Capítulo 11 - Invasão a Onigashima

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Horas depois…

—Virem o leme a todo bombordo! — Ace pede, enquanto juntos evaporamos as ondas que tentavam adentrar o navio.

Me precipitei ao julgar que o mar só estava turbulento lá embaixo, e a tempestade que estamos enfrentando deixou isso bem claro. Mesmo vestindo minha capa, estou completamente ensopado.

Os trovões ecoam ao nosso redor, enquanto a chuva cai em cascata. O vento sopra com uma força tremenda, sacudindo o navio como se fosse uma folha no oceano.

—Os céus não estão a nosso favor! — comenta Deuce, segurando-se no convés enquanto o navio balança.

—Parece que não! — respondo, segurando firmemente a amurada do navio. —Amarrem-se e segurem o que puderem!

Todos nós nos agarramos ao convés, enfrentando a fúria da tempestade. O navio é lançado para cima e para baixo pelas ondas gigantes, e cada momento parece uma luta desesperada pela sobrevivência.

[…]

Horas parecem passar enquanto navegamos, até que finalmente vemos um vislumbre de terra à distância. Ainda estou na forma de Ace, usando nossas chamas para impulsionar o navio.

—Ela tá ali! — exclama Banshee, apontando para a ilha.

—Finalmente! — o capitão comemora.

Onigashima é dominada por altas montanhas, envoltas em névoa, e a sensação de perigo paira no ar.

Em sua entrada há um pequeno portão tradicional que parece servir de base para nossos inimigos, o torii. Provavelmente, estava ali para monitorar quem entrava ou saía.

O detalhe que mais chama minha atenção é uma enorme formação de rochas no formato de um crânio com chifres, tão grande que era possível ser vista de longe.

Nos aproximamos perigosamente da costa, e conseguimos impedir o navio de bater nas rochas. Com perícia, atravessamos as águas turbulentas até um ponto de ancoragem seguro na costa da ilha.

À medida que desembarcamos, podemos ver que a tempestade continua rugindo ao nosso redor, mas estamos a salvo por enquanto.

—Nunca pensei que veria um lugar tão sinistro quanto o Triângulo Florian… — digo com uma pitada de apreensão na voz.

—Acho que aqui fica em segundo lugar — comenta Ganryu, olhando em volta com cautela.

—Em terceiro… — Deuce considera. —Vocês nunca entraram na cabine que divido com Ace.

O comentário me faz rir, e modelo de volta à minha forma original. Ace revira os olhos.

—A julgar pela aparência, acho que não seremos bem-vindos aqui — Mihar acrescenta.

A sensação de que estamos entrando em território inimigo só cresce.

—Fiquem alertas, pessoal. Vamos encontrar essas crianças e trazê-las de volta em segurança — ordena Ace, sua determinação inabalável.

Seguimos em frente, nossos passos ecoando em um silêncio perturbador. Não vemos nenhum sinal das crianças sequestradas ou dos Piratas Fera, mas sabemos que precisamos continuar nossa busca.

Precious Memories: Em ChamasOnde as histórias ganham vida. Descobre agora