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08 de outubro de 2009

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08 de outubro de 2009.

Takemichi olhou para cima de onde estava entre as coxas pálidas e marcadas por sucções de sua boca, apertou o quadril com ambas as mãos para mantê-lo no lugar enquanto o corpo abaixo de si se contorcia buscando mais do que Takemichi lhe dava, prazer.

Os cabelos do Hanagaki foram agarrados com força, sua cabeça pressionada contra a virilha enquanto algo quente jorrava em sua garganta. O de olhos azuis se afastou após um momento, erguendo o tronco e encontrando os olhos de obsidiana cansados e satisfeitos.

Takemichi se ergueu em um rompante, arfante e suado, o corpo tremendo em excitação e os olhos arregalados. Alarmado, o moreno jogou o corpo para fora da cama e calçou o coturno de qualquer jeito, ao descer a escada de sua cama agarrou a chave da moto. A passos rápidos foi até o elevador de serviço sabendo que ele era mais rápido do que de moradores. Cumprimentou com um manear de cabeça uma senhora que estava, provavelmente, chegando no trabalho agora.

A mulher o devolveu o cumprimento um pouco alheia, mas logo arregalou os olhos e deu um passo para trás. Takemichi não podia julgá-la em nenhum momento, então apenas deixou as mãos visíveis e ficou o mais imóvel que poderia mesmo que seu desejo fosse extravasar energia. Se arrependeu momentaneamente pelo impulso de sair sem se arrumar. Estava sem camisa – e suas tatuagens lhe cobrindo quase todo o tronco não lhe dava muito crédito –, com uma calça de moletom e com o pau duro.

Na melhor das possibilidades a mulher poderia pensar que ele era um vagabundo tarado que conseguiu entrar no prédio. Na pior, ele esperava conseguir explicar para a polícia que apenas teve um episódio noturno, infelizmente, comum em sua vida, e não era um estuprador. Mas algum Deus lá em cima se comoveu com sua situação o suficiente para as portas se abrirem sem ocorrências. Chegar em sua moto após isso não levou minuto completo.

Era próximo das quatro da manhã se enorme relógio perto do semáforo estivesse certo, mas as ruas de Kanto não paravam por qualquer hora que fosse. E enquanto, milagrosamente, Takemichi parava no sinal vermelho, o motivo de ter saído de casa tão apressadamente retornou.

— Você sempre acaba comigo, raposinha — Mas não era isso que os olhos negros diziam. Eles gritavam amor, o afeto dançando naquele abismo.

Takemichi piscou atordoado voltando a realidade com a buzina de um carro. Ergueu o punho e mostrou o dedo do meio para trás antes de arrancar com a moto, dessa vez não voltando a parar em nenhum semáforo.

Era sempre assim, saindo de casa em horários absurdos apenas para ignorar o elefante na sala que esse sonho foi em sua vida durante longos anos. Era um segredo. Um dos sujos. Um que Takemichi tinha certeza de que levaria para o túmulo com ele, já que não confiava nem mesmo nas paredes de seu quarto para resolver o probleminha que ficava entre suas pernas após os sonhos.

O problema não era ser um sonho erótico, mas sim que esse sonho em específico se repetia constantemente, a primeira vez que o teve tinha seus 13 anos, antes de sequer saber direito como usava o pau, antes de toda bagunça de viagem do tempo acontecer. Ele ficou anos sentindo uma vergonha absurda por se sentir tremer de excitação por um sonho quando tinha uma namorada como Hinata ao lado, uma mulher que apesar de amar não causava metade desse desejo.

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