Droga!

É algo importante e eu deveria ter contado de imediato, é difícil ter que o ver atarefado procurando quem é o culpado e me sentir culpada por esconder a verdade.

Eu preciso contar mesmo que me custe a minha felicidade!

— Terminou? — digo e ela solta uma gargalhada.

— Você até é bonitinha e chega a ser engraçada mas não é a mulher certa para o Nathaniel, já disse isso. Eu não vou deixar você ser feliz, melhor você contar enquanto ainda te resta tempo queridinha ou eu posso ser mais rápida.

Ela se levanta e volta a olhar para mim.

— Pode ficar com essas aí. — diz apontando para as fotos — Tenho uma coleção inteira. Sabe, para uma coisa aquele idiota do John, me serviu me lembre de dar o parabéns a ele sim? Tchauzinho.

Ela se afasta saíndo da cafeteria me deixando ainda atordoada, céus... essa mulher é louca.

Onde fui me meter?
Por que não contei antes?
Eu sei que ele vai ficar muito bravo por eu ter escondido isso por tanto tempo.

Pego na minha bolsa e nas fotos saindo da cafeteria mas antes jogo no lixo as fotografias, espero por um táxi e novamente me sinto vigiada.

Oh sensação doida! Olho para trás mas não vejo ninguém novamente, faz exatamente um mês e meio que estou paranóica com isso de estar sendo vigiada.

Pode ser outra coisa da minha cabeça como das outras vezes mas tento não ligar para isso, subo no táxi e indico a direção ao motorista.

Assim que chego a Love in Atr, me dirijo ao elevador rapidamente não posso continuar assim e não é apenas pela minha conversa com a Vanessa, é uma necessidade minha em me livrar desse maldito peso.

Sabe quando você está com uma estranha sensação de que algo de ruim pode acontecer?
Bom, é basicamente isso que estou sentindo.

Os últimos dias têm sido bastante complicados para mim, principalmente agora que a Vanessa voltou para a empresa e fica contante mente a lançar piadinhas que estão me irritando mas agora eu entendo perfeitamente os seus motivos.

Nathaniel ficou bastante ocupado nas últimas semanas também com assuntos do trabalho e não conseguimos conversar direito além de estar muito empenhado em descobrir quem é o responsável pelos roubos dos desenhos, eu quero muito contar mas parece que o universo está contra mim.

É difícil saber que ele está tentando achar alguém que nem se encontra mais no país e que nunca deixou pistas do seu ato maléfico, eu já teria contado a bastante tempo se não fosse as constantes interrupções que temos tido quando quero conversar com ele, para mim já está muito difícil fingir que não sei nada e estou me sentindo uma traidora e também com medo que ele descubra por outra pessoa e que não me perdoe.

— Deus... eu preciso contar urgentemente. — sussurro girando a maçaneta da sala dele.

Tenho medo da sua reação claro, mas mesmo assim eu preciso contar, não posso mais esconder  na verdade nunca deveria ter feito, não é saudável para o nosso relaciomamento eu continuar escondendo algo de tamanha importância.

Entro na sala dele e o vejo terminar uma ligação e se vira pegando o seu palitó. O nervosismo novamente volta a tomar conta do meu corpo mas eu não vou deixar essa oportunidade passar novamente.

— Você vai sair? — pergunto atraíndo a sua atenção.

— Sim, tenho alguns compromissos agora.

— Nós precisamos conversar.

— Agora?

— É realmente muito importante. — ele suspira e se aproxima de mim.

Nathaniel Salvarote Where stories live. Discover now