamos, eu olhava para cada lado, aproveitando os últimos raios de sol que iluminava a floresta. Avisto algo, que estava apoiado numa árvore.

-Meu deus! S/N! -Exclamei ao ver que aquele pano encolhido era ela escondida -O que aconteceu com você? -Falo indo perto dela mas ela estava desmaiada, estava branca com os lábios pálidos e tremendo de frio, seu corpo estava com muitas manchas roxas.

-ANNE! DIANA! EU ACHEI ELA, CORRAM! -Falo gritando, e as duas logo aparecem.

-Aí meu deus S/N -Anne a agarrou aliviada por ainda ver que ela respirava. 

-O que aconteceu com ela? -Diz Diana tremendo por estar com frio e por estar nervosa.

-Chamem ajuda, um médico, alguma coisa -Eu digo nervoso e preocupado. -Quanto mais tempo demorarmos, pior ela fica.

-Eu vou -Anne correu pra fora da floresta.

-Diana, me ajude a levanta-la com cuidado -Falo já pegando S/N no colo, Diana me ajuda e eu seguro seu corpo mais perto do meu na esperança de sua pele esquentar-se.

Saímos da floresta e fomos logo em direção ao hospital. Encontrando Anne, e um grupo de médicos, que correram para atende-la.

Tivemos que ficar na sala de espera, eu andava pro lado e pro outro junto com Diana, estamos nervosos e com medo do que poderia acontecer com ela. Os pais dela também estavam aqui, mas nem pareciam preocupados, pareciam nem se importarem.

Diana 

-Como eles tem coragem de aparecer aqui? -Digo enraivecida, pois provavelmente foram eles que machucaram ela -E ainda fingem que se importam com a filha.

-Como assim? -Pergunta Gilbert sem entender.

-S/N vai me matar por ter falado -Digo percebendo que falei em voz alta meu rancor ao pais de minha doce amiga.

-Não entendi, o que está escondendo Diana? -Anne se levantou e veio para perto de nós.

-Escutem... -Eu digo baixo, e os dois chegam mais perto- Isso é segredo da S/N, os pais dela batem nela por qualquer coisa, e batem muito, posso apostar que aqueles machucados que ela tinha no corpo foram eles que fizeram.

-Como é que é? -Perguntou Gilbert com raiva, caminhando em direção aos pais de S/N, mas eu o puxo de volta.

-Está louco? Você não pode fazer nada, eu não era nem pra ter falado.

-Não acredito que fizeram isso com ela, ah... Eles vão me ouvir -Anne murmurou e Gilbert vai atrás dela, tento puxar os dois mas já é tarde de mais.

Narradora

-Como vocês tem coragem de bater em vossa filha daquele jeito? - Anne perguntou, ganhando os olhares das pessoas em volta.

-Como assim? -Pergunta a mãe de S/N.

-VOCÊS BATERAM NA PRÓPRIA FILHA -Anne descontrolou-se e Diana estava arrependida de ter contando.

-Que tipos de pais são vocês? -Gilbert os encarou irritado.

-Vocês não devem se meter onde não são chamados. E nem deviam se preocupar, pois quando aquela inútil acordar, ela irá pra longe daqui e arrumará um marido rico, a altura para a nossa família -Contou a mãe de S/N, empinando seu nariz esnobe.

-O que querem para que ela fique aqui? -Diana falou pela primeira vez e tomou a frente de seus amigos.

-Se ela conseguir um pretendente, que tenha dinheiro o suficiente. -Foi o pai de S/N quem falou, como se não acreditasse que a filha conseguiria isso pela próxima semana antes de embarcar no trem para se preparar a ser uma mulher de verdade.