Capítulo 46

728 79 72
                                    

Antonio Cara de Sapato

Por mais eu soubesse que tudo que a Amanda havia falado era verdade, havia me incomodado.

Acho que na real, eu nunca havia encontrado alguém como ela. Que não se impressione com a minha posição financeira, não tenha medo de me enfrentar, ela bate de frente mesmo caso esteja certa e isso ao mesmo tempo em que me encanta, ás vezes tira do sério.

Mas é impossível ficar com o mínimo de raiva daquela mulher, se minutos antes eu não tava nem lhe olhando direito, no momento seguinte eu estava dentro dela á confessando algo que eu escondia a sete chaves.

Eu morro de medo de perder ou ter que dividir ela.

Após nossas confissões, voltamos a nos beijar com os corpos ainda em chamas.

-Melhor a gente parar aqui, se não, ficaremos aqui o resto dia. –Ela fala encerrando o beijo.

-Tem razão. –Levanto-me com um sorriso imenso no rosto.

Após alguns minutos, saímos encontrando a família reunida ao redor de mesa repleta de comida.

-Achei que teríamos que arrancar vocês do quarto. –Helena fala bem humorada vindo me abraçar.

-Desculpem-nos. Acabamos dormindo demais.

-Sem problemas! Tem café fresquinho, bolo, fiquem a vontade.

-A mãe fez bolo de cenoura com chocolate, é uma delicia.

-Desse jeito vou ficar mal acostumado. –Falei me sentando a mesa.

-E eu também.

-É bom que vocês vão querer voltar aqui sempre e será um prazer receber meu filho e minha nora aqui. –Ao escutar a fala da minha mãe, encaro a Amanda sorrindo.

Se tem uma coisa que Wilma e Helena tem em comum, é a vontade de ter Amanda como nora.

Amanda Meirelles

A tarde foi uma delicia. Eu amo a sensação de família toda reunida na mesa, vários falatórios, sou completamente apaixonada por isso.

Após o café, Joaquim um dos filhos de coração de Helena, sugeriu que fossemos andar a cavalo e o que a principio parecia uma idéia incrível pra mim, depois foi piorando, porque eu descobri que sou péssima nisso.

De longe escuto a gargalhada de Antonio que me encara mais na frente andando tranquilamente em seu cavalo.

-Se você não parar de rir agora, eu juro que eu te derrubo daí. –Grito e ele gargalha apressando o animal.

-Se você conseguir me alcançar. –Debochado.

Mesmo com medo, apresso o animal o qual estou e tento lhe acompanhar, o que não foi difícil, já que ele decidiu me esperar. 

-Que pôr do sol lindo! –Comento me aproximando dele e completamente admirada com a vista.

-Ali tem um lagoa, quer descer e apreciar a vista?

-Não é perigoso?

-Elias disse que não.

-Então vamos, mas você vai precisar me ajudar a descer disso aqui. –Ele rir de mim mais uma vez e desce vindo me ajudar.

Enquanto ele termina de amarrar os cavalos, sento-me a beira da lagoa sentindo uma sensação de paz tomar conta de mim e não demora muito para que ele se aproxime me envolvendo em seus braços.

love and hate Where stories live. Discover now