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Karina.

Colocaram uma venda em meu rosto me deixando sem enxergar nada, o carro começou a andar e eles conversaram algo em outra língua, oque me complicava.

Karina: onde você ta me levando? - Perguntei entre soluço.

Paulo: oque te faz achar que vou te dizer? - Ele falou.

Karina: me deixa ir embora, eu sumo do mapa se você quiser. - Falei.

Ele ria.

Paulo: você vai sumir do mapa sim, Karina. Eu mesmo irei te matar pra isso acontecer, vai ser tão prazeroso te ver pedindo perdão ajoelhada na minha frente.

As palavras dele doíam como um facadas.

Karina: eu não posso morrer. - Eu chorava. - o meu bebê não tem culpa dos meus erros. - comecei a chorar desesperadamente.

Paulo: Bebê? - ele perguntou chegando mais perto de mim. - você está grávida? - no seu tom de voz dava para sentir a surpresa.

Karina: E-e-eu estou. - gaguejei com medo do que ele poderia fazer comigo e com meu bebê.

Paulo: PUTA QUE PARIU! - Ele gritou me assustando. - Como você foi capaz disso?!

Eu realmente não tava entendendo o que ele queria dizer, Mas cada vez o medo consumia mais o meu corpo.

Karina: Paulo, por favor. - Eu pedia. - eu pago quanto você quiser, mas, não encoste em mim por favor.

Paulo: você vai sofrer dez vezes mais, por conta desse capetinha que está dentro de você. - Ele gritou. - como você teve coragem de ter um filho com aquele homem?

Karina: Não sabemos se é dele. - eu chorava. - Por que que você tá tão bravo com isso?

Paulo: você deveria ser minha Karina, desde o começo. Eu deveria ter te matado quando eu tive a oportunidade, eu devia ter um cara da sua cabeça.

O meu coração estava muito acelerado e eu sentia vontade de vomitar todo momento, Eu sabia que ele não ia pegar leve comigo quando ele chegasse ao destino final.

O Paulo nunca foi piedoso, Eu sei que não é porque eu tô grávida que ele vai ser.

O carro parou e eu escutei as portas abrindo, sentir o meu corpo ser puxado bem forte para fora do carro e jogado na areia.

Paulo: Levem ela pra casinha, eu vou tomar um banho depois resolvo isso. - ele falou e eu escutei passos.

Meus olhos ainda estavam vendados então não podia ver nada, eu só podia escutar.

Sentir as mãos deles no meu corpo me puxando pelo chão, ao invés de me levantarem e me levarem seja la pra onde, eles me arrastaram pelo chão até lá.

Me jogaram mais uma vez, e eu senti uma dor muito forte na minha barriga.

Me engoli no canto da salinha e escutei passos vindo até mim e puxando a venda do meu rosto.

- tens coragem. - o homem na minha frente falou e sorri saindo da sala e fechando.

Tudo aquele lugar ficou escuro, a única coisa que eu consegui enxergar era um buraquinho branco na parede.

Talvez o Paulo me deixe morrer aqui, ou talvez ele possa me torturar até eu morrer.

O escorpião nunca vai me achar.

Comecei a chorar desesperadamente, minha barriga doía muito e eu estava com muito medo de perder meu neném.

Escorpião.

Não sabia por onde começar, passei na porra do postinho e tava uma zona, tinha sangue em todo canto e três mortos e alguns feridos.

Ninguém sabia pra onde o Paulo tinha levado a Karina, muito menos eu.

Tava puto já sem saber o que fazer.

- ESCORPIÃO. - escutei um grito e virei, dando de cara com Carol e a lari.

Carol: Levaram a Karina. O Paulo e mais dois homens, eles invadiram o quarto. - Ela falava tudo rápido demais.

Escorpião: Me fala com mais calma, Carol. - Falei segurando no ombro dela.

Carol: Eles foram em direção a saída da mata, escutei eles falando em outra língua no estacionamento.

Escorpião: Continue. - Falei prestando bem atenção.

Carol: Pelo que eu entendi, eles têm um lugar secreto dentro do morro, na verdade não mata. É só você seguir caminho reto.

Escorpião: como você tem certeza disso? - Perguntei cruzando os braços.

Carol: Antes de fugir de casa eu estudava várias línguas, então eu consegui entender um pouco do que eles falaram.

Não pedi mais tempo e sair andando em direção a boca, tinha que preparar todo mundo pra guerra.

Geral já tava pronto, pegamos o carro e fomos direto para mata seguindo o caminho reto igual a Carol falou.

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