Capítulo 53

1.2K 88 49
                                    

Amanda Meirelles

Na atual situação que eu estou, a melhor solução é realmente ir para Curitiba, assim não romperei a porra do contrato com a team Figueiredo e nem me manterei no Rio perto dele.

-Tá, eu acho que vai ser bom esse tempo em Curitiba. Eu preciso esfriar a cabeça e começar a pensar nessa criança.

-Ótimo! Amanhã mesmo a gente embarcar. –Fred responde animado me abraçando.

-Eu só tenho um pequeno porém pra essa idéia. –Larissa fala vindo da cozinha.

-Qual, amiga?

-Você precisa começar um acompanhamento com obstetra urgente, Amanda. Você é medica e sabe melhor do que eu o quanto isso é importante, sem contar que você precisa saber primeiro se você pode pegar vôo. Ainda não sabemos nada de como é essa gravidez, Amanda.

-É, ela tem razão. –Fred me encara preocupado.

-Pior que eu sei que tá, eu realmente preciso procurar um medico antes.

-Você marca uma consulta amanhã pela manhã, se estiver tudo bem, embarcaremos a noite.

-Ótima idéia, Fred.

-Mas só se o medico liberar, ninguém vai colocar a vida do meu afilhado em risco.

-Afilhado? –A indago sorrindo.

-Claro! Quem mais poderia ser madrinha dessa criança?

-Eu tenho uma lista imensa, Bruna, Victoria, Ana. –falo tentando conter minha risada ao ver sua expressão de irritação.

-Você não me testa, Amanda Meirelles. Eu roubo essa criança de você.

-Você não teria essa coragem, Larissa Santos.

-Dúvida pra você ver. –Ela responde e logo caímos na gargalhada. –Pelo menos eu consegui arrancar uma risada de você.

-Obrigada! Eu não sei o que eu faria sem vocês dois comigo, obrigada, de verdade! –Abraço os dois, chorosa.

-A gente vai tá sempre com você, coisinha pequena. –Fred fala implicando.

-É isso aí! Que tal irmos lá pra casa, eu não aceito não como resposta.

-Até porque, a gente não vai deixar você dormir sozinha. –Fred complementa.

-Sim, a gente vai lá pra casa, você dorme comigo e o Fred dorme no quarto de hospedes, olha que lindo!

-Ei! –Ele esbraveja nos fazendo rir.

-Tudo bem! Eu vou. Mas eu durmo no quarto de hospedes, nem pensar em deixar o Fred longe de você, ele fica insuportável no dia seguinte, parece até que é dependente.

-E sou mesmo, acha que eu me casei por quê?

Apesar de tentar focar minhas energias no meu filho, pensar em coisas boas e me manter calma, não consigo.

Minha mente girava em torno do Antonio. De tudo que eu havia escutado naquela maldita sala, do seu olhar em mim, na chance de ver essa criança nascer sem ele. Tudo isso fazia meu coração apertar, mas eu tentava me manter calma e tranqüila.

No dia seguinte Larissa e Fred me levaram para fazer os exames e a consulta e apesar de está extremamente feliz pelo o apoio dos meus amigos, ainda havia um aperto no meu peito por saber que ele não estava aqui, comigo.

-Então mamãe, tá tudo bem com essa criança, tá tudo ótimo com você, agora é só começar o pré natal e fazer o acompanhamento certinho, combinado?

love and hate Where stories live. Discover now