Nossas Ambições.

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Karina.

Era de manhã, acho que quase dez horas. Eu ainda estava no hospital, ficarei aqui por alguns dias até que eu possa ver minha filha.

O escorpião tava dormindo no sofá da sala, todo torto. Ele nem sequer cabia nesse sofá pequeno de hospital, mais ele fez questão de ficar a noite toda por aqui comigo.

A porta de abriu, dando a visão de Carol com a Larissa e o Lucas logo em seguida.

Carol: Bom dia. - Carol falou vindo até mim e beijando minha testa, ela tinha um sorriso enorme no rosto.

Karina: Bom dia amiga. - Sorri pra ela. - Oi Lucas, Lari. - Sorri para os dois que estavam perto de mim.

Carol: Ele deve está bastante cansado né? - Carol falou se referindo ao escorpião que continuava no sono pesado dele.

Karina: Esta sim, Mas eles muito teimoso e preferiu ficar aqui do que ir para casa dormi.

Lucas: Ta louca é? O Paulo ainda está vivo, o Marcos nem sonha que você tá aqui. E ninguém tem nenhuma notícia da Milena.

Carol: É amiga, ele tá mais aqui certo de ficar perto de você. Até isso tudo ser resolvido você não está seguro em lugar nenhum.

Eu não sabia mais o que fazer, não dá para viver correndo deles.

"Você vai morrer"

"Vou te ver sangrar até a morte, vadia"

Sentir minhas lágrimas escorrerem e uma dor muito forte preencher o meu corpo.

Comecei a chorar desesperadamente.

Carol: Ei amiga, calma. - Carol falou tentando me acalmar mas era impossível.

Eu não conseguia parar de chorar por nada e minha mão começou a tremer.

Lucas: O Escorpião, tua mulher ta tendo um treco aqui, acorda pô. - Lucas falou balançando escorpião que levantou na hora.

Escorpião: Que? - ele falou meio deslocado. - pô preta, tá chorando porque ? - ele falou vindo na minha direção e segurando minha mão. - chora não, tu fica feiona. - ele falou fazendo todo mundo rir.

Karina: Não quero ficar aqui, eu quero ir pra muito longe de tudo isso. - falei vendo todos eles se olharem.

Carol: Amiga, isso não é possível.. - Carol falou me encarando.

Eu sabia que ela tava com medo de ficar sozinha aqui no morro, a única pessoa que ela tem sou eu.

E se eu for pra longe, ela fica sozinha sem ninguém.

Escorpião: Pô, Carol tem razão. - ele falou apertando a minha mão e me encarando. - tu sabe que eu tenho os bagulho para resolver ainda.

Karina: Você disse que largaria tudo isso por mim, Escorpião. - Falei chorando. - então faça isso, por mim e pela sua filha. - implorei vendo ele negar.

Escorpião: Eu faço pô, mas antes eu tenho que acabar com todo mundo. - ele soltou minha mão se afastando.

Karina: Não, eles nunca vão achar a gente se a gente ficar muito longe. - Eu tentava achar alguma solução.

Mas parecia que ninguém naquela sala tava querendo me escutar, parecia que eles queriam continuar com essa guerra toda.

Lucas: O Karina, tu não tá entendo oque ele quer dizer pô.. - Lucas tenta falar mas Eu o atrapalhei.

Karina: Não Lucas, vocês todos que não estão querendo me entender. - limpei minhas lágrimas me apoiando na cama. - para que continuar toda essa guerra se vocês podem simplesmente ir embora ?

Escorpião: tu ainda nem se recuperou pô, para de ficar se preocupando com essas coisas. - Ele me encarava. - Eu sei a hora e o momento certo que a gente deve ir embora daqui.

Karina: Você quer tudo do seu jeito, eu não posso ficar correndo risco com a minha filha. - Gritei.

Carol: Cara, tenta se acalmar um pouco. - Carol falou tentando se aproximar. - o escorpião tem razão, você precisa se recuperar e a sua filha também. Não tem como você viajar! A sua filha tá dentro de um incubadora, e ela só vai sair daí quando ela tiver bem.

Escorpião: É pô, a Carolina tem razão e tu vai escutar a gente. - Ele falou se sentando no sofá. - eu não posso ir embora até eu acabar com pelo menos um deles.

Lucas: tu tem que entender que eles não são bestas Karina, eles podem te achar em qualquer lugar que você esteja.

Karina: Não se eu for pra muito longe. - Falei quase que com um grito.

Escorpião: Karina, chega! - Ele gritou. - a gente não vai sair daqui!! A gente vai continuar aqui você querendo ou não. Isso não vai decidir é a gente.