Capítulo 11

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Nathaniel

- Me dê um bom motivo para não demitir você.

Apoio os braços na minha mesa vendo o homem a minha frente engolir em seco, pensando no que falar.

- Senhor me desculpe mas não tive tempo.

- Como não? Eu te dei a porra de uma semana para você terminar os malditos desenhos e vem me dizer que não conseguiu terminar?

- Me desculpe. - disse abaixando olhar.

- Olhe para mim. - assim o fez - Você sabe que temos um projeto novo e que eu precisava do paisagismo para analisar antes da reunião de quarta.

Respiro fundo tentando acalmar a minha irritação.

- Saia da minha sala e volte apenas com os desenhos na mão, não quero mais atrasos, você tem até amanhã ou estará no olho da rua.

Ele acente saindo da sala, afrouxo um pouco a gravata e massageio as têmporas, acabei por descontar a minha frustração nesse homem mas o meu humor não está nada bom nos últimos dias devido aos acontecimentos anteriores.

Quando propus aquilo na Emily eu achei de facto que aceitaria principalmente pela proposta do dinheiro mas me enganei miseravelmente porque mais uma vez ela me provou ser diferente de muitas mulheres que olham apenas para o meu dinheiro.

Merda.

Ela jogou na minha cara me meu dinheiro não a compraria e com razão ela ficou com raiva e no dia do almoço ela mal olhou para mim e não gostei nada de me sentir ignorado por ela.

Não sei o que está a acontecer, mas não vou perder o controle da situação, ela me intriga muito e não gosto nada disso.

Ela se sentiu ofendida como Liam e Edgar me disseram mas ela não contou a eles e ao que parece nem as amigas, talvés devesse me desculpar com ela e procurar outra solução para a porra da mentira do namoro.

Talvés não devesse ir a esse noivado mas com certeza a Vanessa pensaria que ainda sinto alguma coisa por ela mesmo não sentindo.

Nem mesmo sei se algum dia senti, sempre fui tão focado no meu trabalho porcurando sempre a excelência que a deixava as vezes de lado, gostava sim de sua compainha mas aquilo a que chamam amor acho que não.

Eu desconheço essa palavra, esse sentimento que nem sei como é ele verdadeiramente.

E para piorar tenho que apresentar o projeto para o Royal sobre as reformas da sua empresa mas o mesmo nem está concluído. Conheço Eduard a bastante tempo e confesso que nunca nos demos muito bem, sempre foi muito esnobe e nojento, tivemos inclusive uma briga muito feia quando assumi meu namoro com a Vanesse porque ele alegava que eu roubei a mulher que ele amava. Ou seja, fiz de propósito apenas para afetá-lo.

Patético.

Mas no mundo dos negócios aprendemos a nos suportar apenas pelos negócios.

Sou interrompido por dois homens que invadem aminha sala sem serem anunciados, e os vejo sentar nas cadeiras disponíveis a frente da minha mesa.

- Me desculpe senhor eu tentei...

- Tudo bem, Leila. - a impeço de terminar e apenos aceno para que saia e olho para os idiotas a minha frente - O que fazem aqui?

Pergunto levantando a sombracelha enquanto eles brincam com as canetas que estão sobre a mesa.

- Deveria ser mais hospitaleiro primo.

- É, precisa arranjar uma namorada mas uma que te faça ficar menos chato.

- Não preciso de nada e vocês não deveriam estar aqui. - digo me levantando para ir servir um pouco de whisky. Amo essa bebida.

Nathaniel Salvarote Onde as histórias ganham vida. Descobre agora