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Karina.

Escorpião: Libera a mina, pô! - Ele falou balançando a cabeça e eu passei por eles.

Yuri: Feia. - Yuri brincou e eu dei língua pra ele.

Karina: Marcos me mandou aqui. - Falei vendo ele me olhar dos pés a cabeça e rindo de lado, negando.

Ele entrou numa sala e me esperou, fechando a porta assim que entrei também.

Escorpião: achei que você tinha dito que não estava disponível. - Ele falou e eu confirmei.

Karina: E não estou. - Falei. - Sem sexo, apenas acompanho a pessoa. Acho que por isso se chama, acompanhante de luxo. - Falei fazendo sinais com a mão.

Escorpião: Achei que era tudo incluído no pacote. - Ele falou e eu neguei com a cabeça.

Karina: Não, so vou te acompanhar. E ai voce pode me chamar do que quiser, amante, mulher, sua escolha. contanto que não falte o respeito, tudo bem. Mas, sexo não está incluído, porém se você quiser, tem outras meninas disponíveis.

Escorpião: Não, eu acredito que você é a pessoa certa, pô. - Ele falou tirando a carteira do bolso.

Combinamos o preço, ele me deu metade e me mandou eu fazer tudo o que quisesse no nome dele, dentro do salão.

Peguei o dinheiro das roupa também e sair do mesmo jeito que entrei, com a pose e marra lá encima.

umas horas depois, me arrumei da melhor forma, toda bonitinha, condizente ao evento de hoje.

Tava terminando de me arrumar quando a Carol entrou no meu quarto, após bater na porta com cara de cachorra largada.

Carol: Amiga, eu preciso de uma coisa.. - Ela falou se sentando na cama e eu parei de me maquiar, olhando pra ela. - me arruma alguém que pague bem pra hoje, amanhã eu tenho consulta e to sem grana, porque comprei os remédios.

Karina: Não, você tá maluca? Já te falei você não vai trabalhar enquanto tiver com o bebê na barriga, caralho. - Falei e ela negou.

Carol: Karina, eu preciso do dinheiro. Eu to indo para o sexto mês e so tive dinheiro pra ir no médico uma vez, eu preciso saber como meu bebê está. - Ela falou e eu concordei.

Karina: amanhã eu irei com você, não se preocupa. - Falei terminando de me maquiar. - Ta sentindo algo? - perguntei.

Carol: Sim, o bebê chutou hoje. - Ela falou sorrindo de lado. - Marcos falou que se eu continuar sem fazer programa, ele vai me mandar embora da casa.

Karina: Eu tô aqui, ele não faz isso sem passar por cima de mim! - Falei sorrindo fraco. - preciso ir, pode dormi aqui hoje, cuidado!

A Carol era uma filha pra mim, a mais nova de todas. Tem apenas quinze anos.

O pai do bebê? Marcos! Ela chegou aqui com quatorze anos, por vontade própria também, de cara ele arrastou ela pra transar com ele, assim como fazia com todas as meninas que chegava por aqui. Mas ela foi a única diferente, e que pegou a pior parte, a gravidez.

É a única que eu amo e faço de tudo para proteger, independente da minha ambição, eu nunca deixaria a Carol de lado por nada.

A mãe expulsou ela de casa porque a Carol se negava a ir comprar drogas para ela, acabou encontrando com uma das meninas que trabalhava aqui que com todo o que acontecia e ela acabou vindo.

Ela fez de tudo para não passar fome, vendeu a única coisa que ela tinha, que pertencia apenas a ela, a sua virgindade.

Tudo isso pra não passar fome. Sair falando com as outras meninas e fui para a porta da casa, escorpião disse que estaria me esperando aqui as sete e meia.

Fiquei esperando até da o horário, quando ele chegou, todo arrumado, assim como eu.

Escorpião: Ta bonitona em, fez plástica? - Ele falou me olhando.

Karina: Se isso foi uma tentativa de elogio, você foi muito ruim. - Falei o olhando.

Escorpião: Não to te elogiando não maluca, tô perguntando na moral mesmo. - Ele falou fazendo eu fechar a cara.

Logo em seguida ele falou que eu era pontual e ficou cheio de sorriso para o meu lado, eu sorri falsa e entrei dentro do carro calada.

Era mais uma reunião de traficantes, para todos eu fui apresentada pelo meu próprio nome mesmo, como ele preferiu.

Fiquei sentada ao lado dele o tempo todo enquanto podia, ele conversava com os homens e eu olhava pro nada, viajando.

Eles foram pra sala de reunião e eu fiquei com o resto da mulherada, maioria dali era amantes dos cara e as poucas era fiéis que tinham.

Três horas da manhã e escorpião saiu rindo de la e me olhou, ajeitei minha postura e ele vejo na minha direção, me levantei e coloquei um sorriso amigável no rosto.

Escorpião: Vamo mete o pé. - Ele falou e eu concordei. Ele passou a mão pela minha cintura e saímos em direção ao carro dele.

Quando entramos, eu fui amarrando meu cabelo e respirando fundo.

Karina: Eu tô com fome. - Murmurei colocando o cinto.

Escorpião: E eu com isso? - Ele falou e eu ri de lado.

Karina: sabia que você se acha muito? - Falei e ele negou com a cabeça.

Vi ele fazendo o caminho mas na real eu sabia que a gente tava em uma parte mais afastada no rio, pois tinha demorado pra gente chegar e deu pra ler algumas placas.

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