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Talvez as coisas fossem mais fáceis.

Marcos: Karina, você disse que transaria comigo. - ele falou passando a mão na testa. - deixa das suas frescuras, lembre-se que seu marido pode morrer a qualquer momento.

Karina: eu estou sentindo muita dor na minha barriga, você não esta me entendendo, eu tô sentindo que tem alguma coisa se mexendo dentro de mim. - falei chorando e me abraçando com meus braços, eu estava pelada e em uma cama.

Marcos: foda-se a sua dor. - Ele falou se levantando e puxando meu braço. - você vai transar comigo AGORA. - ele me puxou beijando minha boca e eu o empurrei.

Karina: me deixa em paz, Marcos. - abaixei minha cabeça chorando.

Marcos: CARALHO. - ele gritou se levantando e dando um murro na parede, me fazendo assustar. - sua puta de merda. - ele puxou meu cabelo.

Karina: chama um médico para mim, por favor. - pedi o encarando. - eu não aguento mais sentir isso, por favor.

Ele me encarou, respirou fundo e saiu batendo a porta.

Peguei o lençol me cobrindo e agarrei o meu corpo, comecei a chorar desesperadamente sentindo aquela dor na ponta da minha barriga.

Horas depois..

Doutor: Então, a criança já está com cinco meses. - o médico falou olhando os papéis e arrumando o óculos. - as dores que ela está sentindo são por causa da perturbação que ela tá recebendo, pelo que você me falou ela ficou sem comer alguns dias, isso não é bom para uma pessoa que está grávida, você bateu nela, Ela tá sofrendo por estar longe da filha e do marido, ela tá com depressão antes do parto e não vai ser fácil de tirar isso. O que eu quero dizer é que essa criança pode morrer a qualquer momento ou matar ela mesmo.

Marcos: era so oque me faltava, mais uma aberração. - Dei um murro no vidro que tinha ali.

Doutor: Se você continua fazendo o que faz, essa criança nunca vai sobreviver e a própria mãe pode morrer junto com ela. - ele falou olhando para Karina que tava dormindo depois de tomar alguns remédios. - ela precisa ver o marido dela.

Marcos: ela não tem que ver ninguém, isso não é da sua conta. - falei amassando aqueles papéis. - o teu trabalho aqui é so cuidar dessa aberração e do filho da puta do Escorpião.

Doutor: isso é crime, senhor. - Ele falou e eu agarrei o pescoço dele.

Marcos: cala a sua boca, porra. - Falei segurando ele pelo pescoço. - eu tô te pagando melhor que qualquer outra pessoa poderia estar te pagando, você sabe muito bem que se você contar para alguém o que está acontecendo aqui a sua família tá morta.

Ele respirou fundo e eu soltei ele.

Doutor: como quiser. - Ele falou pegando as coisas dele e saindo.

Não tá saindo nada como eu planejei.

Carol.

Carol: Escobar, Eu nem sei como te agradecer. - falei abraçando ele assim que eu o vi na minha frente.

Escobar: O Escorpião nunca foi de me pedir ajuda em nada, A não ser que o negócio fosse muito complicado e ele não pudesse resolver sozinho.

Carol: eu não sabia nem da sua existência, se não for uma ofensa falar isso. - Sorri.

Escobar: Não é uma ofensa. As coisas ficam bem mais fáceis quando ninguém sabe da sua existência, eu prefiro que ninguém saiba da minha existência mesmo.

Carol: eu nunca mexi nas coisas do Escorpião, sendo que eu já não sabia mais o que fazer e nem para quem ligar. E eu acabei entrando no escritório dele e a primeira coisa que me apareceu foi um papel sobre você, uma carta que vocês tinham trocado alguns meses.

Escobar: Eu não vou te julgar se me falar que leu a carta.

Carol: Eu a li. - Respondi.

Escobar: Pois foi exatamente por isso que me ligou, não é mesmo?

Carol: sim, você é a única pessoa de confiança nesse momento. Eu preciso muito saber se o escorpião e a Karine estão vivos, já faz dias que eu não vejo eles, desde quando me levaram para aquele hotel abandonado.

Escobar: não chora, odeio pessoas que choram. - ele falou se levantando e arrumando a arma. - eu vou fazer tudo possível Carol, vou atrás deles e vou te deixar informada de tudo. Você foi muito inteligente de ter lido A carta, mas se fosse outra pessoa no meu lugar você estaria morta.

Engolir seco com a última palavra dele.

Carol: obrigada. - falei me levantando e apertando a mão dele que foi embora.

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