Nathaniel Salvarote

Capítulo 16

Nathanel

Segunda Feira...

- Pode me passar a agenda, Leila. - digo me apoiando pelos cotovelos na mesa.

- Por agora o senhor tem que assinar esses documentos e depois analisar o projecto para o novo hotel do sr. Ross, perto da hora do almlço o senhor tem uma reunião com alguns investidores e depois uma palestra com os arquitetos iniciantes na universidade Harver.

- De novo essa palestra? - acena concordando - Tudo bem, o Lucas já chegou?

- Não, senhor.

- Quando ele chegar diga que quero falar com ele. - acena novamente e sai.

Começo a organizar os documentos para poder ler afim de assinar tudo para terminar o mais rápido possível e ir para a tal palestra que venho adiando sempre, amo meu trabalho mas essas palestras me cansam muito e meu vice presidente não consegue nem desempenhar o meu papel lá.

Emily vem a empresa hoje e eu estou estranhamente ansioso por isso, ontem no almoço a tratei com muita indiferença mas precisei fazer isso eu não quero que ela crie laços comigo, vamos manter a pose de casal apaixonado para todos mas não precisamos ser amigos.

Esse acordo é um jogo muito perigoso e ela pode facilmente se apaixonar ou pensar algo que não existe, temos um objetivo com isso e as coisas são claras para ambos mas as vezes ela parece inocente demais e tem algo nela que me intriga.

Quando pegou a minha mão senti algo diferente, não sei explicar mas nunca senti nem mesmo com a Vanessa, o me deixou muito surpreso já que também senti no dia em que minha mãe nos apresentou, por isso tenho que afastá-la mesmo com o acordo de pé, eu construi muitas barreiras ao longo dos anos e não vou deixar que nada as derrube.

Ouço batidas na porta e vejo o rosto do Lucas, me encosto na cadeira e ele entra sem a minha permissão.

- Sentiu saudades amigo? - reviro os olhos enquanto ele se senta. - O que você quer?

- Bater em você. Por que não foi aquela palestra que pedi?

- Então é isso... sabe Nathaniel, se eles quisessem a minha presença pediriam e você é muito melhor nessas coisas. - me encara com um sorrisinho de canto - É hoje que vou conhecer a cunhadinha? Liam me falou muito dela.

- O que ele falou exatamente?

- Que é muito linda, meiga, simpátoca e que é muito fácil gostar dela, também disse que podia facilmente conquistá-la. - travo o maxilar levemente irritado.

Como assim conquistá-la?
Vai fazer merda nenhuma.

- Não chegue perto. - seu sorriso aumenta.

- Fica calmo, não farei nada enquanto estiver com você mas quando o vosso acabar não posso prometer...

Eu conheço o Lucas, estudamos juntos e nos tornamos muito amigos, melhores amigos, tanto que decidi que ele seria meu vice presidente, foi ele também que ficou a frente da empresa quando fui para Itália além de ter seus próprios negócios, o conheço o suficiente para saber que não faria o que está fazendo, ou seja, ele só quer me irritar e parece que está conseguindo.

Não gostei nada de ouvir ele a dizer isso, tal como não gostei da estúpida sensação que senti.

Mio Dio, vou enlouquecer.

- Deveria relaxar irmão, não faria nada que prejudicasse o seu relacionamento. - reviro os olhos - Comprou as alianças?

- Sim, Liam não parava de me incomodar por causa disso, fui a uma das melhores joalharias e escolhi um dos melhores.