Nathaniel Salvarote

Capítulo 10

Emily

Uma semana depois...

O tempo passou como um raio desde aquele insidente no shopping com o bonitão, não contei a ninguém tentei apenas ignorar o ocorrido e desde aquele dia nunca mais o vi é um grande alívio para mim.

Mas não para de pensar nele.

Fica quieto sub.

Hum... talvés.

Mas não me julguem, não é fácil parar de pensar num homem como ele mesmo tendo me proposto aquilo mas não diminue a sua beleza e como a força com que aparece nos meus pensamentos sem a minha permissão.

Avisto a Lizzie e Fernanda correrem como duas condenadas atrás da bola que elas estavam a usar para jogar aqui na praia mas não sei como a bola está a fugir delas.

Uma vez minhas amigas me disseram que eu deveria me aventurar mais e me deixar levar por algumas situações da vida mas acho que fingir um namoro não está na minha lista, ele diz que não a ama mas não acredito nisso.

Essa de apenas querer separar a ex do atual por não acreditar que ele seja bom o suficiente para ela me cheira mais a um ciúme e se não for de amor talvés orgulho ferido por ter sido trocado sei lá.

Vou parar de pensar nisso por enquanto, não é da minha conta.

Me encontro sentada debaixo de um guarda sol bebendo minha água de coco e lendo um livro.

O clima estava bastante agradável hoje e decidimos ver o mar. Estava tão entretida no livro que me assustei quando Lizzie gritou o meu nome mesmo a dois passos de distância.

— EMILY.

— Quer me matar do coração por acaso? — questiono pondo as mãos no peito.

— Você não me ouvia baby. — se defende — Olha coseguimos pegar a bola. — aponta para a mesma que está nas mãos de Fernanda perto do mar que acena assim que olho para ela como se fosse uma criança que acabou de receber um doce.

Acho que deveria ter arranjado amigas normais quem sabe.

— Eu quase tive um infarto porque você queria me contar isso? — ela concorda — Por Deus Lizzie.

— Relaxa, tá muito estressada. — diz — E não se esqueça que sou cardiologista, cuidaria do seu coraçãozinho como muito amor. — ela sorri.

— Tá, tá... O que vão fazer agora?

— Vamos jogar na água, quer vir? — nego — Tudo bem, não se distraia de novo bebê.

— Sim, mãe. — vejo ela fazendo careta e rio.

Ela volta correndo para junto da Fê e as duas malucas entram na água para o seu jogo, balanço a cabeça me ajeitando na cadeira e volto a prestar ateção no meu livro.

Ainda estou a ler " Orgulho e Preconceito" é muito bom.

Romance é sempre bom até os mais tristes podem responder grandes dúvidas amorosas, cada romance so seu jeitinho me emociona um pouco o que me faz acreditar sim num amor puro e verdadeiro.

— O que está lendo?

Retiro os olhos do livro para encarar a voz que me importuna e dou um tapa nos dedos que cutucam na minha barriga.

Me dê paciência senhor.

Por quê não tenho amigos mais... sei lá.

— Um livro. — digo fechando o mesmo e ele faz careta — Tira a mão purpurina.