Capítulo 49

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Nathaniel

Observo perfeitamente quando a minha princesa joga uma bolinha de queijo para cima e a mesma cai perfeitamente em sua boca.

Ela joga de novo e a mesma cai outra vez com perfeição e acabei batendo palmas do seu mini show, ela sorri vendo em minha direção se ajeitando no meu colo com uma perna em cada lado olhando no fundo dos meus olhos como se pudesse ver minha alma.

Confesso que fiquei até um pouco assustado.

Eu conhecia a minha namorada, ela estava inquieta desde ontem, desde que saímos daquela galeria de arte e sei que quer fazer muitas pergunta principalmente saber o motivo de eu ter saído tão irritado de lá.

Ontem quando chegamos em minha casa ela não perguntou nada e todo o caminho foi em completo silêncio, provavelmente respeitando o meu momento e agradeci mentalmente por isso.

- Hum... Nathaniel?

- Sim, princesa.

- Quer me contar o que te deixou tão chateado ontem? - Emily pergunta enquanto suas mãoa brincam com o meu cabelo em um gesto carinhoso, amo quando ela faz isso.

Suspiro fundo.

- Emily...

- Quem era aquela mulher? - pronto, eu sabia que ela tinha reparado mas não quero começar o nosso relacionamento escondendo as coisas por mais que não queira falar sobre isso.

- Ela se chama Elisa, e é a mãe da Vanessa. - digo e ela se endereita no meu colo parecendo levemente nervosa.

- Foi ela que deixou você naquele estado? - apenas concordo com a cabeça passando as mãos pelas suas coxas nuas - O que ela disse?

Respiro fundo fechando os olhos rapidamente e quando os abro encontro um olhar cheio de confiaça e ternura.

- Ela me culpa por ter arruinado a vida da filha. Elisa, diz que por minha culpa a Vanessa terminou com o John porque segundo ela dei esperanças a mesma. - sorri sem humor - O que mais me irritou foi...

- Foi?

- A maneira que ela se referiu a você. - respiro fundo mais uma vez só de pensar já sinto uma raiva crescendo dentro de mim.

- Pode me dizer o que for. - ela diz mesmo com a voz apreensiva.

- Ela se referiu como se você fosse... fosse uma mulher qualquer, foi tão nojento ela tentar te rebaixar para enaltecer a filha e ainda se diz feminista, pura hicocrisia da parte dela. - digo e ela se remexe levemente incomodada.

- Agora entendo o motivo dela ter me olhado de uma maniera tão estranha. Mas a culpa não é sua, eu sei que o nosso acordo trouxe muitos estragos mas de longe se via que a Vanessa não sentia nada pelo John e a mãe dela mas do que ninguém sabia disso.

- Mas...

- Meu amor, não tem mas, a culpa não foi sua. Ela sempre quis ficar com você. - ela diz e um sorriso aparece nos meus lábios.

- O que disse?

- Que você não tem culpa e que ela...

- Não, não. Antes disso, do que me chamou?

- Meu amor, eu chamei você de meu amor. - ela diz sorrindo e é como se a porra de tudo o que estava a sentir sumisse e no meu mundo perfeito apenas existe ela - Do que você está rindo?

- Adorei ouvir isso da sua boca. - digo depositando um beijo em seus lábios a fazendo rir quando ela coloca as suas mãos em volta do meu pescoço.

- Então se prepare porque o senhor vai ouvir com muita frequência.

Nathaniel Salvarote Where stories live. Discover now