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Carol.

Eu não sabia nem oque falar, ela tem razão em tudo que está falando, escorpião não quer ver ela nem pintada de ouro e pra ele, ela morreu a muito tempo.

Carol: eu sinto muito. - Respondi e respirei fundo. - você buscou por isso. - Falei e vi ela da um sorriso.

Matheus: ja se passaram dez minutos, Milena. - Ele gritou me assustando.

Milena: vai. - ela falou me empurrando e eu corri com as meninas abrindo a porta, sair daquele hotel e entrei dentro do carro.

Estava tentando saber por onde começar, eu não faço ideia de onde estou, não tenho nem um celular e nenhum mapa.

Carol: se ajeita. - falei com a Larissa que estava se sentando no banco da frente e coloquei a Clarice no colo dela. - vamos lá.

Que Deus me ajude.

Respirei fundo e liguei o carro, assim que comecei a dirigir olhei para trás vendo a Milena subindo as escadas.

Eu nunca tive pena de uma pessoa que merece coisas ruins, mas eu não conseguia querer a morte da Milena.

Na estrada só tinha mato, parecia que aquele hotel foi feito exatamente para essas coisas.

Não tinha nenhuma casa por perto e ninguém na rua, era totalmente um deserto de árvores.

Lari: mãe,onde vamos? - a Larissa falou segurando a Clarice e me encarando. - tô com medo.

Eu também estou com muito medo, isso tá sendo muito fácil e eu tô com medo do que pode vir pela frente.

Carol: ta tudo bem filha, a mamãe vai tentar achar alguma coisa para a gente comer. - falei tentando não chorar e colocando um sorriso no rosto.

Agora eu preciso saber onde eu estou e como eu saio daqui.

A noite...

Eu já tinha andado muito, demorou tanto para eu poder sair daquele matagal todo e conseguir achar uma cidade no meio disso tudo.

Eu descobri que a gente não saiu do Estado de verdade, estamos só em outra cidade e bem distante de onde eu estava morando.

Karina.

Karina: me deixa ver ele, Marcos. - implorei chorando.

Marcos: olha, eu tô sendo muito bonzinho com você não me faz perder a paciência. - Ele falou pegando no meu braço.

Karina: eu faço qualquer coisa, qualquer coisa para que você deixe ele vivo, por favor. - eu implorava segurando na sua perna.

Marcos: qualquer coisa mesmo? - ele perguntou me olhando.

Karina: sim... - Falei.

Marcos: tudo bem. - ele falou me encarando. - Lucas. - ele chamou e quando eu vi o Lucas entrar na sala o que eu podia sentir era ódio e muita decepção.

Lucas: sim? - Ele perguntou o encarando e nem sequer me olhou.

Marcos: mandem cuidar do Escorpião, eu quero ele vivo e inteiro. - ele falou e assim o Lucas concordou saindo.

Karina: muito obrigada. - Falei tentando montar um sorriso.

Marcos: não me agradeça, pois você vai ter que transar comigo quantas vezes eu quiser até que eu queira deixar vocês irem embora. Seu marido vai ficar vivo, vai ter o melhor cuidado de todos. Enquanto ele se recupera, você transa comigo como um pagamento.

Eu estava abismada, Como pode existir uma pessoa tão cruel nesse mundo igual ao Marcos.

As lágrimas escorriam no meu rosto sem controle algum, eu tava com tanto medo e não conseguia ter nenhuma reação a não ser chorar e tremer.

Marcos: É nosso acordo, se você quebrar ele eu quebro o pescoço do Escorpião e você nunca mais vai poder viver feliz para sempre.

Ele deu uma risada alta e se sentou em uma cadeira, pegando uma taça e bebendo o líquido que tinha dentro dela.

Meu coração doía TANTO.

Eu não sabia oque fazer, de todos os jeitos eu sofrerei.

Marcos: pensa bem, Karina. - Ele sorriu para mim. - sua filha precisa de uma mãe e de um pai, não é mesmo? Oque você vai falar para ela, se o pai morrer com o pescoço quebrado? Pode até sair no jornal.

Me dava nojo, tudo oque ele falava era horrível.

Karina: Eu transo com você. - Falei fechando a cara e limpando minhas lágrimas. - quantas vezes for necessária para salvar ele e minha filha. - engoli em seco com medo.

Ele sorriu e se levantou caminhando até mim, se agachou e passou sua mão no meu pescoço descendo até meus peitos

Meu coração acelerava tão forte, minha respiração tava tão ofegante e o medo, eu nem sabia explicar.

Ele apertou um dos meus peitos e me puxou para perto dele, me dando um selinho e logo depois me empurrando para longe.

Marcos: você é tão bobinha. - Ele riu. - você sempre foi muito gostosa Karina, não é atoa que todo mundo sempre queria você naquela casa.

Karina: você vai queimar no inferno, seu filho da puta. - Falei suspirando e segurando minhas lágrimas.

Ele riu e se retirou.

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