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Capítulo 30

Haiukan

Pele e cheiro.

As mãos dele em mim, arranhando, puxando, exigindo.

Somente ele. Meu Yao. O ômega que eu quero.

Ferido, traído, desconfiado. O menino que foi esquecido por todos.

Minha única jóia.

Aquele por quem matei e matarei quantas vezes forem preciso, seja para vingá-lo ou para protegê-lo.

Minha obsessão.

— Em que direção fica seu quarto?

— Única porta à esquerda — diz, enquanto ando com ele em meus braços.

Quando chegamos lá, o coloco em cima da cama pequena.

— Acenda a luz. Eu quero ver você — pede, me surpreendendo.

Me afasto para procurar o interruptor e quando volto, Yao está de pé. Sem sapatos, descendo calça e cueca juntos. Apressado e carente.

Deixo meus olhos percorrerem o pênis coberto por uma penugem castanha, subo pela cintura fina até os  mamilos rosados. O pescoço longo, delicado.

Yao me hipnotiza com sua beleza.

Sigo o caminho para o rosto de traços perfeitos e em formato de coração.

Há determinação nele, quando vem para mim. Não fala nada, terminando de tirar minha camisa que estava só aberta.

Beija meu peito, as pontas dos dedos em chamas, as coxas nuas tocando nas minhas ainda cobertas pela calça.

A mão se arrasta pelo cós, se insinuando, mas sem avançar.

Eu seguro uma e coloco sobre a minha ereção. Ele a move devagar, me enlouquecendo. Ergue a cabeça para sugar meu peito.

— Eu quero você dentro de mim sem nada. Fui ao médico. Estou saudá...

Eu o calo com um beijo, em um instante trazendo-o enganchado no meu corpo.

Apoio suas costas na parede, a mão seguindo direto para testar o quão molhado está. A outra já descendo o zíper da minha calça.

Uma febre de luxúria se espalha pelo meu corpo. Emoções incontroláveis, desencadeadas pelos dias de separação.

Sei que estamos perdidos na mesma insanidade selvagem. Um tipo de ânsia pelo corpo, mas também pela alma do outro, que torna o ato sexual com ele impossível de ser comparado a qualquer coisa que já vivi até aqui.

Roço a cabeça do meu pau em sua entrada. Estou louco de tesão e não quero machucá-lo, mas meu Yao não foi feito para esperar.

Rebolando, ele permite que eu me afunde em seu interior ardente.

Me ajusto em seu caminho apertado, movendo os quadris em um vai e vem constante.

Ele segura meus ombros para tomar impulso, oferecendo, mas também pegando o que quer.

Mordo e chupo cada parte a que tenho acesso. O corpo arrepiado pelo desejo.

A vontade de morar nele para sempre.

— Não fuja mais de mim — ordeno e também peço, sem parar de fodê-lo. — Eu nunca vou desistir de você.

Ele segura meu rosto e beija minha boca. A língua morna e macia, me tirando de órbita.

Aumento a velocidade com que empurro dentro dele, sentindo a carne delicada abrigar cada centímetro do meu eixo.

— Eu não quero mais fugir — geme. — Oh, meu Deus, Haiukan ….

𝕺 𝖒𝖆𝖋𝖎𝖔𝖘𝖔 𝖊 𝖘𝖚𝖆 𝖔𝖇𝖘𝖊𝖘𝖘ã𝖔Onde histórias criam vida. Descubra agora