Nossas Ambições.

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Karina.

O doutor me levou ate a sala onde o Escorpião estava, ela é tão bom poder ver ele depois de tanto tempo sem um toque.

Escorpião: você esta bem? - Ele falou limpando as lágrimas do meu rosto com a palma de sua mão. - eu estava com tanta saudades suas, Karina. me perdoa por ter deixado tudo isso acontecer com você e não poder fazer nada pra impedir.

Karina: voce não tem que me pedi perdão por nada. - dei um sorriso acariciando seu rosto. - eu estou bem. - não conseguia para de encara-lo.

Escorpião: eu não sei se vamos conseguir encontrar a Clarice de novo.. - ele parecia estar com medo.

Em todo esse tempo era a primeira vez que eu via ele duvidar de algo que ele poderia fazer.

Talvez o Marcos não esteja pegando tão leve com ele igual ele me contou.

É claro o medo que está nos seus olhos.

Eu nunca vi ele com tanto medo igual agora.

Karina: não fale assim. - o puxei para mais perto de mim. - Clarice é nossa filha, você é um cara muito forte não pode desistir agora.

Doutor: eu sinto muito por atrapalhar a conversa de vocês dois, eu sinto muito mesmo. - o doutor se intromete. - Eu só preciso que vocês fiquem atentos para quando eu falar, não podem ficar com o corpo mole porque vocês vão ter que correr.

Karina: correr? - perguntei o encarando.

Escorpião: doutor, tá sabendo de alguma coisa que a gente não sabe? Tirando todo esse esquema.

Doutor: eu sei que o fiz sofrer muito escorpião, sei que não consegui fazer com que o Marcos não te maltratasse tanto, mas acho que hoje é o dia de eu pedir perdão por tudo que eu deixei vocês passarem na mão dele.

Karina: não estou entendendo. - me levantei do chão junto com o escorpião que o encarava.

Quando o doutor estava pronto para me responder conseguimos escutar tiros e gritos de dor.

Doutor: tomem isso - ele jogou uma chave para o escorpião que agarrou. - e um carro logo depois da porta que vocês vão passar, entre nesse carro e não pense em duas vezes antes de fugir daqui.

Karina: você ta brincando né ? - falei mas antes que ele me respondesse sentir meu corpo ser puxado e levado pra fora daquela sala, junto com o escorpião que corria sem direção alguma. - você tá maluco? Ele pode tá armando pra nós dois. - gritei tentando fazer ele para de correr.

Escorpião: e porque ele faria isso? - Ele me respondeu e conseguimos enxergar um carro em nossa frente. - entra nesse carro, Karina.

Karina: escorpião, eu quero isso mais do que você, Mas a gente não pode se arriscar desse jeito e se for uma armadilha ? - perguntei segurando a maçaneta do carro e vendo ele me encarar.

os tiros aumentavam cada vez mais, era agoniante aquele barulho de tiro e de gemidos.

- ENTRA NESSA MERDA ESCORPIÃO, EU CUIDO DISSO! - escutei alguém gritar e quando olhei pra frente pude ver um homem alto, branco e todo tatuado nós encarando.

Ele tinha uma arma na mão e não parava de atira nos caras que estavam vindo em nossa direção.

Escorpião: Escobar? - Ele o encarou sem entender.

Karina: entra. - falei vendo que não parava de aparecer homens do Marcos ali.

Entramos no carro e o escorpião meteu marcha.

Minha respiração tava muito ofegante, talvez você não tenha sido a melhor escolha que a gente poderia ter feito.

E se o Marcos estiver com a minha filha?

Como é que eu vou ver ela de novo?

eu respirava fundo e tentava falar alguma coisa, mais não saia nada.

Escorpião: não sei como o Escobar nos encontrou, mais pode ficar tranquila que isso é algo bom. Talvez ele saiba onde esta nossa filha, Karina. - escorpião falou colocando sua mão na minha coxa.

Karina: e se ele não tiver com nossa filha? E se quem tiver com a Clarice for o Marcos, Escorpião? Oque a gente vai fazer? - Eu estava tentando manter a calma, mais não conseguia.