A Força da Coragem e a Fragilidade do Destino, O Assassino e a Princesa de Gelo

Remoendo o passado

Na biblioteca, várias estantes cheias de livros podiam ser vistas. Zephyr dirigia-se a uma delas, pegava um livro vermelho com um símbolo de lobo preto na capa. Adrian aproximava-se, perguntando: "Então, este é o livro?" Ele observava o livro nas mãos de Zephyr, que o abria, revelando a primeira página com a inscrição: "Esta é a história de um mundo que não existe e a origem dos assassinos."

"Um mundo que não existe e é a criação dos assassinos. O que isso quer dizer?" perguntou Adrian, olhando para Zephyr, que estava com uma expressão pensativa. "Lembro que Rowan disse que seu mundo foi destruído por Sienna e deuses, ou algo do tipo," disse Zephyr, meio confuso. Adrian olhou para ele com os olhos arregalados. "Você não está levando a sério o que aquele louco disse. Ele chamou a Sienna de deusa," disse Adrian. Zephyr suspirou e olhou para Adrian.

"Vamos ler este livro, e tudo será explicado," Zephyr deu uma pausa, olhando para o livro. "Pelo menos eu espero," murmurou. Os dois se sentaram em uma mesa redonda, com Adrian ao lado de Zephyr. "Preste bastante atenção no que vou falar," disse Zephyr, fixando um olhar penetrante em Adrian. "Tudo bem, meio que estou curioso sobre o que há neste livro," disse Adrian, colocando os dois pés na mesa.

Zephyr voltava sua atenção para o livro, continuando de onde parou. Em um mundo antigo, criado antes deste, existia uma realidade que precedia a atual. No entanto, devido à ganância dos humanos, esse mundo foi destruído por guerras incessantes em um lugar onde todos possuíam poderes, tornando a destruição inevitável.

"Espera aí, você está dizendo que todos tinham poderes?" indagou Adrian, surpreso. Zephyr suspirou e olhou para Adrian. "Parece que sim. Posso continuar a ler?" disse Zephyr, e Adrian assentiu. Então, Zephyr retomou a leitura.

O mundo não foi completamente destruído apenas por guerras humanas; os deuses também desempenharam seu papel no fim do mundo. Em um dia comum, quatro seres divinos surgiram no céu, suas figuras imponentes trajavam armaduras mais reluzentes que o sol. Os deuses, olhando os humanos com desdém, afirmaram que estes haviam destruído o mundo que eles criaram. Agora, este mundo estava destinado a ser apagado, sua história deixaria de existir, assim como ocorreu com os dois mundos anteriores. 'Então, este seria o quatro mundo', pensou Zephyr enquanto lia o livro.

Os quatro deuses eram seres que controlavam a ordem do mundo: spatium, destructio, tempus, creatio. Essas eram as leis supremas do universo. O mundo que foi destruído foi recriado, mas não sem algumas mudanças.

Ao ouvir isso, Adrian caiu da cadeira. Zephyr olhou para ele e, rapidamente, Adrian se levantou, reassumindo seu lugar na cadeira. "Pode continuar", disse Adrian com um sorriso. Zephyr prosseguiu com a leitura do livro.

Tudo que existia foi destruído: o tempo, o espaço, as pessoas. Tudo deixou de existir, exceto uma pessoa. Essa pessoa foi a única a sobreviver, um homem que lutava na guerra de seu mundo, agora inexistente. Ele ficou anos deitado, sem fazer nada, até que um dia começou a andar. Percorreu longas distâncias, enfrentando gelo, fogo, chuva ou sol. O homem continuava sua jornada.

Até que o homem encontrou outro homen no deserto. A primeira coisa que fez foi chorar de felicidade e correu em direção a essa pessoa. Contudo, ao se aproximar, percebeu que a figura diante dele mais parecia um animal do que um humano. Ele encarava a pessoa com estranheza, um ser humano agindo como um animal. Ao se aproximar desse ser, foi atacado, mas conseguiu facilmente subjugar seu adversário.

Depois disso, muitos anos se passaram e uma civilização foi formada em torno desse homem, que era o mais poderoso do mundo. No entanto, ainda havia um problema: os deuses. O homem passou anos pensando em como lidar com essa questão até que finalmente teve uma ideia. Decidiu mover o mundo e foi assim que os quatro reinos e o grupo de assassinos foram criados.