Nossas Ambições.

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Escorpião.

Três dias depois...

Tava complicado as coisas aqui no morro, o Marcos sumiu e a casa de prostituição ta uma sona so.

As meninas não sabem se fogem ou se continuam esperando pela volta dele.

Elas não sabe qual é a opção melhor, se elas fugirem ele pode matar se encontrar, e se elas ficarem elas vão ser sempre dele.

Nenhum sinal do Paulo também, depois daquele dia ele deu sumiço no mapa.

A gente tentou hackear, voltamos lá naquela casa e nada de ninguém.

Também não sei nada sobre a Milena, não sei se ela tá viva e também não quero nem saber.

Por mim, eu mesmo matava ela.

A Karina tá melhorando cada dia que passa, até agora não conseguimos ver o neném e parece que vai demorar um pouco mais pra isso acontecer.

Os doutores não querem que a gente passe bactérias pro recém nascido, eu até entendo essas paradas todas.

O problema é a karina que não aguenta mais ficar longe da filha, ela quer conhecer.

Eu não julgo é a mãe, só ela sabe o que ela tá sentindo nesses momentos.

Ela continua insistindo para a gente ir para longe, eu tô quase caindo na dela.

Karina: Doutor, que eu não posso ver a minha filha nem por um segundo? - Karina choramingava.

Doutor: Eu não quero ser uma pessoal mal, Karina. Mas você precisa seguir com as ordens daqui do hospital, eu não posso te deixar ver a sua filha até que ela esteja preparada para isso.

Escorpião: Parada chata essa ai, doutor. - falei fechando a cara.

Karina: Eu tenho todo o direito de ver ela, desde quando ela nasceu eu não vi o rostinho dela.

Doutora: Licença. - uma doutora falou entrando na sala. - eu não quero ser deselegante, mas eu consegui escutar toda a conversa de vocês. - Ela falou meio que rindo. - eu consegui fazer com que você possa dividir o quarto com a sua filha, Karina.

ela disse e eu pude ver o sorriso no rosto da Karina crescer.

Karina: Oque ?! - Ela quase gritou. - isso é verdade doutora ? - Ela levantou da cama quase sem forças.

Doutor: Karina! Continue na sua cama. - o doutor falou rude com ela que voltou para cama.

Escorpião: Não grita com minha mulher não, palhaço. - falei vendo ele ficar no canto dele.

Doutora: É verdade sim. - a doutora voltou a falar. - ela ainda não está 100% bem, Mas isso é normal pois ela não teve o parto adequado. - a doutora tinha um sorriso no rosto - você não vai poder pegar ela no braço por enquanto, Mas eu creio que isso já é muita coisa né.

Karina: Ta brincando? Eu estou muito feliz com essa notícia doutora! - Karina falou toda sorridente e eu deixei um sorriso escapar também.

A doutora saiu junto com o doutor, deixando apenas eu e a Karina na sala.

Ela tava tão feliz que transbordava pelos olhos dela e pelo sorriso.

Escorpião: Que bom que as coisas estão dando certo por aqui, né? - falei coçando a nuca e indo até ela.

Karina: Vamos poder dar um nome finalmente pra nossa filha, isso é tão bom. - ela deu um sorriso sincero.

Escorpião: ai, você acha que um dia a gente vai poder dar um futuro bom para ela? - Falei meio que sem jeito.

Eu tava ligando aqui agora eu tinha uma responsabilidade muito grande, agora eu tenho uma família querendo ou não.

E sei que tem gente atrás dela.

Essa porta de vida é complicada, quando eu entrei para o crime eu não pensei que iria arrumar uma família.

A única pessoa que eu tinha obrigação de cuidar era a Milena, e ela virou as costas para mim.

Como será que eu vou ser como um pai?

Eu não consegui nem ser um bom irmão.

Karina: Claro que vamos, a gente só precisa ir embora desse lugar. - ela falou com toda autoridade. - não importa quem a gente vai deixar para trás, a gente tem que pensar no melhor para nossa filha.

Escorpião: oque você acha de Esmeralda? - eu falei vendo ela rir da minha cara. - qual foi? - perguntei boladão já

Karina: Nem pensar que você vai chamar minha filha de Esmeralda. - ela falou rindo bem alto. - que nome é horrível!

Escorpião: Ta louca? - falei sério. - Ah eu acho o nome dahora mano! - Ela continuava rindo.

Karina: Oque você acha de Clarice? Ou clara? - Ela perguntou me encarando.

Escorpião: Clarice. - falei pensativo. - eu gostei.