-Não! Por favor, eu gosto de morar aqui -Implorei em meio as lágrimas, eu odiava essa casa mas não podia suportar a ideia de ficar longe das meninas.
-Não quero saber, JÁ ESTÁ DECIDIDO, pare de choramingar porque agora sim vou te dar um bom motivo pra chorar...
Ela agarra o cinto de coro com mais força e começa me bater. O couro bate e estrala na minha pele várias e várias vezes. O som era assustador, meus gritos eram de pânico, eu chorava e não conseguia fazer nada.
Meu pai olhava para mim como se eu fosse um monstro. Meu irmão Jean ria, debulhava-se sobre gargalhadas e só parou quando meu pai o puxou para fora quando os sinos que avisavam o jantar pronto tocaram. Minha mãe para de me bater e saí do meu quarto sem dizer mais nada, fechou a porta com tanta força que os quadros em cima dos armários caíram.
Eu chorava muito, deitada ao chão, sem forças para me levantar. Meu corpo inteiro gritava de dor, ele tremia, ardia, queimava.
Fiz muito esforço pra me levantar, fiz mais ainda para conseguir abrir a janela sozinha e naquele estado e então finalmente pulei a janela.
Começava a nevar muito e a temperatura estava baixíssima. Mas eu não ligava, saí correndo sem olhar para trás.
Estava muito frio já que vestia nada mais que uma camisola fina, nem estava mais sentindo meu corpo. Eu já não tinha mais forças para continuar a correr, então parei me segurando em uma árvore e a usei de apoio para conseguir sentar no chão.
Eu chorava sem parar, meu corpo parecia estar adormecido, minha cabeça doía muito, estava muito cansada, aos poucos sem força e com dor fui me entregando a escuridão daquela noite fria e dolorida, desejando a Deus que isso fosse o suficiente para ir embora desta vida.
~~
Gilbert
Fazia um dia e algumas horas do desaparecimento de S/n.
Estamos muito preocupados e desesperados. Hoje seria a noite mais fria do ano e haveria neve cobrindo tudo. De acordo com os pais de S/N, ela estava de camisola quando desapareceu, ela morreria de frio, se não a encontrássemos até o por do sol, tudo estaria perdido.
Ela estaria morta.
Isso se já não estivesse... NÃO! Ela não está morta e eu vou acha-la, custe o que custar.
-Por favor para de andar para o lado e pro outro, está me deixando tonta -Anne briga a Diana que parecia um rato envenenado e perdido.
-Precisamos achar ela -Diana estava chorando, arranhando seus dedos e apertando as mãos em crise.
-Diana acalma-se -Anne murmurou ao abraçar a amiga -Vamos achar ela -Ela confirmou mesmo que sua voz já estivesse tão confiante assim.
-Mas e se não acharmos, o que vai acontecer? Eu não quero perde-la Anne -Diana continuou choramingando.
-Não vamos perde-la! Eu não vou conseguir pensar na possibilidade de perde-la -Digo nervoso e volto a andar pro lado e pro outro, assim como Diana estava antes -Está anoitecendo, eu vou atrás dela.
-Eu vou junto! -Anne estava logo atrás de mim.
-Estão ficando loucos? Vai ser a noite mais fria do ano, e vocês vão sair pelas ruas -Diana perguntou parando nós dois -Querem morrer também?
-Estamos agasalhados, e ela? -Anne a lembrou.
-Está bem, nós vamos, mas se anoitecer, nós voltamos e tudo já estará tarde demais -Diana veio atrás de nós porta a fora limpando suas lágrimas.
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~~~Imagines 3~~~
FanfictionOlá, sejam bem vindos ao terceiro livre de imagines deste perfil Não vou explicar muito, até porque se está aqui, é provável que já tenha lido pelo menos um dos meus outros livros, espero que possam me acompanhar nesta grande viagem pela imaginação...
Uma noiva no gelo [Gilbert]
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