Capítulo 15

633 55 3
                                    


Emily

Finalmente chegamos ao restaurante, depois de longos e aborrecidos minutos., Nathaniel estaciona e descemos do mesmo, paro ao seu lado para observar o lugar de fora que já aparenta ser muito sofisticado.

O que você queria? O homem é rico, não iria para qualquer lugar.

Começamos a andar lado à lado, pude perceber que na entrada tinha alguns jornalistas então me atrevi e segurei a mão dele entrelaçando os nossos dedos, olhou para mim sem entender e eu movimentei a cabeça sutilmente para que ele percebesse que tinha jornalistas no local e longo entendeu.

Continuamos a andar e nos é tirada algumas fotos assim que os josnalistas notaram nossa presença, eles bem que tentaram fazer algumas perguntas mas ignoramos seguindomcaminho.

Entramos no local e a recepcionista nos leva até a nossa mesa, assim que paramos na mesma nos soltamos e ele afasta a cadeira para que eu me sente, depois disso ele faz o mesmo.

Olho para a minha mão por cima da mesa e ainda consigo sentir o calor da sua mão na minha. Balanço a cabeça para afastar isso.

Tenho que parar de sentir coisas quando estou perto dele mas é quase impossível, esse homem vai acabar comigo.

Pegamos nos cardápios e começamos a ver algo para que podessemos comer, o cheiro da comida inundava o ambiente e combinava perfeitamente com a decoração sofisticada do local, muito chique.

Depois de fazermos os nossos pedidos nos encaramos por um bom tempo até que desviei o olhar, parece que temos que começar com algum assunto não?

- Vejamos. - começa - Me fale um pouco mais sobre você.

- O que quer saber? - digo e ele me encara, os olhos que estavam intensos agora se encontram frios, ele se apoia na mesa e me analisa por alguns segundos e respira fundo como se ele não quisesse estar ali, mas foi ele que sugeriu o acordo.

Mas não te obrigou a aceitar.

Tá, devo arcar com as consequências dos meus atos impulsivos que nem sabia que tinha mas ele parece não estar de bom humor por isso não vou abusar.

- Me diga coisas simples, que eu preciso saber caso alguém pergunte para não levantar suspeitas. - endereitou-se dizendo a última parte baixinho apenas para que eu escutasse.

- Certo... - passo a língua nos lábios e cruzo as pernas por baixo da mesa - Gosto muito de ler, principalmente romances, flores e chocolates, tocar piano, minha cor preferida é o preto, não bebo nada que tenha álcool, fiz paisagismo na faculdade...

- Fez paisagismo? - acenei - Já trabalhou na sua área? - neguei - Você terá que ir a empresa.

- O quê que eu faria lá?

- Ficaria comigo, é minha namorada e se eu bem me lembro uma das regras é que você tem que ir onde eu pedir, ou seja, você faz tudo o que eu quero. - diz grosso.

- Isso é porque ela trabalha lá não é mesmo? - me encara de novo com aquele olhar frio - Tudo bem... - respiro fundo - Não me disse nada sobre você.

- A única coisa que precisa saber é que sou alérgico a morangos, o resto você descobre com o tempo. - diz e eu aceno.

Não adianta prolongar o assunto, ele não quer conversar, pelos vistos nem amigos seremos já que ele não me dá espaço, parece que está a agir de uma maneira completamente diferente, ele não parece nada com o homem que normalmente me irrita ou o que me pediu desculpas na praia, até parece outra pessoa.

E o que você esperava Emily?
Ele está aqui apenas para causar ciúmes numa mulher, mentalize isso.

Os nosso pedidos chegaram e começamos a comer, não trocamos mais nenhuma palavra e estava meio desconfortável, se ele quer que as pessoas acreditem que no máximo estamos apaixonados tem que agir de uma maneira um pouco mais carinhosa nem que for poucas vezes.

Nathaniel Salvarote Onde as histórias ganham vida. Descobre agora