Nathaniel Salvarote

Capítulo 56

Emily

Abri os olhos lentamente encarando o teto branco e pisquei diversas vezes para me acostumar com a clareza e me situar. Me ajeitei na cama me apoiando pelos cotovelos e resmungo ao sentir mimha cabeça latejar.

Bela maneira de acordar hein.

Olho em volta e percebo que não estou em meu quarto, e muito menos na minha casa já que esse quarto é sofisticado e chique demais, coisa de gente rica. Mas eu conheço bem esse lugar e o cheiro inconfundível entrega tudo.

Nathaniel!

Olho para a cômoda no lado direito da cama onde está um copo com água e duas pílulas que desconfio ser para mim e logo confirmo ao ler um pequeno bilhete que ele escrever.

"Espero que isso ajude a melhora
a sua dor de cabeça!"

Pego nelas e as levo para boca bebendo a água logo em seguida, me levanto da cama e só então me apercebo que não estou com as minhas roupas.

Será que ele trocou as minhas roupas?
Oh, meu Deus. Que vergonha!

Tento me lembrar do que aconteceu ontem mas apenas me lembro de ter errado na bebida e depois fui pegar água e aí ficou tudo confuso, e minha mente apagou tudo o resto, não me lembro de mais nada.

Como vim parar aqui?

Suspirei pegando o celular abrindo o monte de notificações revelando mensagens das meninas perguntando se estava bem e dando dicas caso estivesse com ressaca mas felizmente não estou sentindo nada.

Vou até ao banheiro e encontro uma sacola como as demais que sempre encontrei quando não tenho roupas aqui, abro a mesma e retiro de lá um lindo vestido azul, calcinha e umas rasteirinhas que agradeço mentalmente já que não tinha vontade nenhuma de usar saltos hoje.

Faço toda minha higiene e todo um longo e quente banho, depois de terminar me visto e quando já estou devidamente pronta saio do quarto descendo as escadas me preparando para me desculpar por ontem e tentar conversar sobre... nós.

O cheiro de comida invade as minhas narinas quando estava perto do último degrau da escada, rapidamente olho para a mesa que estava toda arrumada com um café da manha que parece estar delicioso e na cozinha vejo um homem me encarar de braçoa cruzados.

Engulo em seco me sentindo estranhamente nervosa como da primeira vez em que dormi no seu quarto daquela maneira.

Ele está com as mangas da camisa branca dobradas até aos cotovelos exibindo as tatuagens no braço e alguns botões abertos onde era visível ver o peito exposto, minhas pernas parecem uma gelatina.

Limpo a garganta e logo passo a língua nos lábios umidecendo os mesmo.

— Hum... como... como você está? — digo sem saber como começar uma conversa adequada e ele se apoia no balcão estreitando os olhos.

— Me diga você! Como se sente? — por que parece que ele está cada vez mais bonito?

— Er... estou bem, e você? — ele apenas dá de ombros e mordo meu lábio inferior olhando para baixo, sentindo um misto de emoções ao mesmo tempo — Como vim parar aqui?

— Eu trouxe você. Não se lembra? — nego olhando para os seus lindoa olhoa azuis quando ele se aproxima da mesa com as mão nos bolsos da calça social — Você bebeu ontem.

A sua expressão permanece neutra e desvio o olhar muito rapidamente para as minhas mãos cruzadas.

— Eu me enganei no copo, pensei que era o meu mas afinal era da Fernanda. — digo — Foi... você que trocou as minhas roupas?