044. DONO.

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Joaquín Piquerez

Quando Bruna me respondeu que sim, que é verdade que ela e o Lewis já ficaram, meu ciúmes só aumentou, e deu espaço pra uma raiva que eu nunca senti.

Pra piorar estamos engarrafados por causa da chuva que decidiu cair bem na hora da gente ir embora. O carro está em silêncio, tão silencioso que eu escuto meu coração martelando rápido de raiva.

– Você pretende ficar assim até quando? — Bruna me pergunta e eu não respondo. – Fala sério, não tem coisa mais imatura do que sentir ciúmes do passado.

¿Soy inmaduro? (Eu sou imaturo?) — entreolho pra ela.

– Não. Mas está agindo como um. — cruza os braços. – Aquele papo de ser sempre abertos um com outro não vale mais então? Eu devia ter mentido?

Fico em silêncio, não sei o que responder. E pela raiva que eu estou, provavelmente falaria alguma merda.

A fila de carro na minha frente anda um pouco, mas logo em minutos para de novo, me fazendo soltar um palavrão em espanhol. Consigo ver Bruna revirar os olhos.

Me puse celoso. (Eu fiquei com ciúmes.) — aperto o volante e fixo meu olhar no carro a minha frente. – Y cuando confirmaste que te quedaste con él, me enojé aún más. (E quando você confirmou que ficou com ele, fiquei com mais raiva ainda.)

– Sem necessidade alguma Piquerez, eu tô com você agora.

Conozco a Bruna, pero maldita sea... (Eu sei Bruna, mas caramba...) — olho em sua direção. – No quiero que nadie te quiera. Tenías que ser sólo mía. (Não quero ninguém te desejando por aí. Você tinha que ser só minha.)

Bruna franzi o cenho, parecendo pensar no que eu acabei de dizer. Mas logo um sorrisinho de canto saí dos seus lábios.

– Amor, não é assim que funciona as coisas. — ela destrava o próprio cinto. – Olha pra mim... — pede. E eu olho da cabeça aos pés. A saia preta apertando suas pernas, a blusa branca transparente em seu corpo pela chuva que tomamos, alguns botões da camisa abertos... Caralho, que inferno. – É meio difícil pras pessoas né!?

Viro o rosto prestando atenção na rua de novo e ignorando o que ela diz.

– Mas sabe de uma coisa... — insiste, agora seu corpo está mais perto do meu e a mão por baixo da minha camisa faz minha respiração falhar. – Acho que eu não fui clara o suficiente com você. — com a outra mão ela acaricia minha nuca.

¿Como asi? — olho em sua direção.

– Quando eu disse que era sua. — franzi o cenho. – Era brincadeira, não sou de ninguém... — meu maxilar trava e meus dentes roçam um no outro pela raiva que essa frase me faz sentir. – Pelo menos não antes que você me prove ao contrário.

A mesma mão que estava na minha barriga desce até o zíper da minha calça. Bruna passa a mão por cima do meu pau que já está do jeito que costuma ficar quando ela tá do meu lado.

¿Que estás haciendo? — seguro sua mão.

– Por que? Acha que eu tô maluca?— pergunta em tom debochado.

A mão dela solta da minha e ela lambe a ponta de cada dedo enquanto olha pra mim.

Dios mio... — fecho os olhos e jogo minha cabeça pra trás. Termino o serviço que ela estava fazendo e coloco meu pau pra fora da calça. – Ven Bruna, termina lo que empezaste. (Vem Bruna, termina oque começou.)

𝐒𝐄𝐌 𝐀𝐌𝐎𝐑. - 𝐉𝐎𝐀𝐐𝐔Í𝐍 𝐏𝐈𝐐𝐔𝐄𝐑𝐄𝐙. (EM PAUSA)Where stories live. Discover now